Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Saída da Gol da B3 expõe desafios da governança corporativa no mercado brasileiro
Publicado 06/11/2025 • 08:56 | Atualizado há 2 meses
CEO do LinkedIn critica conselho clássico de carreira: “é ultrapassado e pouco realista”
Xbox perde corrida dos consoles e aposta em virada nos games da Microsoft
Novo filme do Avatar decepciona e estreia com bilheteria abaixo do esperado
Após mudança de tom de Trump, Departamento de Justiça libera milhares de arquivos Epstein
IA cortou 55 mil postos de trabalho em 2025 — veja as big techs que mais tiveram baixas
Publicado 06/11/2025 • 08:56 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
A decisão da Gol Linhas Aéreas de encerrar sua listagem na B3 vai além de uma questão financeira. Para o contador e mestre em Governança Corporativa Marcello Marin, o fechamento de capital da companhia aérea revela um ponto de inflexão na maturidade da governança corporativa e na atratividade do mercado de capitais brasileiro.
Nos últimos anos, a presença da Gol na B3 havia se tornado quase simbólica. O free float, percentual de ações em circulação no mercado, caiu para menos de 1%. Com quase todo o capital concentrado no grupo controlador, o Abra, a lógica de permanecer listada perdeu sentido.
“Quando o controle é quase absoluto, o papel do investidor minoritário se torna irrelevante”, explica Marin.
Leia também:
Gol aprova reestruturação e inicia processo para sair da B3
Controladora da Gol, Grupo Abra inicia processo para abrir capital nos Estados Unidos
Segundo o especialista, os custos de manter uma empresa listada acabam superando os benefícios quando há baixa dispersão acionária.
“Auditorias, publicações de balanços e assembleias exigem uma estrutura cara e complexa. Diante disso, o fechamento de capital pode ser interpretado como um passo natural rumo à eficiência e à simplificação, especialmente após a recuperação judicial”, afirmou.
A saída da Gol da B3 também tem implicações diretas sobre a transparência e o ambiente regulado do mercado. Fora da Bolsa, a companhia ganha liberdade para reestruturar-se, mas perde em visibilidade e em controle público. “Sem a obrigatoriedade de divulgar resultados com a mesma frequência e profundidade, a empresa passa a operar longe dos holofotes”, analisa Marin.
O especialista observa que o caso da Gol reflete uma tendência recorrente entre companhias brasileiras: permanecer listada apenas enquanto isso é conveniente. “Uma governança madura não depende só de normas, mas do propósito de dividir valor, decisões e riscos com o mercado”, pontua.
Cada saída de empresa relevante reduz a liquidez e a diversidade da B3, além de enfraquecer a cultura de boas práticas e de prestação de contas. “A Gol pode até ganhar velocidade para se reerguer, mas o mercado de capitais brasileiro perde um exemplo importante”, conclui Marin.
Para ele, a mensagem é que “governança corporativa não deve ser custo administrativo, mas o elo de confiança que sustenta o mercado. Quando esse elo se rompe, o capital e a credibilidade tendem a voar para longe — inclusive da própria B3.”
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Mais lidas
1
Casquinha e sundaes do McDonald’s são sorvetes? Tribunal toma decisão e fast-food escapa de multa milionária
2
Greve dos Correios é confirmada em 9 estados; veja onde há paralisação
3
Por que a Warner Bros. considera a Netflix mais estratégica que a Paramount para uma fusão
4
Boxe com prêmios milionários: Anderson Silva vence e Jake Paul é nocauteado
5
Mega da Virada: quanto custa apostar e concorrer ao prêmio?