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Tarifaço e safra menor reduzem volume de exportação de café, mas valorização no mercado internacional faz receita subir
Publicado 11/10/2025 • 20:17 | Atualizado há 3 horas
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Publicado 11/10/2025 • 20:17 | Atualizado há 3 horas
KEY POINTS
Foto: divulgação Ihara
As exportações brasileiras de café somaram 3,75 milhões de sacas de 60 kg em setembro, representando uma queda de 18,4% em relação às 4,59 milhões embarcadas no mesmo mês de 2024, segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Apesar do recuo no volume, a receita cambial cresceu 11,1%, alcançando US$ 1,37 bilhão, reflexo da valorização do produto no mercado internacional.
De julho a setembro, os três primeiros meses do ano safra 2025/26, as exportações caíram 20,6%, para 9,67 milhões de sacas, enquanto o valor obtido subiu 12%, para US$ 3,52 bilhões.
No ano civil, entre janeiro e setembro, o Brasil exportou 29,1 milhões de sacas, queda de 20,5% em relação ao mesmo período de 2024, quando embarcou 36,6 milhões. Ainda assim, a receita disparou 30%, passando de US$ 8,49 bilhões para US$ 11,05 bilhões, impulsionada pelo câmbio e pelos preços médios mais altos.
Segundo o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, a retração no volume exportado já era esperada após o recorde de 2024, mas foi intensificada pela tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos aos cafés do Brasil.
“O declínio foi potencializado pelo tarifaço de 50% imposto pelo presidente americano, Donald Trump, que impactou fortemente os embarques aos EUA, nosso principal mercado”, afirmou Ferreira.
Com a medida, as importações americanas despencaram 52,8% em setembro, totalizando 332,8 mil sacas — o menor volume em anos. Os Estados Unidos caíram para o terceiro lugar entre os principais compradores mensais, atrás de Alemanha (654,6 mil sacas) e Itália (334,6 mil), que também reduziram suas compras em 16,9% e 23%, respectivamente.
Ferreira defende uma ação rápida do governo brasileiro para restabelecer o diálogo comercial com Washington, lembrando que Trump demonstrou abertura em conversas recentes com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Os exportadores já sofrem fortes impactos com o tarifaço. Nossos parceiros americanos estão postergando ou cancelando negócios. É mais do que hora de agir”, disse.
Após a ligação entre os presidentes de Brasil e EUA, o Cecafé solicitou reunião com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, que coordena o Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais.
“Somos os maiores produtores e exportadores de café do mundo, e os Estados Unidos, os principais consumidores. Não há outro fornecedor que atenda o mercado americano em volume e qualidade”, destacou Ferreira.
Mesmo com o tarifaço, os Estados Unidos seguem líderes no acumulado do ano, com 4,36 milhões de sacas importadas, queda de 24,7% ante 2024. O país responde por 15% das exportações totais do Brasil.
Na sequência estão:
O café arábica continua predominante, com 23,2 milhões de sacas exportadas (79,7% do total), seguido por canéfora (conilon + robusta), com 3,06 milhões (10,5%), e café solúvel, com 2,79 milhões (9,6%).
Os cafés sustentáveis ou de qualidade superior representaram 20,3% das exportações entre janeiro e setembro, com 5,91 milhões de sacas — volume 11% menor que em 2024.
Apesar disso, a receita cresceu 48,6%, chegando a US$ 2,51 bilhões, com preço médio de US$ 425 por saca. Os EUA lideram também esse segmento, com 987,4 mil sacas, seguidos por Alemanha, Bélgica, Holanda e Itália.
O Porto de Santos manteve a liderança nas exportações brasileiras, responsável por 79,3% do total, com 23,09 milhões de sacas embarcadas nos nove primeiros meses do ano.
Na sequência aparecem o complexo portuário do Rio de Janeiro, com 4,92 milhões de sacas (16,9%), e Paranaguá (PR), com 279 mil sacas (1%).
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