CEO da Nissan aposta em plano bilionário para reerguer a montadora
Publicado 04/06/2025 • 08:44 | Atualizado há 2 dias
Publicado 04/06/2025 • 08:44 | Atualizado há 2 dias
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O CEO da Nissan, Ivan Espinosa, afirmou nesta quarta-feira (4) que o foco de curto prazo é recuperar a montadora, que passa por um processo de reestruturação profunda para retomar uma base sólida.
“Acho que, no curto prazo, nosso foco é consertar a nós mesmos”, disse Espinosa ao programa Squawk Box Europe, da CNBC. “Estamos convencidos de que o plano é suficiente e robusto”, acrescentou.
Espinosa, que assumiu o comando da montadora japonesa apenas em abril, enfrenta o desafio de reverter a fase difícil da Nissan, que viu sua participação de mercado encolher nos últimos anos.
A empresa tem lidado com a queda nas vendas, a transição para os veículos elétricos e uma forte concorrência global, especialmente de montadoras chinesas.
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Esses desafios agora se intensificaram com as tarifas globais de 50% impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre aço e alumínio, além de outras tarifas “recíprocas” sobre países específicos, que estão temporariamente suspensas até julho.
No mês passado, Espinosa revelou os planos da empresa para cortar 11 mil empregos e fechar sete fábricas, diante da expectativa de uma queda de 3% no volume de vendas no atual ano fiscal.
No fim do ano passado, a Nissan chegou a cogitar uma possível fusão com a também japonesa Honda, em conversas que poderiam ter criado a terceira maior montadora do mundo em vendas — mas as negociações fracassaram em fevereiro. “O tamanho da tarefa é grande”, disse Espinosa.
“Nossa aterrissagem não foi boa em 2024 e, por isso, temos uma transformação a fazer. Mas esse é um problema que não começou há dois anos, é um problema estrutural que estamos resolvendo. Se olharmos para trás, oito ou dez anos atrás, a empresa tinha metas muito ambiciosas de crescimento.”
Na época, a gestão da Nissan mirava vendas anuais de 8 milhões de carros. Com isso, a empresa investiu fortemente em capacidade produtiva, recursos humanos e despesas de capital.
No entanto, o pico foi alcançado em 2016, com 5,6 milhões de veículos vendidos por ano. Hoje, segundo Espinosa, a Nissan opera com um volume anual entre 3,3 e 3,4 milhões de unidades.
“Estamos redimensionando a empresa, e por isso aceleramos nossos esforços de corte de custos — tanto os fixos quanto os variáveis. Temos iniciativas muito profundas dentro do nosso novo plano Re:Nissan e estamos totalmente comprometidos com ele”, afirmou.
As ações da Nissan, negociadas na Bolsa de Tóquio, acumulam queda de 24% no ano.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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