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Plano de Negócios Rodrigo Loureiro

O contrato que faz o Corinthians “ganhar mais” se perder

Publicado 27/03/2025 • 13:12 | Atualizado há 3 dias

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Rodrigo Loureiro

Rodrigo Loureiro é jornalista especializado em economia e negócios, com experiência nos principais veículos especializados do Brasil e MBA pela FIA em parceria com a B3. Além de comandar esta coluna, é comentarista nos programas Agora e Real Time, onde analisa as principais movimentações do mercado.

MEMPHIS DEPAY DURANTE PARTIDA ENTRE CORINTHIANS X MIRASSOL, VÁLIDO PELAS QUARTAS DE FINAIS DO CAMPEONATO PAULISTA, NA NEO QUÍMICA ARENA, EM SÃO PAULO

Memphis Depay

Foto: CRIZAM FRANçA/AGÊNCIA O DIA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO

O que é melhor financeiramente para um clube: ser campeão ou amargar o vice-campeonato?

No duro, para o Corinthians, a segunda opção não é tão ruim.

A final do Campeonato Paulista, que será disputada nesta quinta-feira entre Corinthians e Palmeiras, é o exemplo.

O clube campeão recebe R$ 5 milhões. O vice fica com R$ 1,65 milhão.

O problema é que o Corinthians tem um contrato de premiação com um de seus atletas.

Contratado a peso de ouro, o holandês Memphis Depay tem direito a receber pouco mais de R$ 4,72 milhões caso o alvinegro garanta algum troféu.

O valor faz parte de uma das cláusulas do contrato do camisa 10. Depay também recebe premiações financeiras pela participação em jogos e o desempenho em campo.

O montante representa mais de 94% da premiação máxima do torneio estadual. 

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O Corinthians, assim, ficaria com menos de R$ 275 mil.

E ainda precisará, como de praxe, pagar o “bicho” – um valor que costumeiramente é repassado aos atletas em caso de vitórias expressivas.

O mesmo cenário pode se repetir no Campeonato Brasileiro. Em 2024, o campeão recebeu R$ 48,1 milhões e o vice ficou com R$ 45,7 milhões.

Se a premiação for a mesma, o Corinthians receberia pouco mais de R$ 43,7 milhões em caso de título – já com o desconto do pagamento ao atacante.

O Corinthians não vai entrar em campo pensando nas finanças. Mas é certo que o copo meio vazio não está tão vazio assim.

Ainda mais para um clube que deve R$ 2,4 bilhões.

É claro que a conta não é tão simples. Títulos valorizam jogadores e podem também trazer uma maior exposição aos patrocinadores, algo que sempre é bem-vindo na hora de renegociar um contrato.

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