A ArcelorMittal reportou nesta quarta-feira (31) um lucro líquido de US$ 1,8 bilhão (cerca de R$ 9,3 bilhões na cotação atual) no segundo trimestre de 2025, alta de 256% na comparação anual. O resultado foi impulsionado por um ganho excepcional de US$ 1,16 bilhão (R$ 6 bilhões) relacionado à aquisição da participação da Nippon Steel na usina de Calvert, nos EUA. O lucro ajustado do trimestre foi de US$ 1 bilhão (R$ 5,2 bilhões).
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A receita líquida da companhia somou US$ 15,9 bilhões (R$ 82,3 bilhões), alta de 7,6% em relação ao trimestre anterior. O EBITDA ajustado foi de US$ 1,86 bilhão (R$ 9,6 bilhões), com margem de US$ 135 por tonelada, refletindo melhorias operacionais na Europa e maior contribuição de joint ventures na Índia. Já a produção de aço bruto totalizou 14,4 milhões de toneladas, com embarques de 13,8 milhões.
Destaques operacionais e estratégicos
- A empresa completou a aquisição de 100% da usina de Calvert, tornando-se proprietária integral de uma das plantas mais avançadas da América do Norte.
- Na Índia, a operação da AMNS registrou EBITDA de US$ 200 milhões (R$ 1 bilhão), beneficiada por medidas de salvaguarda.
- Em Liberia, a ArcelorMittal bateu recorde de produção e embarque de minério de ferro, alinhada ao plano de expansão da capacidade para 20 milhões de toneladas até o fim do ano.
- No Brasil, o EBITDA cresceu 4,1% no trimestre, apesar de um impacto excepcional de US$ 453 milhões (R$ 2,3 bilhões) relacionado ao acordo final pela compra da Votorantim Siderurgia.
Indicadores financeiros e investimentos
- O fluxo de caixa livre foi positivo em US$ 514 milhões (R$ 2,7 bilhões).
- O endividamento líquido aumentou para US$ 8,3 bilhões (R$ 43 bilhões), refletindo aquisições e recompra de ações.
- A empresa manteve liquidez robusta de US$ 11 bilhões (R$ 56,9 bilhões).
- Foram investidos US$ 1,1 bilhão (R$ 5,7 bilhões) em projetos estratégicos nos últimos 12 meses.
Perspectivas para 2025
A ArcelorMittal projeta crescimento de até 2,5% no consumo aparente de aço fora da China neste ano, com destaque para Índia (+6% a +7%) e Brasil (até +2%). No entanto, a companhia reconhece que tarifas comerciais, como a Seção 232 nos EUA, estão pressionando custos e afetando a demanda nos mercados da América do Norte.
A companhia reafirmou seu plano de investir entre US$ 4,5 bilhões e US$ 5 bilhões em 2025, com foco em crescimento estratégico e projetos de descarbonização, mantendo a política de retorno aos acionistas com dividendos e recompras de ações. Até junho, foram recompradas 8,8 milhões de ações ao custo de US$ 262 milhões (R$ 1,4 bilhão).
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