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Airbus adia lançamento de avião movido a hidrogênio
Publicado 08/02/2025 • 17:58 | Atualizado há 9 meses
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Publicado 08/02/2025 • 17:58 | Atualizado há 9 meses
KEY POINTS
Dimitar DILKOFF / AFP
A Airbus reconheceu na sexta-feira (7) que o avanço no desenvolvimento de um avião movido a hidrogênio tem ocorrido de forma mais lenta do que o previsto. Apesar disso, a companhia garantiu que não está reavaliando sua estratégia para a descarbonização da aviação.
A fabricante de aeronaves tinha como meta produzir um avião com emissão zero dentro de uma década, ajudando o setor de aviação comercial a cumprir sua promessa de neutralidade de carbono até meados do século. A Airbus não estabeleceu uma nova data-alvo.
No entanto, de acordo com o sindicato FO, a fabricante adiou em cinco a dez anos o prazo para concluir o desenvolvimento de um avião a hidrogênio, reduziu em 25% o orçamento do programa e optou por revisar sua estratégia de descarbonização.
A Airbus, por sua vez, negou ter feito qualquer mudança em sua abordagem de descarbonização.
“Nossa ambição e roteiro para descarbonizar o setor permanecem inalterados”, disse um porta-voz da Airbus à AFP, acrescentando que a empresa ajustará seus projetos de hidrogênio “de acordo com a maturidade do ecossistema e das tecnologias”.
Em setembro de 2020, a Airbus apresentou três conceitos de aeronaves movidas a hidrogênio, batizadas de ZEROe, como parte de sua estratégia para reduzir as emissões.
Isso a diferenciou de outras empresas do setor, que têm apostado em combustíveis renováveis ou sintéticos, além de aviões elétricos para voos de curta distância.
A Airbus, por sua vez, afirmou que continua comprometida com o desenvolvimento de um avião comercial movido a hidrogênio e defendeu a tecnologia.
“O hidrogênio tem o potencial de ser uma fonte de energia revolucionária para a aviação”, disse a empresa, embora tenha reconhecido que criar um ecossistema comercial viável para esse combustível seja um grande desafio.
“Os desenvolvimentos recentes mostram que o progresso em elementos indispensáveis para essa transição, incluindo a disponibilidade em larga escala de hidrogênio de fontes renováveis, tem sido mais lento do que o esperado”, afirmou a Airbus.
Motores movidos a hidrogênio não emitem gases de efeito estufa, pois sua combustão gera apenas água. No entanto, nem todo hidrogênio é limpo. Grande parte dele ainda é produzida a partir de gás natural ou carvão, o que gera emissões de dióxido de carbono.
Ele pode ser produzido sem emissões diretas por meio da eletrólise da água utilizando eletricidade renovável, mas esse processo geralmente é mais caro.
O transporte e o armazenamento do hidrogênio também representam desafios.
No estado gasoso, em temperatura ambiente, ele ocupa um grande volume, tornando seu uso como combustível inviável. Para ser liquefeito, precisa ser resfriado a -253°C, e, mesmo assim, ocupa quatro vezes mais espaço do que o querosene de aviação.
Além disso, o processo de liquefação demanda uma quantidade significativa de energia.
Em 2022, a Airbus anunciou planos para realizar, em 2025, um voo de teste de um A380 com um quinto motor movido a hidrogênio para avaliar tanto o armazenamento quanto a queima do combustível. O sindicato FO, o maior da Airbus, afirmou que esse projeto foi cancelado.
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) acredita que a maior parte da redução das emissões do setor virá do uso de combustíveis sustentáveis de aviação (SAF, na sigla em inglês), antes que tecnologias inovadoras como o hidrogênio se tornem viáveis.
Na sexta-feira, a Airbus concordou que os SAFs terão um papel fundamental.
“Se o hidrogênio está destinado a desempenhar um papel crescente na aviação na segunda metade do século, sua contribuição para a meta de descarbonização de 2050 complementará outras soluções, em particular os combustíveis sustentáveis de aviação, que continuarão sendo essenciais para voos de média e longa distância”, disse a empresa.
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