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Tarifas dos EUA afetam 77,8% das exportações brasileiras, revela levantamento da CNI

Publicado 06/08/2025 • 22:00 | Atualizado há 3 horas

Estadão Conteúdo

KEY POINTS

  • 77,8% das exportações brasileiras para o mercado norte-americano são afetadas por taxas impostas pelo governo do presidente Donald Trump. Além das tarifas que entraram em vigor nesta quarta-feira (6), chegando a um total de 50% em cima dos produtos nacionais, a análise considera também a aplicação de sobretaxas a setores como siderurgia, veículos e autopeças.
  • Vestuário, máquinas, têxteis e metais (aço/alumínio) são os mais atingidos. 22,2% das exportações permanecem isentas, destacando-se petróleo e combustíveis. A aviação civil tem possível alívio: 577 produtos poderão pagar apenas 10% se cumprirem condições de isenção.
  • A confederação propôs oito medidas ao governo, incluindo crédito do BNDES com juros menores, postergação de tributos e reativação do Seguro-Emprego, visando "preservar a capacidade exportadora" frente ao protecionismo.
Dados da balança comercial são divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

MDIC divulgou uma nota com dados sobre o impacto das tarifas

Pixabay.

Um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que 77,8% das exportações brasileiras para o mercado norte-americano são afetadas por taxas impostas pelo governo do presidente Donald Trump. Além das tarifas que entraram em vigor nesta quarta-feira (6), chegando a um total de 50% em cima dos produtos nacionais, a análise considera também a aplicação de sobretaxas a setores como siderurgia, veículos e autopeças.

No documento, a CNI informa que encaminhou ao governo brasileiro uma relação com oito sugestões de medidas emergenciais para conter o impacto do tarifaço.

Mais da metade dos produtos brasileiros exportados para os EUA, segundo o levantamento, passa agora a pagar tarifas de 50%. Desse total, 45,8% sofre cobranças praticadas especificamente contra o Brasil. As tarifas afetam principalmente a indústria de transformação, que respondeu por US$ 12,3 bilhões em exportações impactadas em 2024, ou 69,9% do total sob tarifa máxima.

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Setores mais atingidos pelas tarifas

Outros segmentos bastante afetados são os de vestuário, máquinas, têxteis, alimentos, químicos, couro e calçados. Itens como aço, alumínio e cobre, incluídos na Seção 232, representam 9,3% das vendas externas brasileiras e enfrentam tarifa de 50%. A Seção 232 da Lei de Expansão Comercial de 1962 autoriza o presidente dos EUA a ajustar as importações de bens ou materiais de outros países em caso de “ameaça à segurança nacional”. Isso pode ser feito por meio de tarifas ou outros meios.

Por outro lado, 22,2% das exportações permanecem livres dessas sobretaxas, com destaque para a indústria extrativa. Petróleo, tanto leve quanto pesado, lidera o grupo dos produtos isentos. No setor manufatureiro, combustíveis automotivos e óleos pesados sem biodiesel também têm fatia relevante entre os itens sem tarifa extra.

Exceções e medidas de alívio

Para produtos ligados à aviação civil, a sobretaxa de 40% imposta em julho prevê isenção condicional, beneficiando aviões não militares e equipamentos de transporte. Se a exceção se confirmar, 577 produtos podem ser taxados apenas em 10%, amenizando o impacto no setor aeronáutico.

Além das tarifas já implementadas, as autoridades dos EUA mantêm investigações abertas sob a Seção 232, que podem atingir novas áreas, como aeronaves, motores, caminhões, madeira, minerais críticos, semicondutores e medicamentos.

Com o objetivo de reduzir prejuízos ao setor produtivo, a CNI encaminhou ao governo brasileiro uma relação de oito medidas emergenciais. Entre elas estão linha de crédito especial do BNDES com juros menores, ampliação de prazos para câmbio e exportação, postergação de tributos federais e pagamento imediato de créditos tributários, além de reativação do Programa Seguro-Emprego e ampliação do Reintegra.

“O levantamento mostra a dimensão do problema e a urgência de articulação entre governo e setor produtivo. Precisamos preservar nossa capacidade exportadora e responder rapidamente a essa escalada protecionista”, afirmou Ricardo Alban, presidente da CNI, em nota.

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