Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Importação de fertilizantes pelo Brasil bate recorde em julho e acumula alta de 8,8% no ano
Publicado 25/08/2025 • 09:21 | Atualizado há 2 horas
Executivos do setor solar alertam que ataque de Trump às renováveis pode causar crise energética e disparar preço da luz
Secretário de Comércio confirma que governo dos EUA é dono de 10% das ações da Intel
Meta fecha acordo com Google Cloud de mais de US$ 10 bilhões
Texas Instruments anuncia Megaprojeto de US$ 60 bilhões onde a Apple fará chips para iPhone
Agentes do FBI realizam busca na casa de John Bolton, ex-conselheiro de segurança nacional de Trump
Publicado 25/08/2025 • 09:21 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
Pixabay.
Imagem ilustrativa
O Brasil importou 4,79 milhões de toneladas de fertilizantes em julho deste ano, uma marca histórica para o mês, segundo dados do Ministério da Indústria e Comércio Exterior (MDIC) compilados e analisados pela consultoria DATAGRO. O volume representa aumento de 15,6% em relação a junho e de 7,1% frente ao mesmo período de 2024.
No acumulado de 2025, o país já recebeu 24,2 milhões de toneladas, alta de 8,8% ante o ano anterior e 2,2% acima do recorde de 2022. De acordo com a DATAGRO, foi o maior volume já registrado para o período, em um movimento que reflete a antecipação de compras diante da alta de preços e da incerteza no abastecimento global.
Entre janeiro e julho, a Rússia se manteve como a principal fornecedora, com 6,88 milhões de toneladas embarcadas (28,2% do total), alta de 18% sobre o mesmo período de 2024. A China foi a segunda maior vendedora, com 5,14 milhões de toneladas (21,2%), avanço expressivo de 75,7% frente ao ano anterior. O Canadá completou o ranking, com 3,1 milhões de toneladas (12,8%), queda de 2,2% na comparação anual.
As tensões geopolíticas seguem no radar. Após as incertezas geradas pelo conflito entre Israel e Irã, em junho, o mercado acompanhou em julho a escalada da guerra tarifária liderada pelos Estados Unidos. A possibilidade de sanções adicionais contra países que importam fertilizantes russos, como o Brasil, elevou o risco de interrupções no abastecimento e pressionou os preços internacionais. O caso mais recente foi a Índia, que sofreu aumento de 25 pontos percentuais nas tarifas, alcançando 50%.
Segundo a DATAGRO, esse cenário levou produtores a anteciparem compras para garantir suprimento. O preço médio CIF (custo da mercadoria, seguro e frete) de compostos NP (nitrogênio [N] e fósforo [P]) atingiu US$ 570,87 por tonelada, alta de 13,2% sobre junho e de 15,9% em relação ao ano anterior.
A ureia CIF subiu 7% no mês, para US$ 427,37/t, acumulando elevação de 23% em 12 meses. O MAP (Monoamônio Fosfato, um dos fosfatados mais usados no mundo, principalmente em soja, milho, trigo, cana-de-açúcar) e o KCl (Cloreto de Potássio, usado em praticamente todas as culturas, pois o potássio é essencial para crescimento, qualidade de frutos e resistência da planta) avançaram entre 5% e 6% frente a junho, enquanto no comparativo anual a alta chegou a 23,8% e 14,5%, respectivamente.
No Brasil, o porto de Paranaguá (PR) liderou as entradas em 2025, com 6,34 milhões de toneladas (26,2% do total). Em seguida vieram Santos (SP), com 3,91 milhões (16,2%), Rio Grande (RS), com 3,86 milhões (16%), São Luís (MA), com 2,31 milhões (9,5%), e Salvador (BA), com 1,61 milhão (6,7%).
O dispêndio brasileiro com fertilizantes atingiu US$ 8,8 bilhões até julho, avanço de 16% em relação ao ano passado, reflexo do maior volume importado e da elevação das cotações. As compras do insumo representaram 5,2% do total das importações brasileiras no período, ante 4,9% em 2024.
O segundo semestre costuma ser marcado por um aumento das aquisições, acompanhando o calendário agrícola nacional. A expectativa da DATAGRO é de que 2025 encerre com novo recorde em volume e valor. Para produtores, no entanto, a relação de troca tende a se deteriorar, já que os custos seguem em alta. Ainda assim, mesmo diante de preços elevados, a compra do insumo deve ser mantida, já que a perda de produtividade por falta de tratos culturais traria impacto mais severo do que o aumento de despesas.
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Mais lidas
Alckmin sobre tarifaço de Trump: ‘Se depender de nós, acaba amanhã’
Programa Conecta gov.br alcança economia estimada de R$ 3 bilhões no primeiro semestre de 2025 com integração entre sistemas
Semana começa tensa para agronegócio com expectativa de recursos contra suspensão da Moratória da Soja
CCJ do Senado pauta PEC da autonomia financeira do Banco Central para 20 de agosto
Fiesp se pronuncia sobre tarifa de Trump ao Brasil; Firjan manifesta ‘grande preocupação’