“Negociação com Amex para cartão de crédito consignado está avançada”, diz CEO da financeira Qista
Publicado 18/05/2025 • 13:13 | Atualizado há 9 horas
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Publicado 18/05/2025 • 13:13 | Atualizado há 9 horas
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"Negociação com Amex para cartão de crédito consignado está avançada", diz CEO da financeira Qista.
Reprodução YouTube.
Em um cenário de juros empinados e forte concorrência no mercado de crédito – que não se restringe mais aos bancões, adicionam-se fintechs e financeiras tradicionais –, a financeira Qista decidiu entrar no jogo com metas ambiciosas e uma aposta dobrada de crescimento. Para isso, está agindo em várias frentes.
Uma das apostas da companhia, investida da Reag, é uma parceria para estampar a marca da American Express (Amex) em seu novo produto – um cartão de crédito consignado, que promete chegar com juros atrativos. “Estamos nos finalmentes com a Amex. Será um produto que alia sofisticação, pela marca, à acessibilidade”, afirmou Leonardo Grapeia, CEO da companhia, em entrevista ao videocast DC NEWS TALKS.
A Qista é categorizada como instituição financeira de Crédito, Financiamento e Investimento (CFI). “Ser uma CFI nos dá liberdade para formar nossa carteira e dá resiliência diante dos ciclos econômicos”, afirmou Grapeia. “Isso permite à empresa captar recursos via CDB e operar com estrutura de capital própria”.
A projeção é dobrar o faturamento este ano, para R$ 400 milhões, deixando lucro líquido acima de R$ 50 milhões, mesmo diante do cenário macroeconômico desafiador. Em 2024, a Qista encerrou o ano com R$ 43 milhões em lucro líquido. A empresa já está credenciada em mais de 100 convênios, desde entes públicos, com vistas em ofertar seus serviços a servidores federais, estaduais e municipais. Agora, ataca em outra frente – os convênios corporativos.
Além do consignado, oferece produtos como antecipação de FGTS, empréstimos com garantia de celular e um cartão benefício corporativo – que converte o vale-refeição em acesso a crédito pessoal e ferramentas de gestão financeira. “A ideia é transformar o cartão em um hub de soluções para o trabalhador”, disse o CEO.
O executivo diz que o cartão de crédito consignado contribuirá para um tíquete médio saudável, porque combina segurança, volume e rentabilidade – é um negócio vantajoso para bancos, financeiras e fintechs.
Por um lado, o cliente tem acesso a um crédito mais barato. Por outro, a instituição financeira garante fluxo de receita estável com risco mínimo. A combinação é decisiva num momento de alto endividamento em especial de pessoas físicas.
O mais recente relatório do Banco Central, divulgado em abril, mostra que o volume de empréstimos para pessoas físicas cresceu 12,5% em março, no acumulado em 12 meses, apesar dos juros elevados (14,25%).
Além disso, o endividamento das famílias situou-se em 48,2% em fevereiro (elevação de 0,4 ponto porcentual em 12 meses) e o comprometimento de renda alcançou 27,2% (alta de 1,3 ponto em 12 meses) – o maior nível desde julho de 2023, o que ajuda a explicar a busca por crédito.
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Integrada à Qista está a Bom pra Crédito, onde Grapeia é conselheiro. A empresa é um marketplace de crédito pessoal que conecta usuários a mais de 70 instituições financeiras. O cliente consegue, através da plataforma, pesquisar melhores condições e juros em várias instituições bancárias ao mesmo tempo, e recebe ofertas diversas para escolher a que melhor se encaixa.
O lucro da companhia chega via bancos parceiros e se dá pela intermediação. A plataforma já viabilizou mais de R$ 2 bilhões em em crédito e encerrou 2024 com R$ 160 milhões em receita bruta e R$ 24 milhões em receita líquida, crescendo 30% sobre o ano anterior, segundo o executivo.
É uma operação mais complexa, segundo Grapeia, porque embarca muita tecnologia. “Atualmente, mais de 800 mil CPFs novos entram no sistema a cada mês, e o total de usuários ultrapassa 12 milhões.”
Para este ano, a expectativa da Bom pra Crédito é chegar a 20 milhões de usuários cadastrados, aproveitando o avanço do Open Finance e o cruzamento inteligente de dados para melhorar a oferta e a precificação do crédito. “Queremos que o cliente escolha a plataforma como seu primeiro canal de crédito em vez do banco tradicional”, disse.
Ambas as empresas integram o portfólio de investimentos da Reag, a maior gestora independente do Brasil, com mais de R$ 299 bilhões sob gestão. Segundo o CEO da Qista, a sinergia com a Reag amplia a capacidade de operação. “A Reag potencializa nosso crescimento porque conseguimos originar crédito, securitizar e distribuir dentro de um mesmo ecossistema.”
O cenário macroeconômico, embora desafiador, é visto como uma oportunidade por Grapeia. Ele aponta que o problema não está apenas na taxa de juros, mas na qualidade do endividamento. “O brasileiro paga juros altíssimos. Trocar dívidas ruins por crédito mais saudável é parte do nosso propósito”, disse.
“O Brasil tem um mercado de crédito ainda pouco explorado.” Quem entregar serviço com valor real, segundo ele, ganhará a confiança do cliente. Para Grapeia, isso é o que vai definir os players líderes dessa nova fase do setor. Confira a entrevista.
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