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Grupo Refit: quem é Ricardo Magro, um dos maiores sonegadores do Brasil?

Publicado 27/11/2025 • 10:38 | Atualizado há 1 hora

KEY POINTS

  • O Grupo Refit, de Ricardo Magro, foi o principal alvo da Operação Poço de Lobato, que apura fraude fiscal com perdas estimadas em mais de R$ 26 bilhões.
  • Ricardo Magro tem um longo histórico de acusações por sonegação, lavagem de dinheiro e desvio de recursos de fundos de pensão.
  • O dono do Grupo Refit foi advogado do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que também foi preso por desvios de fundos de pensão.
Ricardo Magro, dono do Grupo Refit e ex-advogado de Eduardo Cunha, é considerado o maior sonegador de impostos do Brasil. Foto: Michelle Cadari/Divulgação.

Ricardo Magro, dono do Grupo Refit e ex-advogado de Eduardo Cunha, é considerado o maior sonegador de impostos do Brasil. Foto: Michelle Cadari/Divulgação.

Ricardo Magro, dono do Grupo Refit e ex-advogado de Eduardo Cunha, é considerado o maior sonegador de impostos do Brasil. Foto: Michelle Cadari/Divulgação.

Nesta quinta-feira (27), o Grupo Refit foi alvo da megaoperação chamada “Operação Poço de Lobato” com o intuito de desmontar um esquema de fraude fiscal detectado nos estados de SP, RJ, MG, BA e MA, além do Distrito Federal.

Na investigação, o grupo do empresário Ricardo Magro aparece como o maior devedor de ICMS do estado de São Paulo e um dos maiores da União. De acordo com o Ministério Público paulista, trata-se de um megaesquema de fraude fiscal, com prejuízo superior a R$ 26 bilhões aos cofres estudais e federal.

Mas, afinal, quem é Ricardo Magro?

O perfil de Ricardo Magro

O Grupo Refit, do setor de combustíveis, foi adquirido pelo empresário Ricardo Magro em 2008. A companhia era a antiga responsável pela refinaria de Manguinhos, que foi acusada de atuar em esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Nesse sentido, Magro possui um longo histórico de sonegação de impostos e outros crimes.

Em 2016, foi preso por fraude em investimentos de fundos de pensão. Naquela época, entregou-se à Polícia Federal do Rio de Janeiro depois de três dias nos quais foi considerado foragido e procurado pela Interpol. Nesse caso, o Ministério Público Federal estipulou que os desvios de Magro somavam no mínimo R$ 90 milhões dos fundos Petros e Postalis.

Ainda em 2016, atuou como advogado do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha — que foi preso sob a acusação de desvios de fundo de pensão, embora tenha sido absolvido anos depois.

Leia mais: Grupo Refit é alvo de megaoperação contra esquema bilionário de fraudes no setor de combustíveis

Acusações recentes envolvendo o dono do Grupo Refit

Já em dezembro de 2024, a Polícia Civil investigava o Ricardo Magro pelo uso de 188 empresas para lavar dinheiro e praticar outros crimes fiscais.

Em agosto de 2025, Ricardo também foi citado na Operação Carbono Oculto, cujo intuito era apurar a participação do PCC no ramo de combustíveis. Naquela ocasião, afirmou se sentir perseguido e ameaçado. Para a Folha de S. Paulo, contou que não tinha associação nenhuma com as facções criminosas e que sofria ameaças do PCC — e de seus apoiadores —, por sua tentativa de combater esquemas criminosos. Além disso, afirmava também que era difamado pelas grandes empresas do setor, devido ao seu novo modelo de negócios.

Ademais, o nome de Ricardo Magro marca presença na lista de brasileiros com offshores em paraísos fiscais. Chamada de Panama Papers, o empresário aparece com seis offshores, sendo algumas delas gerenciadas pelo escritório panamenho “Mossack Fonseca”, especialista em aberturas de empresas de fachada — que favorecem a ocultação dos donos reais.

Por fim, vale frisar que o dono do Grupo Refit também já foi investigado pelo suposto esquema de corrupção que envolve a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Na denúncia, que agora está arquivada, o Ministério Público de São Paulo informou que as empresas do conglomerado eram utilizadas em esquemas de sonegação e adulteração de bombas de combustíveis. No entanto, Ricardo Magro pagava propina a um agente da ANP para preservar sua rede de proteção.

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