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Agro

“O Brasil importa mais de 80% dos fertilizantes que consome”, diz CEO da Symbiomics; empresa anuncia investimento

Publicado 25/06/2025 • 13:49 | Atualizado há 6 horas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • A Symbiomics, empresa brasileira de biotecnologia agrícola, anunciou que recebeu investimento da Corteva Catalyst, plataforma de investimentos da multinacional Corteva AgriScience voltada a tecnologias disruptivas.
  • Fundada há três anos por Souza e pelo sócio Jader, a Symbiomics desenvolve produtos biológicos de nova geração, utilizando tecnologias como descoberta de novas cepas de bactérias e fungos, edição genômica e inteligência artificial.
  • A parceria com a Corteva inclui não apenas capital, mas colaboração tecnológica e comercial. Algumas soluções deverão integrar as plataformas de ambas as empresas, com desenvolvimento conjunto de bioinseticidas, biofungicidas e produtos nutricionais.

A Symbiomics, empresa brasileira de biotecnologia agrícola, anunciou que recebeu investimento da Corteva Catalyst, plataforma de investimentos da multinacional Corteva AgriScience voltada a tecnologias disruptivas. O aporte marca a primeira participação da multinacional em uma empresa brasileira do setor.

“O Brasil importa mais de 80% dos fertilizantes que utiliza”, afirmou Rafael de Souza, cofundador e CEO da Symbiomics, em entrevista ao Real Time, do Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC. Segundo ele, a dependência do país de fornecedores internacionais, como o Irã, impacta diretamente a agricultura nacional em momentos de instabilidade geopolítica.

Fundada há três anos por Souza e pelo sócio Jader, a Symbiomics desenvolve produtos biológicos de nova geração, utilizando tecnologias como descoberta de novas cepas de bactérias e fungos, edição genômica e inteligência artificial. Esses insumos procuram reduzir o uso de fertilizantes químicos e aumentar a produtividade agrícola de forma sustentável.

Segundo o CEO, o mercado brasileiro de produtos biológicos movimentou cerca de R$ 5 bilhões na última safra. Ele ressalta, no entanto, que a maioria das soluções disponíveis no mercado utiliza as mesmas cepas e não apresenta diferenciação. “A nossa proposta foi justamente fundar a empresa para trazer inovação real para esse mercado”, disse.

A empresa conta atualmente com 17 funcionários e, com o novo investimento, planeja dobrar a equipe. A sede está localizada em Florianópolis, onde a Symbiomics mantém laboratório próprio para pesquisa, desenvolvimento e validação de tecnologias em pequena escala. Os testes de campo são realizados em diferentes regiões do Brasil.

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Investimento e mercado

Na rodada Seed, a Symbiomics captou cerca de R$ 15 milhões junto a investidores brasileiros e estrangeiros. O valor da Série A, que contou com participação da Corteva Catalyst, não foi divulgado por cláusula contratual, mas foi classificado por Souza como substancial. “Esse investimento vai ser utilizado não só para acelerar o desenvolvimento dos produtos, como também para levá-los ao mercado global”, afirmou.

Segundo o executivo, a parceria com a Corteva inclui não somente capital, mas colaboração tecnológica e comercial. Algumas soluções deverão integrar as plataformas de ambas as empresas, com desenvolvimento conjunto de bioinseticidas, biofungicidas e produtos nutricionais.

Cenário nacional

Souza destacou que o Brasil ainda investe pouco em biotecnologia agrícola quando comparado a países como Estados Unidos e os da Europa. Segundo ele, enquanto o mercado internacional direciona bilhões de dólares para o setor, há poucos projetos semelhantes no país. “Fundamos a Symbiomics para criar tecnologias brasileiras com potencial de impacto não só local, mas global”, disse.

Atualmente, a agricultura brasileira conta com alternativas biológicas mais avançadas para a soja, mas ainda carece de soluções equivalentes para culturas como milho, arroz e sorgo. Para Souza, o cenário é favorável ao desenvolvimento de novos insumos capazes de reduzir a dependência de fertilizantes importados e mitigar os riscos econômicos associados a crises internacionais.

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