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Tarifaço do México vai exigir ação conjunta entre governo e setor calçadista

Publicado 12/12/2025 • 12:53 | Atualizado há 10 horas

KEY POINTS

  • A Abicalçados pediu nesta sexta-feira (12) que o governo brasileiro avance com cautela nas negociações comerciais com o México, após o país decidir manter a tarifa de 35% sobre calçados importados de nações sem acordo comercial, como é o caso do Brasil.
  • A mudança foi aprovada pelo Senado mexicano na última quarta-feira (10) e passa a valer em 1º de janeiro de 2026, embora ainda dependa de publicação no Diário Oficial.
  • Em nota, a Abicalçados reforçou a necessidade de ampliar o acordo Mercosul–México, que hoje não inclui o setor de calçados. A entidade afirma que as negociações precisam ser feitas com cuidado.

Unsplash.

Setor de calçados prevê estabilidade na produção e queda nas exportações a partir de 2026.

A Abicalçados pediu nesta sexta-feira (12) que o governo brasileiro avance com cautela nas negociações comerciais com o México, após o país decidir manter a tarifa de 35% sobre calçados importados de nações sem acordo comercial, como é o caso do Brasil.

A mudança foi aprovada pelo Senado mexicano na última quarta-feira (10) e passa a valer em 1º de janeiro de 2026, embora ainda dependa de publicação no Diário Oficial.

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Em nota, a entidade afirma que tem trabalhado junto ao governo para incluir o setor de calçados na ampliação do acordo Mercosul-México, que hoje não contempla o produto. Porém, ressalta que qualquer avanço precisa garantir proteção à indústria brasileira.

“Apesar do potencial de elevação do comércio, é imprescindível que as negociações bilaterais tenham cautela e incluam regras de origem satisfatórias para a indústria calçadista brasileira”, afirmou a Abicalçados.

Por que a entidade está preocupada

Procurada pelo Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, a Abicalçados explicou que as regras de origem são essenciais para determinar se um produto é realmente fabricado em um país e, portanto, pode usar os benefícios de um acordo comercial.

No caso dos calçados, como o México importa mais de 90% de seus calçados de países asiáticos, regras brandas abririam espaço para triangulações — produtos feitos na Ásia, por exemplo, poderiam passar pelo México, receber o selo “originário” e acessar o Brasil com tarifa reduzida, sem agregação de valor ou ganho produtivo na região.

A Abicalçados acrescenta que, como Brasil e México são grandes produtores, o acordo precisa buscar equilíbrio comercial e benefícios concretos para a indústria nacional, preservando empregos e investimentos.

O que mudou no México

A decisão mexicana mantém em 35% a tarifa sobre calçados classificados entre os capítulos 6401 e 6405 da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). Essa alíquota já havia sido elevada temporariamente em abril de 2024, de até 25% para 35%, por dois anos. A previsão era que o imposto retornasse ao nível anterior em abril de 2026, o que não ocorrerá mais.

A revisão tarifária faz parte de um pacote mais amplo que altera mais de 1,4 mil linhas tarifárias de produtos.

O México é o maior importador de calçados da América Latina e comprou US$ 2,1 bilhões em 2024, alta de 14,2% na comparação anual. Apesar disso, o Brasil responde por apenas 1,4% das importações mexicanas, dominadas por produtos asiáticos, que representam quase 90% do total.

Com tarifas mais altas e concorrência acirrada, as exportações brasileiras sentiram o impacto. De janeiro a novembro de 2025, o Brasil exportou US$ 18 milhões ao México, sendo 2,2 milhões de pares, queda de 9,4% em valor e 6,1% em volume na comparação com o ano anterior.

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