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Tarifa dos EUA ameaça exportações da Embraer e afeta 1.700 aeronaves, alerta ministro dos Portos e Aeroportos

Publicado 14/07/2025 • 21:24 | Atualizado há 6 horas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que o governo brasileiro está mobilizado para conter os impactos das tarifas de 50% anunciadas pelo presidente Donald Trump sobre produtos brasileiros.
  • Em entrevista ao Jornal Times Brasil nesta segunda-feira (14), ele classificou a medida como “um erro político que prejudica o povo brasileiro e também os consumidores dos Estados Unidos”.

O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que o governo brasileiro está mobilizado para conter os impactos das tarifas de 50% anunciadas pelo presidente Donald Trump sobre produtos brasileiros. Em entrevista ao Jornal Times Brasil, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, nesta segunda-feira (14), Costa Filho classificou a medida como “um erro político que prejudica o povo brasileiro e também os consumidores dos Estados Unidos”.

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Segundo Costa Filho, o Ministério acompanha com atenção os efeitos sobre o setor aéreo, especialmente na cadeia de exportação de aeronaves e peças. Destacou que a tarifa representa uma ameaça direta a empresas como a Embraer: “Hoje temos mais de 1.700 aviões da Embraer voando nos EUA. Com o novo imposto, cada venda pode ter impacto de até US$ 9 milhões por unidade, o que inviabiliza completamente o negócio”.

Reuniões com setor produtivo começam nesta terça

O Governo Federal inicia nesta terça-feira (16) uma rodada de reuniões com setores industriais e do agronegócio, convocadas pelo Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas, liderado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin. Segundo o ministro, o encontro da manhã será com representantes da indústria – incluindo segmentos como autopeças, siderurgia, máquinas e aeronáutica – enquanto à tarde será a vez do agro, com destaque para café, suco de laranja, frutas, couro e pescado.

“Queremos ouvir o setor produtivo e construir soluções conjuntas. Quem ouve, erra menos”, disse Costa Filho, que também defendeu que, antes de qualquer medida de reciprocidade, o foco deve estar no diálogo: “O Brasil está preparado para reagir, mas a primeira alternativa sempre será o entendimento. Esperamos que os EUA revejam essa postura.”

Impacto já é sentido na logística

Ainda na visão do ministro, a movimentação portuária já foi afetada: “Mais de 50 contêineres de pescado deixaram de ser embarcados por causa do tempo de transporte e da incerteza sobre a entrada das tarifas em 1º de agosto”. A parte dessa carga será redirecionada para o mercado interno ou outros destinos, mas o setor busca soluções para evitar perdas.

Costa Filho também informou que, embora o transporte aéreo não tenha sido diretamente impactado na logística, o efeito sobre a indústria nacional é severo, especialmente para produtos de alto valor agregado como os aviões executivos da Embraer.

Perda de crescimento e alerta sobre contaminação política

O ministro estimou que o impacto total das tarifas pode reduzir o crescimento do PIB brasileiro em 0,03% e causar retração de até 0,5% no setor portuário. “Estamos vivendo o melhor momento da história da infraestrutura portuária no Brasil. Não podemos colocar isso em risco por causa de uma disputa política”, afirmou.

Ao ser questionado sobre a origem política da medida, Costa Filho criticou a postura de Eduardo Bolsonaro, que teria “misturado alhos com bugalhos” e promovido retaliação internacional contra o país. “É lamentável ver um deputado federal pressionando o Judiciário por meio de um governo estrangeiro. Isso não é política, é sabotagem econômica.”

Mensagem ao setor privado

Costa Filho encerrou a entrevista garantindo que o governo Lula está unido e mobilizado: “Não faltarão esforço, diálogo nem compromisso. Vamos preservar os empregos, as exportações e a credibilidade do Brasil. O momento é de união pelo país.”

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