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Porsche pode fortalecer parceria com a Volkswagen, diante da ameaça de tarifas dos EUA
Publicado 12/03/2025 • 11:04 | Atualizado há 7 meses
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Publicado 12/03/2025 • 11:04 | Atualizado há 7 meses
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Porsche
Foto: Pixabay.
O CEO da Porsche, Oliver Blume, afirmou nesta quarta-feira (12) que a empresa pode fortalecer sua parceria com a Volkswagen, que possui uma base de fabricação nos EUA, enquanto se prepara para possíveis tarifas impostas pela Casa Branca.
“Temos um acordo de cooperação industrial com a Volkswagen e, no final, estamos trabalhando tão próximos que isso deve desempenhar um papel” na resposta às tarifas, disse Blume à CNBC.
Os EUA são o principal mercado da Porsche, mas a falta de operações de montagem no país deixa a empresa potencialmente vulnerável a uma guerra comercial com a União Europeia. As principais fábricas da Porsche estão localizadas na Alemanha.
Embora listada separadamente, a fabricante do 911 faz parte do Grupo Volkswagen, juntamente com marcas como Audi, Lamborghini, Bentley, Skoda, Seat e a própria Volkswagen. Blume é CEO tanto do Grupo Volkswagen quanto da Porsche.
“Minha esperança é que haja um acordo entre a Europa e os EUA… Estou contando com uma solução justa entre as regiões”, afirmou Blume à CNBC.
“Por outro lado, estamos investindo pesadamente nos EUA em termos de parcerias, serviços, nossa própria organização, nossa rede de concessionárias. Estamos empregando muitas, muitas pessoas nos EUA. Além disso, estando conectados ao Grupo Volkswagen, o Grupo Volkswagen está investindo mais de 15 bilhões de euros nos EUA”, continuou, destacando a planta de montagem do conglomerado em Chattanooga, Tennessee, e o investimento na Carolina do Sul.
“Isso deve desempenhar um papel ao se tratar de um acordo justo lá”, acrescentou.
Monitorar as últimas retóricas comerciais, alívios e ações provenientes da Casa Branca se tornou um desafio diário para empresas do setor automotivo e além.
Espera-se que a Volkswagen também seja fortemente impactada pelas tarifas dos EUA sobre seus vizinhos norte-americanos via suas fábricas no México, embora esteja se beneficiando atualmente de um adiamento das tarifas sobre seus veículos da marca Volkswagen, sob um acordo temporário.
Esse acordo isenta os veículos das tarifas dos EUA, desde que pelo menos 75% de suas peças se originem da América do Norte.
Se Trump irá cumprir sua ameaça de tarifas gerais de 25% sobre importações da UE, ainda está para ser visto. No entanto, as tensões aumentaram nesta quarta-feira, quando o bloco anunciou tarifas futuras sobre bilhões de dólares em mercadorias dos EUA, em resposta às tarifas dos EUA sobre aço e alumínio.
A indústria automotiva também foi abalada na última terça-feira (11) pelo aviso de Trump de que “aumentará substancialmente” as tarifas sobre carros vindos do Canadá para os EUA, a menos que “tarifas excessivas e de longa data” sejam retiradas pelo país.
Na quarta-feira, a Porsche informou uma queda anual no lucro operacional para 5,6 bilhões de euros (US$ 6,1 bilhões) em 2024, comparado a 7,28 bilhões de euros no ano anterior. A receita de vendas do grupo caiu 1%, para 40,1 bilhões de euros.
A empresa atribuiu o desempenho mais fraco à situação tensa do mercado na China, interrupções nas cadeias de suprimentos e um atraso na expansão global da eletromobilidade, mantendo o dividendo estável.
A Porsche também anunciou mais cortes de empregos, que reduzirão sua força de trabalho em quase 4.000 pessoas, à medida que busca reduzir custos em meio à incerteza do mercado.
Blume afirmou à CNBC que foi um ano “intenso, desafiador, mas também bem-sucedido”, com uma queda nas vendas na China e uma expansão mais lenta do que o esperado da mobilidade elétrica na Europa e na América do Norte, que continuaram sendo questões-chave.
Falando sobre essa tendência, Blume disse que a Porsche continuará investindo em inovação, enquanto pede apoio da indústria, das comunidades e dos políticos para a transição para veículos elétricos, desenvolvendo a infraestrutura de recarga.
Ele também afirmou que a estratégia da empresa na China, o segundo maior mercado da Porsche, é priorizar o valor em vez do volume, destacando a qualidade dos seus veículos e focando em se destacar em áreas como inteligência a bordo.
“Na China, enfrentamos uma guerra de preços, uma guerra de descontos, e não vamos entrar nisso”, disse ele.
A concorrência de fabricantes chineses, particularmente no mercado de veículos elétricos, como a BYD, está apresentando um desafio para montadoras ao redor do mundo.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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