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Hapvida perde recurso na ANS e terá de refazer balanço; entenda decisão
Publicado 05/12/2025 • 16:33 | Atualizado há 1 minuto
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Publicado 05/12/2025 • 16:33 | Atualizado há 1 minuto
KEY POINTS
A maior operadora de planos de saúde do país atravessa uma das fases mais delicadas desde sua estreia na Bolsa de Valores - Foto: Divulgação/Hapvida
ANS obriga Hapvida a refazer balanço de 2024 e retirar quase R$ 1 bilhão
A Agência Nacional de Saúde Suplementar rejeitou o recurso apresentado pela Hapvida nesta sexta-feira (05). A operadora terá de republicar o balanço de 2024 para retirar quase R$ 1 bilhão contabilizado de forma antecipada.
O ajuste diz respeito ao efeito fiscal gerado pelo Programa Desenrola, que perdoou uma dívida de R$ 866 milhões da companhia com o SUS, o item foi incluído na pauta oficial da 631ª Reunião da Diretoria Colegiada.
A sessão começou às 10h30 com transmissão ao vivo pelo canal da Agência Nacional de Saúde Suplementar no YouTube.
Leia também: Hapvida: 5 fatores que explicam a crise da operadora de saúde
A agência concluiu que o benefício não poderia ter sido reconhecido antes da conclusão formal da análise pelo governo, com isso, determinou a reversão integral do lançamento. A informação foi publicada pelo InvestNews. A empresa terá de refazer as demonstrações financeiras como se o crédito fiscal jamais tivesse existido.
A medida afeta diretamente o ativo e o patrimônio líquido da Hapvida. Apesar de não envolver desembolso ao governo, a baixa contábil altera o valor contábil da companhia e potencializa dúvidas sobre como os resultados são apresentados ao mercado.
Em nota a operadora Hapvida afirma “A companhia acompanhou a audiência da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e seguirá integralmente o que foi determinado pelo órgão regulador, inclusive já havia oficiado a ANS nesse sentido anteriormente”.
A empresa destaca que as mudanças não afetam em nenhum momento as demonstrações financeiras consolidadas elaboradas conforme o padrão internacional IFRS 17, adotado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Segundo a companhia, as alterações dizem respeito apenas às demonstrações enviadas à ANS (ANS-GAP), que têm finalidade regulatória específica e utilizam metodologia diferente daquela aplicada ao mercado de capitais.
Com isso, afirma a empresa, não há qualquer possibilidade de “republicação de balanço” relacionado às demonstrações IFRS já divulgadas ao mercado, as quais refletem integralmente e com metodologia própria todos os efeitos contábeis necessários.
A companhia reforça ainda que as revisões no demonstrativo ANS-GAP não alteram, reduzem ou modificam o resultado contábil apresentado ao mercado, incluindo o balanço já aprovado pelo auditor independente.
Por volta de 15h, as ações da empresa caíam 3,41%, sendo negociadas a R$ 15,02. O papel chegou a figurar entre as maiores quedas do Ibovespa B3 no início do pregão, a pressão ocorre em meio a um movimento mais amplo de perda de confiança por parte de investidores e analistas.
Nos últimos 6 meses, a ação acumula queda de quase 63%. O valor de mercado recuou para R$ 7,64 bilhões, menos da metade dos R$ 16 bilhões registrados à época da listagem na Bolsa.
Leia também: Quem é o dono da Hapvida? Conheça o empresário por trás do maior plano de saúde do Brasil
De acordo com reportagem publicada pelo Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC, a queda da maior operadora de planos de saúde do país enfrenta uma fase de forte pressão desde a fusão com a NotreDame Intermédica. A empresa, que já foi avaliada em cerca de R$ 110 bilhões, vale hoje aproximadamente R$ 8 bilhões.
O enfraquecimento ocorre por causa do aumento de custos, desempenho operacional abaixo do esperado e queda de confiança no setor. A crise se intensificou após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2025.
Leia também: Hapvida e NotreDame são a mesma operadora? Entenda a relação entre os planos de saúde
A expansão recente também pesa sobre os resultados. Desde o início do ano, a Hapvida abriu sete hospitais e 25 unidades ambulatoriais, totalizando cerca de 500 novos leitos. A nova capacidade ainda não atingiu escala suficiente para diluir os custos fixos adicionais.
A queda é superior a 42% das ações no dia 13 de novembro, movimento que acelerou o pessimismo do mercado. A perda de valor ultrapassa R$ 100 bilhões desde 2021.
O papel da Hapvida, que chegou a custar R$ 260 em 2018, hoje opera próximo de R$ 17. Segundo relatório do BTG Pactual, o trimestre reuniu fatores que pressionaram diretamente o resultado operacional.
A determinação da ANS adiciona mais uma camada de incerteza para uma empresa que já buscava estabilidade. A republicação do balanço tende a orientar revisões de expectativas de lucro e reforça a pressão sobre a governança.
Leia também: Hapvida: o que faz a companhia que teve queda histórica de 42% nas ações? Entenda
O episódio reabre o debate sobre qualidade das informações contábeis e sobre a capacidade da Hapvida de reverter a tendência recente de deterioração.
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