Agências S&P e Fitch rebaixam Azul para nota de crédito ‘D’ após pedido de recuperação judicial nos EUA
Publicado 29/05/2025 • 10:15 | Atualizado há 1 dia
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Publicado 29/05/2025 • 10:15 | Atualizado há 1 dia
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Avião da Azul.
Divulgação Facebook/Azul.
As agências de classificação de risco S&P Global Ratings e Fitch Ratings rebaixaram o rating da companhia aérea Azul para ‘D’ na escala global, após o anúncio do pedido de recuperação judicial da empresa, apresentado nesta quarta-feira (28) nos termos do Capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos.
A S&P reduziu o rating global da Azul de CCC- para D, rebaixou também a nota das debêntures seniores sem garantia com vencimento em 2026 para D e retirou a classificação de recuperação anterior, que era 6.
Segundo a agência, o rebaixamento reflete diretamente o pedido de proteção judicial feito pela empresa, após uma significativa queima de caixa no primeiro trimestre de 2025. Apesar do bom desempenho operacional, a S&P avalia que a Azul ainda enfrenta um alto nível de endividamento, com despesas de leasing, juros e investimentos que seguem pressionando seu fluxo de caixa.
A agência ressaltou que a Azul garantiu apoio financeiro de principais credores e parceiros, como detentores de títulos, sua maior arrendadora (AerCap), a American Airlines e a United Airlines. Além disso, a aérea já negociou um financiamento DIP (debtor-in-possession) de quase US$ 1,6 bilhão, dos quais US$ 670 milhões devem melhorar a liquidez imediata.
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A Azul também projeta uma redução de dívida superior a US$ 2 bilhões com a reestruturação. American e United Airlines podem, ainda, fornecer capital adicional após a saída da empresa do processo de falência, por meio de ações.
A Fitch Ratings acompanhou o movimento da S&P, rebaixando os ratings globais da Azul de CCC- para D e, na escala nacional, de CCC-(bra) para D(bra). A agência também ajustou a nota das debêntures seniores garantidas da Azul Secured Finance LLP para C, com nível de recuperação RR4, e reafirmou as debêntures não garantidas da Azul Investments LLP em C / RR6.
Segundo a Fitch, os rebaixamentos refletem o início da reestruturação da dívida da companhia, tanto nos EUA quanto no Brasil. Após a conclusão do processo, a agência avaliará o novo perfil financeiro da empresa.
A Fitch classificou a estrutura de capital atual da Azul como “insustentável”, citando altas despesas com juros e leasing — agravadas por sucessivos processos de reestruturação desde a pandemia e por fatores como juros elevados no Brasil e volatilidade cambial.
A previsão da agência é de que a Azul registre R$ 7 bilhões de EBITDA ajustado em 2025, contra R$ 8 bilhões em despesas com leasing, juros e investimentos (capex). A dívida total da empresa era de R$ 35,8 bilhões em 31 de março de 2025, de acordo com estimativas da Fitch.
Em 18 de março, a Moody’s também havia rebaixado o rating da Azul para Caa2, com perspectiva negativa.
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