Tanure pressiona GPA e propõe nova gestão; entenda
Publicado 31/03/2025 • 18:11 | Atualizado há 1 dia
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Publicado 31/03/2025 • 18:11 | Atualizado há 1 dia
KEY POINTS
Fachada do Grupo Pão de Açúcar
Foto: Divulgação/Grupo GPA
O Grupo Pão de Açúcar (GPA) está no centro de um movimento estratégico relevante. O fundo Saint German, liderado pelo empresário Nelson Tanure, protocolou no domingo (30) um pedido à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para convocação de uma assembleia geral extraordinária (AGE). A proposta visa destituir todo o atual conselho de administração da companhia e formar um novo grupo com nove membros e mandato de dois anos.
Embora o fundo afirme que não pretende alterar o plano de negócios do GPA, há uma pressão clara por mudanças estruturais. A agenda inclui a redução do endividamento, a venda de ativos não essenciais, a otimização do capital de giro e o corte de despesas administrativas.
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O fundo também propõe renegociar contratos de aluguel e reduzir os custos corporativos como forma de elevar a rentabilidade e aumentar a competitividade da companhia, especialmente em um cenário desafiador para o varejo físico no Brasil.
O movimento ocorre em um momento delicado para o GPA, que enfrenta dificuldades financeiras e passa por processos de transformação, como a incorporação da GPA Malls. O empresário Nelson Tanure, conhecido por reverter empresas em crise, acredita que a companhia tem “imenso potencial” de geração de valor e propõe medidas para destravá-lo.
Em nota, Tanure destacou que o GPA precisa focar em três pilares para melhorar sua performance: a redução do endividamento, a mitigação de riscos legais, fiscais e trabalhistas, e a contenção de custos e despesas.
Ele também afirmou que sua atuação será em total alinhamento com outros acionistas de referência, como o grupo Casino e Ronaldo Iabrudi — este último, inclusive, é um dos indicados para o novo conselho. Além de Iabrudi, foram sugeridos os nomes de Pedro Borba, Rodrigo Tostes, Helene Bitton, Líbano Barroso, Sebastián Los e Eliana Chimenti. A presidência da companhia ficaria com Iabrudi.
Tanure enfatizou que sua intenção é contribuir para o sucesso do GPA, como já fez em outras companhias sob sua gestão, reforçando seu perfil de investidor ativista focado em reestruturações profundas.
O mercado reagiu com otimismo ao anúncio. As ações do GPA subiram mais de 10% após a divulgação do pedido de convocação da AGE. No início da tarde desta segunda-feira (31), os papéis eram negociados a R$ 3,04 — uma alta de 11,76%. A valorização foi impulsionada não apenas pela expectativa de mudanças na gestão, mas também pelos rumores de uma possível fusão com a rede de supermercados Dia, o que ampliaria a presença do GPA no varejo alimentar nacional.
A proposta de reestruturação é vista por parte dos analistas como uma tentativa de melhorar a governança e recuperar margens em um setor pressionado por alta de custos, mudanças no comportamento do consumidor e aumento da concorrência.
Apesar da reação inicial positiva, analistas afirmam que ainda é cedo para medir o real impacto das mudanças. Há uma expectativa de melhora na governança, mas também cautela quanto à possibilidade de disputas internas ou decisões mais radicais que possam afetar a imagem institucional da companhia.
A Ativa Investimentos, por exemplo, adotou uma postura conservadora e, até o momento, não emitiu recomendações de compra ou venda dos papéis do GPA. Para o mercado, o que está em jogo é mais do que uma troca de conselheiros: trata-se de um teste de capacidade de execução diante de um contexto que exige ajustes rápidos, disciplina financeira e visão estratégica.
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