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“Aumento de carga tributária vai ser repassado para o consumidor”, diz Chiapinotto, da PwC

Publicado 08/06/2025 • 14:15 | Atualizado há 5 horas

Agência DCNews

KEY POINTS

  • A Reforma Tributária entra em vigor em 2026, com período de transição até 2032 e previsão de aplicação integral a partir de 2033. Embora o texto-base esteja aprovado, dúvidas permanecem – especialmente sobre os impactos em setores como o varejo.
  • Para Giancarlo Chiapinotto, sócio e líder de consultoria tributária para Consumo e Varejo na PwC Brasil, o momento exige planejamento intenso, especialmente no campo tecnológico.
Giancarlo Chiapinotto, sócio e líder de consultoria tributária para Consumo e Varejo na PwC Brasil.

Giancarlo Chiapinotto, sócio e líder de consultoria tributária para Consumo e Varejo na PwC Brasil

Divulgação.

A Reforma Tributária entra em vigor em 2026, com período de transição até 2032 e previsão de aplicação integral a partir de 2033. Embora o texto-base esteja aprovado, dúvidas permanecem – especialmente sobre os impactos em setores como o varejo.

Para Giancarlo Chiapinotto, sócio e líder de consultoria tributária para consumo e varejo na PwC Brasil, o momento exige planejamento intenso, especialmente no campo tecnológico. “Os varejistas devem estar com os processos de ICMS organizados para liberar pessoas para a transição”, afirmou em entrevista à Agência DCNews.

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Segundo Chiapinotto, o período de transição “vai piorar bastante antes de começar a melhorar”. O diretor também alerta que eventuais aumentos de carga, o que vale para a discussão em cima da elevação do IOF, serão inevitavelmente repassados ao consumidor final.

Confira a entrevista completa:

Quais os principais pontos de atenção da Reforma Tributária para o varejo?

Giancarlo Chiapinotto – O varejo é a ponta. É onde o imposto é recolhido. Estamos falando de um imposto não cumulativo, mas quem paga é o consumidor final.. Com as novas regras, será preciso rever o cálculo dos créditos e negociar bem com os fornecedores para definir o preço final. Esse é o principal desafio.

O varejo continua sendo refém dos impostos com o novo modelo?

Giancarlo Chiapinotto – Hoje, em tributos federais como PIS e Cofins, o crédito é muito limitado. Com a criação da CBS e do IBS, a base de crédito será mais ampla. Isso permitirá ao varejista eliminar parte dos resíduos tributários que antes eram repassados ao preço e, com boa gestão, transformar isso em margem.

Que tipo de resíduos eram esses?

Giancarlo Chiapinotto – Um exemplo claro são os pagamentos via cartão de crédito. No modelo atual, não é possível tomar crédito sobre isso. A proposta é ampliar essa base.

Como ficam as dinâmicas de precificação e repasse?

Giancarlo Chiapinotto – Como o principal ganho será na eliminação de resíduos, a dúvida é até que ponto o fornecedor dividirá esse ganho com o varejo ou ficará com ele. Isso depende mais de uma negociação comercial do que de uma regra tributária.

E como essas negociações devem ocorrer?

Giancarlo Chiapinotto– É essencial analisar a cadeia completa – do fornecedor ao cliente final – para mapear ganhos e perdas de cada lado. O mercado naturalmente se ajusta, mas é preciso clareza nesse mapeamento.

Haverá repasse ao consumidor final em caso de aumento de carga?

Giancarlo Chiapinotto – Sem dúvida. Quando há aumento de tributos, ele é repassado. Não tem muito o que fazer.

É provável que os varejistas aproveitem o ganho de margem ou repassem a redução ao consumidor?

Giancarlo Chiapinotto– Não necessariamente vão repassar. Se houver aumento de carga e a margem já estiver comprimida, o repasse será inevitável. Agora, se houver ganho de margem por conta de crédito tributário, o varejista pode usá-lo para melhorar seus resultados ou reduzir preços e ganhar mercado. É uma decisão de negócio.

A sobreposição dos modelos até 2032 preocupa?

Giancarlo Chiapinotto – Sem dúvida. Teremos de conviver com dois sistemas ao mesmo tempo, e isso é extremamente complexo do ponto de vista contábil e operacional.

Como o varejo deve se preparar?

Giancarlo Chiapinotto – Organizando bem os processos de ICMS e liberando pessoas para se dedicar à transição. Os sistemas também precisam estar prontos para lidar com essa ambiguidade. Vai piorar antes de melhorar.

A mudança exigirá evolução tecnológica. O setor está pronto?

Giancarlo Chiapinotto – Os provedores de serviço já estão se adaptando. Mas as empresas precisam mapear o que ainda está fora dos sistemas, como planilhas e processos manuais, e integrar tudo para gerar corretamente as obrigações acessórias.

E as pequenas empresas, com pouca tecnologia embarcada?

Giancarlo Chiapinotto – As grandes têm sistemas estruturados. As pequenas muitas vezes usam portais de emissão de nota e dependerão da atualização desses ambientes. Escritórios de contabilidade também terão papel essencial.

A suspensão de benefícios fiscais pode forçar relocalizações?

Giancarlo Chiapinotto – Para lojas, não. Elas precisam estar perto do consumidor. Mas no caso de fábricas ou centros de distribuição, será necessário avaliar contratos de longo prazo. A operação precisa ser rentável até 2032. Em alguns casos, será. Em outros, não. Giancarlo Chiapinotto

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