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Além da Paramount: veja outros casos famosos de ofertas hostis no mercado
Publicado 10/12/2025 • 16:37 | Atualizado há 51 minutos
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Publicado 10/12/2025 • 16:37 | Atualizado há 51 minutos
KEY POINTS
A ofensiva da Paramount Skydance para tomar o controle da Warner Bros - Foto: Dado Ruvic/Illustration/Reuters
Além da Paramount: veja outros casos famosos de ofertas hostis no mercado
A ofensiva da Paramount Skydance para tomar o controle da Warner Bros. Discovery reacendeu a atenção para um movimento pouco comum, mas decisivo, no mundo corporativo, as ofertas hostis.
Mas o que seria uma oferta hostil? É o termo que se dá para acordos efetivados sem consentimento. Segundo a reportagem do Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC, a negociação é feita com os acionistas da empresa, sem a autorização dos diretores e do conselho. Tornando uma oferta de mercado hostil.
Foi o que aconteceu com a disputa mais recente envolve duas gigantes do entretenimento. A Netflix anunciou, na última sexta-feira (05), um acordo de US$ 82,7 bilhões para assumir os estúdios Warner Bros., a HBO e o serviço de streaming HBO Max.
A proposta prevê pagamento de US$ 23,25 em dinheiro e US$ 4,50 em ações da Netflix para cada ação da WBD, além da separação dos canais lineares como CNN e Discovery em uma empresa independente.
Poucos dias depois, a Paramount Skydance elevou o tom e lançou uma oferta hostil de US$ 108,4 bilhões. David Ellison, CEO da companhia, quer assumir todo o conglomerado, incluindo redes lineares consideradas problemáticas pelo mercado.
A estratégia consiste em convencer acionistas de que sua proposta é superior em preço e possui maior chance de aprovação regulatória.
Leia também: Warner Bros em disputa: o que o CEO da Netflix disse sobre a oferta da Paramount?
Mas esses problemas não começaram agora. Ao longo dos últimos anos, diversas tentativas de aquisição foram feitas de maneira hostil. A seguir, relembre alguns casos de ofertas desse tipo no mercado.
Outro caso recente ocorreu no setor de materiais de construção da América do Norte, a QXO que é uma grande distribuidora americana de materiais para construção, comandada pelo bilionário Brad Jacobs, apresentou uma oferta de cerca de US$ 11 bilhões para comprar a Beacon Roofing.
A proposta havia sido rejeitada repetidas vezes pelo conselho, o que levou Jacobs a contatar diretamente os acionistas. Segundo documentos da empresa, a administração da Beacon recusou ou ignorou a abordagem em 15 ocasiões entre julho e dezembro de 2024, segundo a matéria publicada pela Reuters.
Leia também: Netflix ou Paramount? O que muda após a nova oferta pela Warner?
O conselho afirmou buscar alternativas que elevassem o preço, ainda assim, analistas de mercado avaliam que os acionistas tendem a apoiar a venda, especialmente porque a oferta representa um prêmio relevante sobre o valor atual das ações.
A QXO afirmou ter financiamento garantido por grandes instituições financeiras e não descarta indicar novos nomes para o conselho da Beacon, caso seja necessário avançar no processo.
Em abril de 2025, a QXO concluiu aquisição da Beacon Roofing Supply por aproximadamente US$11 bilhões, encerrando uma das disputas mais intensas do setor de materiais de construção.
Em 2008, o Yahoo tornou pública sua disposição de usar um mecanismo de defesa contra uma oferta hostil da Microsoft. O chamado poison pill havia sido adotado em 2001 e possibilitaria aos acionistas comprar novos papéis a preços reduzidos caso qualquer investidor adquirisse 15% ou mais da empresa sem aprovação prévia.
Leia também: Os investidores estão adorando a novela entre Paramount, Warner Bros. e Netflix; entenda
A proposta da Microsoft oferecia US$ 31 por ação, valor que representava um prêmio expressivo. Segundo a reportagem da Reuters publicada na época, o Yahoo anunciou que avaliaria a oferta, mas o mecanismo de proteção teve papel central em limitar o avanço da gigante tecnológica naquele momento.
A Microsoft acabou retirando a proposta após meses de impasse. O Yahoo recusou sucessivas ofertas por considerar que elas subestimavam o valor da companhia, e, diante da resistência em elevar o lance ao patamar desejado, a Microsoft encerrou oficialmente a tentativa de aquisição em maio de 2008.
Em 2006, a tentativa da Sadia de adquirir a Perdigão provocou intensa mobilização entre bancos de investimento e fundos de pensão.
Após a recusa à proposta inicial, instituições financeiras passaram a estruturar ofertas concorrentes, estimuladas por acionistas interessados em valorizar ainda mais seu patrimônio.
Leia também: Suspense à vista: o que esperar da disputa pela Warner Bros. Discovery?
Empresas americanas como Tyson Foods, Smithfield e Cargill surgiram como possíveis interessadas, e a Perdigão estudou acelerar aquisições no setor de consumo para aumentar sua participação de mercado e dificultar a aprovação de uma fusão com a Sadia pelos órgãos reguladores.
Segundo uma publicação realizada pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura do estado da Bahia, a própria Sadia avaliou reapresentar uma oferta mais alta, pressionada por acionistas que desejavam uma oportunidade de negociação. O episódio se tornou um dos mais conhecidos embates corporativos do setor de alimentos no Brasil, na época.
A oferta inicial estabelecia a compra integral das ações da Perdigão, ao valor de R$ 27,88 por papel. Os acionistas, porém, rejeitaram a proposta. Mesmo assim, em 2009, as duas companhias acabaram unindo suas operações, dando origem ao grupo BRF (Brasil Foods).
Leia também: EXCLUSIVO: Conheça a estratégia do CEO da Paramount para virar o jogo em negócio da Warner Bros.
Casos de ofertas hostis continuam raros, mas exercem forte impacto no mercado. Um exemplo é a disputa envolvendo a Paramount e a Netflix.
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