Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Trump impõe sanções contra Colômbia após Petro recusar voos de deportação
Publicado 26/01/2025 • 17:17 | Atualizado há 8 meses
Investimentos bilionários da OpenAI impulsionam Oracle e o setor de tecnologia
Eli Lilly e Novo Nordisk se preparam para batalha no campo dos medicamentos contra a obesidade
EXCLUSIVO CNBC: saiba como será o investimento de US$ 600 bilhões que a Apple vai fazer nos EUA para evitar tarifaço
Ram alega demanda reduzida e cancela produção de picape 100% elétrica
Relatório do governo Trump sobre vacinas derruba ações da Pfizer e da Moderna
Publicado 26/01/2025 • 17:17 | Atualizado há 8 meses
KEY POINTS
Donald Trump em dezembro de 2024.
Fotos públicas
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste domingo (26) que seu governo impôs sanções contra a Colômbia depois de o presidente Gustavo Petro se recusar a receber dois voos militares americanos carregando deportados.
Trump anunciou uma série de medidas contra o país latino-americano: proibiu membros e apoiadores do governo Petro de viajar aos EUA e suspendeu seus vistos; prometeu tarifas alfandegárias de 25% contra mercadorias colombianas, dizendo que vai subir o porcentagem para 50% em uma semana; e falou em “sanções financeiras e bancárias” contra o país, aliado mais tradicional dos EUA na América do Sul.
“Acabo de ser informado que dois voos de repatriação dos EUA, com um grande número de criminosos ilegais, não tiveram o pouso autorizado na Colômbia. Essa ordem foi dada pelo presidente socialista da Colômbia, Gustavo Petro, que é muito impopular entre seu povo”, escreveu Trump na sua rede social Truth Social.
Na avaliação do presidente americano, a decisão de Bogotá “coloca em risco a segurança nacional e segurança pública dos EUA”, o que justificaria as medidas drásticas. Essa é uma das primeiras sanções impostas por Trump desde que voltou ao poder, e o fato de estarem relacionadas à imigração mostram a centralidade do tema para o republicano neste novo mandato.
“Essas medidas são apenas o começo. Não permitiremos que o governo da Colômbia viole suas obrigações legais em relação ao retorno de criminosos que eles forçaram contra os EUA”, conclui Trump no comunicado.
Nas redes sociais neste domingo, Petro citou o caso dos brasileiros que chegaram algemados ao país e acusam agentes de imigração americanos de agressão e tratamento degradante ao dizer que não aceitará deportações em aviões militares.
De acordo com uma autoridade americana que falou à agência de notícias Reuters em condição de anonimato, o avião com 80 migrantes já havia decolado do estado da Califórnia quando o governo colombiano suspendeu a autorização. Na sexta (24), mesmo dia em que os brasileiros começaram sua viagem de deportação, a imprensa americana relatou que o México também se recusou a receber um voo militar com deportados.
Citando o caso brasileiro, Petro disse neste domingo (26) que não permitirá aviões militares dos EUA façam voos de deportação até o seu país. “Um migrante não é um criminoso e deve ser tratado com a dignidade que um ser humano merece”, afirmou Petro em publicação no X.
“Não posso fazer com que migrantes fiquem em um país que não os quer; mas se esse país os devolve, deve ser com respeito, em aviões civis”, afirmou. “A Colômbia exige respeito.” O presidente colombiano ressaltou que mais de 15 mil americanos em situação irregular vivem em seu país.
Leia mais:
Já o voo que estava marcado para levar outros 80 migrantes deportados para o México teve a autorização do governo mexicano rescindida antes de decolar. Outros três voos com destino à Guatemala com 80 pessoas cada, dois deles, militares, foram concluídos sem problemas, disseram autoridades americanas à emissora NBC. A Cidade do México não deu detalhes para a recusa do voo.
O Itamaraty, por sua vez, disse no sábado (25) que pedirá explicações ao governo Trump sobre o “tratamento degradante” contra os brasileiros no voo de deportação. Os migrantes que chegaram a Belo Horizonte no sábado relataram agressões, ameaças e tratamento degradante que sofreram por parte dos agentes de imigração americanos.
Vários disseram ter ficado 50 horas algemados, sem ar condicionado no voo e sujeitos a abusos dos americanos, e relatam que só conseguiram alertar as autoridades brasileiras depois de abrir uma das portas de emergência do avião e gritar por socorro do alto da asa.
“A gente disse pra eles: nós não vamos mais viajar nesse avião, chama a nossa polícia, tira a gente daqui”, afirma Denilson José de Oliveira, 26 anos. “Senti muito medo. Parecia que estavam tentando nos matar.”
Segundo o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, o governo Lula determinou a retirada das algemas dos brasileiros assim que foi informado da situação pela PF. O ministro falou em “flagrante desrespeito” dos direitos dos brasileiros. O Planalto também enviou um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para fazer o transporte dos migrantes até Belo Horizonte, destino final do voo original.
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Juliana Colombo é jornalista especializada em economia e negócios. Já trabalhou nas principais redações do país, como Valor Econômico, Forbes, Folha de S. Paulo e Rede Globo.
Mais lidas
Análise: Embraer pode abrir mais um flanco de disputa entre Brasil e EUA
Vale demite vice-presidente de RH após polêmica sobre diversidade
Microsoft volta com o trabalho presencial: funcionários terão que ir ao escritório três vezes por semana
Samsung ganha espaço nos EUA e tira fatia de mercado da Apple com celulares dobráveis em alta
Banco do Brasil coloca 142 imóveis em leilão neste mês