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CEO da BP elogia descoberta de exploração após lucro surpreendente

Publicado 05/08/2025 • 08:10 | Atualizado há 3 horas

Cido Coelho

KEY POINTS

  • A BP reportou um lucro líquido subjacente de US$ 2,35 bilhões no segundo trimestre, superando confortavelmente as expectativas dos analistas.
  • Os resultados surgem num momento em que a empresa britânica de petróleo e gás continua tentando reconstruir a confiança dos investidores.
  • “Tivemos um tremendo sucesso na exploração”, disse o CEO da BP, Murray Auchincloss, à CNBC na terça-feira.
"Pode chegar a 20 anos de produção", afirma Ajzental sobre impacto da descoberta da BP

Foto: Glyn KIRK / AFP

O CEO da BP, Murray Auchincloss, falou nesta terça-feira (5) sobre o potencial de crescimento das recentes descobertas de petróleo e gás da empresa, enquanto a grande empresa de energia enfrenta dificuldades com aquisições e um grande plano de recuperação.

“No upstream, tivemos um desempenho tremendo, juntamente com uma eficiência operacional recorde [e] com o início de cinco novos grandes projetos”, disse Auchincloss ao programa “Squawk Box Europe”, da CNBC, logo após a divulgação dos resultados do segundo trimestre da empresa.

Ele acrescentou estar “muito otimista” com a mais recente descoberta exploratória da empresa no bloco Bumerangue, na Bacia de Santos, a pouco mais de 400 quilômetros do Rio de Janeiro. A BP está atualmente realizando testes para analisar melhor o potencial do bloco.

A descoberta de Bumerangue, anunciada na segunda-feira, é a décima da empresa desde o início do ano e reflete um aumento potencialmente significativo, já que a BP continua a investir em hidrocarbonetos.

Após apresentar desempenho inferior ao de seus concorrentes nos últimos anos, a empresa mudou de rumo por meio de uma redefinição estratégica fundamental que fará com que a BP priorize combustíveis fósseis e reduza os gastos com energias renováveis.

Mais cedo na terça-feira, a grande empresa de energia relatou um lucro subjacente de custo de reposição, usado como um proxy para o lucro líquido, de US$ 2,35 bilhões nos três meses até junho — superando confortavelmente as expectativas dos analistas de US$ 1,81 bilhão, de acordo com um consenso compilado pela LSEG.

Para aumentar o retorno aos investidores, a empresa também disse que seu dividendo trimestral aumentará de 8 centavos para 8,32 centavos e que manterá o ritmo de seu programa de recompra de ações em US$ 750 milhões no segundo trimestre.

As ações da empresa foram vistas pela última vez, sendo negociadas com alta de 1,6% durante as negociações da manhã.

Especulação de aquisição

A crise dos últimos anos transformou a BP no assunto de intensa especulação sobre aquisições, com alguns questionando uma potencial fusão futura com a rival doméstica Shell. Por sua vez, a Shell afirmou no final de junho que não tinha “nenhuma intenção” de fazer uma oferta.

A gigante petrolífera dos Emirados Árabes Unidos, ADNOC, assim como as gigantes petrolíferas dos EUA, Exxon Mobil e Chevron, estão entre alguns dos nomes que também foram apontados como possíveis pretendentes.

Questionado se a empresa havia sido abordada por algum possível parceiro de fusão em meio às especulações sobre uma aquisição, Auchincloss disse que a BP está focada no crescimento.

Maurizio Carulli, analista global de energia da Quilter Cheviot, disse que os lucros da BP foram os primeiros resultados trimestrais positivos da empresa “em muito tempo”, observando que “o que talvez seja mais encorajador” foi que o desempenho superior da empresa ocorreu apesar de um período de preços mais baixos do petróleo.

“A equipe de gestão claramente começou a implementar a reformulação estratégica anunciada há alguns meses. Ultimamente, tem havido muita especulação sobre o destino da BP e se um rival tentará eliminá-la com uma fusão”, disse Carulli.

“Se resultados positivos como esses continuarem a ser apresentados, essa especulação pode acabar sendo apenas um contratempo na longa e histórica história da BP”, acrescentou.

Revisão de ativos

A BP, que está sob intensa pressão para melhorar a lucratividade por parte de investidores ativistas como Elliott, observou que iniciaria uma nova revisão de custos de seus ativos — poucas semanas antes de Albert Manifold se juntar ao conselho da BP em 1º de setembro e como presidente em 1º de outubro.

Questionado sobre mais detalhes dessa revisão estratégica, Auchincloss disse à CNBC: “Se pensarmos em 2020, reduzimos nossos custos em 25% e, em 2024, anunciamos outro programa para reduzir nossos custos em mais 20%. São os US$ 4 a 5 bilhões aos quais me referi anteriormente.”

“Se conseguirmos isso, ficaremos perto do primeiro quartil do setor, mas não acho que seja o suficiente”, disse Auchincloss.

A dívida líquida da BP chegou a US$ 26,04 bilhões no final do segundo trimestre, abaixo dos quase US$ 27 bilhões registrados nos primeiros três meses do ano.

“Precisamos continuar dirigindo com segurança para sermos os melhores do setor. E é por isso que estamos focados em outra avaliação para tentar nos levar ao topo da categoria no setor”, acrescentou Auchincloss.

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