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Doramas viram alvo de cobiça de TVs e streamings

Publicado 12/07/2025 • 09:59 | Atualizado há 5 dias

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Semanalmente, Michaele Gasparini destrincha um dos principais temas da indústria de mídia na semana. Nada passa despercebido ao olhar da colunista: tudo o que movimenta o mercado e rende milhões de dólares em publicidade nas emissoras de televisão e nas plataformas de streaming estará aqui.

Divulgação/ Netflix

Séries de romance koreanas, os populares Doramas

A cultura da Coreia do Sul está ganhando cada vez mais força no ocidente. Além dos famosos grupos de k-pop e de desenhos animados, o país também está se destacando em uma terceira força: os doramas. As produções, que geralmente contam com um número reduzido de episódios, se transformaram em campeãs de audiência em todo o mundo. Antes nichadas, as histórias agora são capazes de arrebatar multidões, rendendo números recordes na TV e nos serviços de streaming.

Os doramas, que nada mais são do que séries dramáticas, existem há quase 100 anos – o primeiro relato de uma produção do gênero é de 1950, no Japão. O boom das produções, no entanto, só aconteceu há uma década, depois da popularização da Netflix – responsável por mudar o mercado de plataformas de streaming em todo o mundo – e do avanço das redes sociais, que contribuíram para acelerar a disseminação das tramas coreanas, principalmente no Brasil.

Com custos de produção relativamente menores que os de produções dos Estados Unidos, os doramas viraram uma garantia de engajamento e de retorno para os estúdios cinematográficos. Até mesmo a Samsung, mais conhecida por produzir smartphones e televisores, abriu a carteira e se rendeu aos doramas: a empresa usará o seu canal no YouTube para lançar a série Tudo Sob Controle, pensada justamente para o público da América Latina.

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Antes mesmo da estreia, prevista para o próximo dia 21, a Samsung já começou a colher os frutos de sua aposta nos doramas. As redes sociais da marca foram tomadas por uma enxurrada de comentários positivos sobre a iniciativa, com fãs do gênero prometendo comprar os produtos fabricados pela companhia. É difícil prever se a iniciativa terá um efeito prático em vendas, mas é possível afirmar que a movimentação é fundamental para a transformação da marca em uma love brand – que é algo cada vez mais valorizado em todo mundo: mais do que consumidores, as empresas agora procuram formar uma legião de fãs.

Fora dos streamings, os doramas também estão ganhando terreno nos canais lineares de todo o mundo. No Brasil, as séries dramáticas da Coreia do Sul já foram transmitidas pela extinta Loading, com relativo sucesso, e pela RedeTV!, em uma passagem apagada na faixa da tarde. Desde o mês passado, o gênero também ganhou exposição na programação do SBT, terceira maior rede de televisão do país, com Meu Amor das Estrelas. Apesar da audiência aquém das expectativas, a trama fica diariamente nos Trending Topics do X, o antigo Twitter, e contribuiu para a revitalização do público da rede, fragilizada desde a morte de Silvio Santos, em agosto do ano passado.

Mirando no baixo custo das produções e no alto potencial de engajamento das produções, o SBT inclusive produzirá uma espécie de “dorama brasileiro”, como tem sido chamado internamente, com previsão de estreia para o próximo ano. A emissora adaptará um texto original da Coreia do Sul, mas com atores brasileiros, em parceria com uma plataforma de streaming ainda não divulgada. Para a rede, conhecida por suas novelas infantojuvenis com mais de 300 capítulos, passou a ser mais vantajoso apostar em formatos mais curtos e, consequentemente, mais baratos.

Até mesmo a Globo, que é a casa do formato conservador de telenovela brasileira, decidiu se render aos doramas. O Globoplay, plataforma de streaming do canal, está dominado por produções coreanas, que já chegaram a ter episódios transmitidos – em um esquema de degustação – na programação da rede. A emissora, por sinal, também já iniciou os trabalhos de um “dorama brasileiro” autoral, previsto para o início de 2026, com a autoria de Walcyr Carrasco.

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