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Scala capta R$ 1,3 bilhão com debêntures verdes para data centers em SP e Porto Alegre
Publicado 18/07/2025 • 14:28 | Atualizado há 3 horas
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Publicado 18/07/2025 • 14:28 | Atualizado há 3 horas
KEY POINTS
Divulgação/Scala
Scala Data Centers Complexo Tamboré, em Barueri (SP).
A Scala Data Centers anunciou a emissão de R$ 1,37 bilhão em debêntures verdes com vencimento em seis anos. Os recursos serão destinados à finalização do data center SGRUTB09, localizado em Barueri (SP), no Campus Tamboré, e também a criação de uma nova infraestrutura digital e inteligência artificial em Porto Alegre (RS).
O edifício paulista, que já está em obras, terá capacidade de 36 MW de TI e atenderá exclusivamente a um cliente do setor de Cloud e conteúdo. O investimento total no projeto é de US$ 350 milhões. A diferença será financiada com capital próprio da empresa e de seus investidores. A entrega do novo data center está prevista para o segundo semestre de 2025.
O SGRUTB09 foi projetado para suportar cargas mistas de computação em nuvem e aplicações de Inteligência Artificial. O edifício adota o design FutureProof, desenvolvido pelo Centro de Excelência em Engenharia (CoE) da Scala, que permite o uso de racks com densidades variadas.
De acordo com a empresa, o data center terá um PUE (eficiência energética) inferior a 1,3 e um WUE (eficiência no uso de água) igual a zero. O projeto também será carbono neutro.
Essa foi a quarta emissão de debêntures da Scala e a terceira com selo verde. No total, a companhia já levantou R$ 4,4 bilhões com esse tipo de instrumento no Brasil.
“A procura por infraestrutura digital está crescendo exponencialmente, acelerada pelo avanço da Inteligência Artificial. Em resposta, estamos orgulhosos de emitir nossa terceira debênture verde, reafirmando nosso compromisso inabalável com a sustentabilidade”, afirmou Marcos Peigo, CEO e cofundador da Scala.
A operação teve coordenação principal do Bradesco BBI, com participação dos bancos UBS BB, Santander e Itaú BBA. A demanda do mercado foi 3,2 vezes superior ao valor emitido.
Assim como em transações anteriores, a emissão foi feita em reais com swap para dólar, o que protege a empresa da variação cambial e alinha o perfil da dívida às receitas dos contratos com clientes, que são majoritariamente em moeda estrangeira.
“Estamos operando em um mercado em ascensão, com um potencial de crescimento extraordinário, mas ainda pouco explorado pelo setor financeiro”, disse Clayton Malheiros, CFO da Scala. “Nosso esforço tem sido demonstrar como o setor de data centers funciona e destacar a posição excepcional da Scala como líder desse crescimento na América Latina”.
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O governo do Rio Grande do Sul e a Scala Data Centers também assinaram um protocolo de intenções para a construção da Scala AI City, empreendimento voltado à infraestrutura digital e inteligência artificial. O investimento inicial é estimado em R$ 3 bilhões, com instalação prevista em Eldorado do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
O documento foi assinado por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e estabelece a criação do primeiro distrito industrial de data centers do país. O projeto será implantado em uma área considerada estratégica pela empresa, com segurança contra desastres naturais, disponibilidade de energia elétrica e capacidade de expansão.
O novo campus será interligado ao centro de dados SPOAPA01 da Scala, situado em Porto Alegre (RS), que opera com baixa latência e conexão com grandes hubs globais. A futura integração com o cabo submarino Malbec, que liga São Paulo, Rio de Janeiro e Buenos Aires, deve passar pela capital gaúcha, o que amplia a competitividade da infraestrutura.
A primeira fase do projeto deve gerar mais de 3 mil empregos diretos e indiretos. Segundo a empresa, há intenção de priorizar a contratação de mão de obra e fornecedores locais.
O campus terá capacidade inicial de 54 megawatts (MW), número sete vezes superior ao da estrutura atual da Grande Porto Alegre e acima dos mercados da Argentina e do Uruguai. O plano prevê possibilidade de expansão para até 4.750 MW em uma área de mais de 7 milhões de metros quadrados.
O projeto será construído com design FutureProof, capaz de suportar cargas de trabalho superiores a 150 kW, voltadas a aplicações de inteligência artificial. Está prevista a adoção de sistemas de resfriamento líquido, com foco em eficiência energética.
O empreendimento utilizará energia 100% renovável e certificada. A empresa projeta um PUE (Power Usage Effectiveness) de até 1.2, índice considerado o mais baixo da América Latina, e WUE (Water Usage Effectiveness) zero, o que indica ausência de uso de água no resfriamento.
A construção será orientada por parcerias com organizações locais e internacionais, com o objetivo de atender aos padrões globais de infraestrutura digital.
O governador Eduardo Leite afirmou que o projeto representa uma oportunidade estratégica para o estado e para o país. “O anúncio de um investimento em uma região tão afetada pelas enchentes já é extremamente significativo, mas vai além disso. Trata-se de um investimento inicial de R$ 3 bilhões que tem o potencial de alcançar R$ 500 bilhões quando plenamente concretizado.”
“Precisamos ser ambiciosos e ousados neste projeto, não apenas sonhando, mas trabalhando ativamente para sua realização. Nosso compromisso é atuar diligentemente em âmbito nacional para criar um ambiente regulatório favorável aos data centers e às questões ligadas à inteligência artificial”, acrescentou o governador do RS.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, destacou o ambiente de negócios no estado. “Nós somos um estado inovador, com muitas iniciativas voltadas para a área tecnológica. O investimento da Scala comprova que o estado tem muito a oferecer ao setor, como a proximidade com os países do Mercosul e um ambiente de negócios favorável.”
“Hoje, damos um passo monumental para o futuro digital da América Latina com a criação da Scala AI City. […] Estamos não apenas elevando o Brasil a um novo patamar tecnológico, mas também impulsionando a recuperação econômica e social do estado, gerando milhares de empregos e promovendo o desenvolvimento sustentável de diversas indústrias”, disse o CEO e cofundador da Scala Data Centers, Marcos Peigo.
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