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“Já somos o 3º player no Brasil”, afirma Simone Camargo da Midea

Publicado 08/04/2025 • 20:49 | Atualizado há 3 semanas

Agência DCNews

KEY POINTS

  • A chinesa Midea chegou ao Brasil em 2007, e firmou joint venture com a Carrier em 2011 para atuar em mercados latinos de eletrodomésticos.
  • No final do ano passado, a empresa inaugurou sua terceira fábrica local, desta vez em Pouso Alegre, no sul de Minas Gerais, com investimento de cerca de R$ 600 milhões. A capacidade é de 1,3 milhão de produtos por ano, sendo 700 mil refrigeradores e 600 mil lavadoras.
  • No Brasil, o faturamento cresceu 50% em 2024, de R$ 4 bilhões para R$ 6 bilhões, com destaque para ar-condicionado (participação de 20% na área residencial e 33% na comercial) e linha branca (33%, com expectativa de superar 50% em três anos).

Reprodução/LinkedIn/Simone Camargo

A chinesa Midea, maior fabricante de eletrodomésticos do mundo, vem consolidando sua presença no Brasil com investimentos robustos, crescimento acelerado e uma estratégia clara de expansão local. Presente no país desde 2007, a companhia deu um passo decisivo ao inaugurar, no fim de 2023, sua terceira fábrica nacional – desta vez em Pouso Alegre (MG), voltada para a produção de linha branca. O investimento foi de cerca de R$ 600 milhões e a capacidade instalada é de 1,3 milhão de unidades por ano, entre refrigeradores e lavadoras.

Com a nova planta, a Midea reforça sua posição como a terceira maior marca de linha branca no mercado brasileiro e sinaliza sua ambição de ampliar ainda mais sua fatia em segmentos estratégicos. A empresa já detém 44% do mercado de frigobares, 23% em freezers horizontais e 20% em lavadoras front load, além de 10% no segmento de refrigeradores de duas portas (TMF).

Resultados expressivos e estratégia de longo prazo

O avanço da operação brasileira reflete-se nos números: o faturamento da Midea no Brasil saltou de R$ 4 bilhões em 2023 para R$ 6 bilhões em 2024 — uma alta de 50%. Destaque para as áreas de ar-condicionado (com 20% de participação na divisão residencial e 33% na comercial) e linha branca (33%, com meta de ultrapassar 50% em três anos).

“A Midea já é a terceira empresa de linha branca no país e, com a nova fábrica, vamos consolidar essa posição, oferecendo produtos inovadores e eficientes, com design pensado para o dia a dia do consumidor brasileiro”, afirma Simone Camargo, diretora de marketing da Midea Carrier, joint venture da companhia com a estadunidense Carrier, firmada em 2011.

Presença industrial e plano de expansão

Além da unidade recém-inaugurada em Minas Gerais, a Midea opera fábricas em Manaus (AM), dedicada à produção de ar-condicionado e micro-ondas, com capacidade para 2 milhões de unidades, e em Canoas (RS), focada em climatizadores comerciais. A empresa mantém também três centros de distribuição, 11 lojas próprias e conta com cerca de 2,9 mil funcionários no Brasil.

Segundo entrevista do CEO da Midea Carrier, Felipe Costa, concedida em 2023, a expectativa da companhia é crescer 30% em três anos. Apesar de a empresa não confirmar oficialmente essa projeção, o movimento de expansão é evidente. Em 2025, a atuação da marca no segmento de eletroportáteis será ampliada, passando de oito para 13 categorias, incluindo produtos de cozinha, tratamento de ar e limpeza da casa.

Brasil: mercado prioritário fora da China

O Brasil já é o segundo maior mercado da Midea fora da China, atrás apenas dos Estados Unidos. A dimensão continental, a diversidade climática e a demanda crescente por soluções tecnológicas colocam o país no centro da estratégia global do grupo.

“A abertura de fábricas locais reflete o nosso desejo de atender às necessidades do consumidor brasileiro, garantindo customização, qualidade e preços mais competitivos”, destaca Simone.

Globalmente, a Midea registrou receita de 373,7 bilhões de yuans em 2023 (cerca de US$ 51,4 bilhões) e lucro líquido de 33,7 bilhões (US$ 4,6 bilhões). Até o terceiro trimestre de 2024, a receita somava 320,3 bilhões (US$ 44,1 bilhões).

Esporte como vetor de marca

A Midea também aposta no esporte para ampliar sua conexão com os consumidores da América do Sul. Patrocinadora da Copa Sul-Americana e da Libertadores feminina, a companhia já tem experiência nesse campo por meio de sua parceria com o Manchester City, clube inglês de futebol. “O esporte nos conecta de forma única ao público e se tornou parte do nosso DNA”, diz Simone.

Futuro: mais categorias e investimentos

A companhia planeja manter os investimentos em automação, inteligência artificial e eficiência energética, especialmente na planta de Manaus. Há ainda estudos para entrada no segmento de fogões, que exige produção nacional para ser competitivo, além de uma possível ampliação da presença local na fabricação de componentes.

Embora a instabilidade econômica e política brasileira seja considerada nos planos, a empresa reforça sua visão de longo prazo. “Monitoramos o cenário macroeconômico constantemente, o que nos permite ajustar estratégias e mitigar riscos”, explica a executiva.

Sobre a possibilidade de abertura de capital no Brasil, Simone esclarece que a operação da Midea Carrier é restrita a Argentina, Brasil e Chile, e que não comenta movimentos fora desses territórios. Em 2024, o grupo realizou um IPO bem-sucedido em Hong Kong, sinalizando confiança dos investidores no crescimento global da companhia.

Com foco no consumidor, investimento em inovação e visão estratégica, a Midea acelera seu plano de conquistar a liderança no competitivo mercado brasileiro de eletrodomésticos.

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