O McDonald’s divulgou nesta segunda-feira (10) uma receita trimestral abaixo das expectativas, impactada pelas vendas mais fracas do que o esperado em seus restaurantes dos EUA, após um surto de E. Coli ocorrido poucas semanas após o início do trimestre.
As ações da empresa caíram menos de 1% nas negociações pré-mercado.
Veja o que a empresa reportou em comparação com as expectativas de Wall Street, com base em uma pesquisa de analistas realizada pela LSEG:
- Lucro por ação: US$ 2,83 ajustado, atendendo às expectativas.
- Receita: US$ 6,39 bilhões, contra US$ 6,44 bilhões esperados.
O gigante do fast-food reportou lucro líquido de US$ 2,02 bilhões no quarto trimestre, ou US$ 2,80 por ação, uma queda em relação aos US$ 2,04 bilhões, ou US$ 2,80 por ação, do ano anterior.
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Excluindo os ganhos relacionados à venda de seu negócio na Coreia do Sul, os custos de transação pela compra da franquia em Israel e outros itens, o McDonald’s lucrou US$ 2,83 por ação.
As vendas líquidas de US$ 6,39 bilhões ficaram praticamente estáveis em relação ao mesmo período do ano anterior.
O crescimento geral de vendas mesmas lojas da empresa foi de 0,4%, superando as expectativas de Wall Street, que previam uma queda de 1%, de acordo com estimativas da StreetAccount.
No entanto, os negócios dos EUA do McDonald’s apresentaram uma queda maior do que a esperada nas vendas mesmas lojas. As vendas mesmas lojas nos restaurantes da empresa nos EUA caíram 1,4% no trimestre; Wall Street projetava uma queda de 0,6%.
O McDonald’s afirmou que o tráfego foi ligeiramente positivo, mas os clientes gastaram menos do que o habitual durante o trimestre. No verão, a rede lançou um combo de refeição por US$ 5 para atrair consumidores mais atentos aos preços e reverter as vendas fracas.
A estratégia funcionou, ajudando as vendas mesmas lojas dos EUA a subirem no terceiro trimestre. No entanto, analistas alertaram que as refeições de valor só funcionam se os clientes também adicionarem itens do menu que não estão com desconto aos seus pedidos.
O maior impacto nas vendas do McDonald’s nos EUA ocorreu no final de outubro, quando os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) vincularam um surto fatal de E. coli aos seus hambúrgueres Quarter Pounder. O McDonald’s trocou de fornecedor para suas cebolas fatiadas, ingrediente apontado como o provável responsável pelo surto. No início de dezembro, o CDC declarou o fim oficial do surto.
No entanto, nos dias seguintes à divulgação da notícia do surto, o tráfego nos restaurantes do McDonald’s nos EUA caiu acentuadamente, especialmente nos estados afetados.
Fora dos EUA, as vendas foram mais fortes. Ambas as divisões internacionais do McDonald’s reportaram crescimento nas vendas mesmas lojas, impulsionando o desempenho geral da empresa.
O segmento de mercados licenciados internacionais da empresa, que inclui o Oriente Médio e o Japão, reportou crescimento de 4,1% nas vendas mesmas lojas.
A divisão de mercados operados internacionais do McDonald’s, que inclui alguns de seus maiores mercados, reportou crescimento de 0,1% nas vendas mesmas lojas. A empresa afirmou que a maioria dos mercados teve crescimento nas vendas mesmas lojas, mas o Reino Unido e outros mercados registraram queda nas vendas mesmas lojas no trimestre.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
