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Disparada na importação chinesa eleva protagonismo do Brasil no mercado de soja
Publicado 09/12/2025 • 11:04 | Atualizado há 9 horas
Publicado 09/12/2025 • 11:04 | Atualizado há 9 horas
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Cfoto | Future Publishing | Getty Images
China reduz compras de soja dos EUA enquanto estoques disparam
A crescente demanda da China tem impulsionado o otimismo entre produtores de soja no Brasil. Mesmo em um cenário de custos elevados e clima irregular, agricultores enxergam boas oportunidades para a safra atual e para a colheita de 2026. O país segue ganhando espaço no maior mercado consumidor do mundo, enquanto os Estados Unidos enfrentam queda brusca nas vendas para os chineses.
Dados recentes da alfândega chinesa mostram que, em outubro, o país não importou nenhuma carga de soja dos Estados Unidos, após meses de tensão comercial e estoques domésticos elevados. No sentido oposto, as compras vindas do Brasil cresceram quase 29% no mesmo período, atingindo 7,12 milhões de toneladas — cerca de 75% de toda a soja importada pela China no mês.
O resultado reforça o protagonismo brasileiro num momento em que o mercado global passa por mudanças estratégicas e geopolíticas.
A China aproveitou estoques internos recordes para ajustar o ritmo de importações. Com oferta abundante, o país pôde priorizar fornecedores mais competitivos — e o Brasil lidera esse movimento.
De janeiro a outubro, as compras chinesas de soja brasileira somaram 70,8 milhões de toneladas, aumento de 4,5% em relação ao ano anterior.
Segundo analistas, esse cenário dá ao Brasil uma vantagem decisiva na próxima temporada.
O presidente da Aprosoja Brasil, Maurício Buffon, vê um mercado firme e com espaço para crescimento.
“Esperamos exportar entre 115 e 116 milhões de toneladas na safra 2025/26. Pode ser pouco para a China, mas é muito para nós. E os EUA têm menos excedente para exportar”, afirmou.
Buffon explica que, embora a área plantada cresça em ritmo menor por causa dos altos custos e da margem estreita, a demanda internacional continua garantindo liquidez.
No campo, o humor é positivo. Novas estimativas da StoneX apontam que a produção deve chegar a 178,9 milhões de toneladas em 2025/26. Já o IBGE projeta safra recorde também em 2026, impulsionada pela recuperação do Rio Grande do Sul e por uma possível melhora das chuvas no Centro-Oeste.
Mesmo com acordos recentes entre China e Estados Unidos, o Brasil segue como o fornecedor mais competitivo.
Rafael Silveira, analista da Safras & Mercado, afirma que “2025 foi extremamente favorável à soja brasileira, que ganhou espaço no mercado chinês e registrou recorde de exportações”.
Até novembro, o Brasil enviou mais de 82 milhões de toneladas de Soja aos portos chineses, alta de 16% sobre 2024.
Embora o cenário seja de confiança, produtores destacam dificuldades importantes:
Além disso, o clima tem trazido incertezas. Chuvas irregulares atrasaram o plantio em partes do Mato Grosso e de outras regiões.
O otimismo não elimina a preocupação com o comportamento das chuvas. No Centro-Oeste, novembro foi especialmente seco, o que deve reduzir a oferta do milho segunda safra e pode afetar a janela de plantio da Soja em algumas áreas.
Ainda assim, previsões meteorológicas indicam retorno das chuvas, o que deve apoiar o potencial produtivo da Soja em 2025/26 e 2026.
Mesmo com obstáculos estruturais e climáticos, a leitura predominante no setor é otimista. A demanda crescente da China, somada à competitividade do produto brasileiro e à perspectiva de mais uma safra recorde, reforça o papel de liderança do Brasil no mercado global de soja.
Para os produtores, o recado é claro: o país segue como fornecedor preferencial da maior economia asiática — e o campo aposta que 2026 será um ano ainda mais forte.
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