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Apple é criticada por anunciar IA não lançada

Publicado 23/04/2025 • 13:49 | Atualizado há 10 horas

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • “A NAD recomendou que a Apple evitasse transmitir a mensagem de que recursos estão disponíveis quando ainda não estão”, disse a organização.
  • A Apple não respondeu ao pedido de comentários. A empresa disse à NAD que discorda das conclusões, mas que seguirá as recomendações do grupo, segundo a entidade.
  • Além de remover o comercial (que contava com a atriz Bella Ramsey, de “The Last of Us”) do YouTube em março, a Apple também fez outras alterações em sua publicidade.

Imagem do iPhone 16 da Apple

Reprodução

Uma entidade reguladora de publicidade afirmou na última terça-feira (22) que a Apple exagerou ao divulgar recursos do Apple Intelligence que ainda não estavam disponíveis quando os anúncios foram exibidos.

A National Advertising Division (NAD), uma organização sem fins lucrativos focada na “veracidade na publicidade”, informou que, após uma investigação sobre melhorias na Siri, a Apple comunicou que encerraria permanentemente um comercial de TV chamado “More Personal Siri”, que destacava um grande avanço em inteligência artificial para a assistente.

O comercial estreou em setembro e promovia o iPhone 16 com recursos ainda não lançados. Em março, a Apple declarou que o lançamento dessas funcionalidades seria adiado para “o próximo ano”.

“A NAD recomendou que a Apple evitasse transmitir a mensagem de que recursos estão disponíveis quando ainda não estão”, disse a organização.

A Apple não respondeu ao pedido de comentários. A empresa disse à NAD que discorda das conclusões, mas que seguirá as recomendações do grupo, segundo a entidade.

A decisão da NAD representa mais um golpe à reputação da Apple no campo da inteligência artificial e reflete as dificuldades da empresa em promover os recursos de IA do iPhone 16.

A Apple também enfrenta ações coletivas relacionadas aos anúncios do Apple Intelligence, e em janeiro desativou seu recurso de resumo por IA em aplicativos de notícias após usuários — e a BBC — apontarem que, em alguns casos, o sistema distorcia manchetes e apresentava informações falsas.

Além de remover o comercial (que contava com a atriz Bella Ramsey, de “The Last of Us”) do YouTube em março, a Apple também fez outras alterações em sua publicidade.

O site da Apple não afirma mais que o Apple Intelligence está “disponível agora” — o novo slogan é “IA para todos nós”. A empresa também lançou um novo comercial destacando outro recurso chamado “Clean Up”, que permite remover objetos ou pessoas do fundo de fotos.

A Apple revelou o Apple Intelligence em junho como o nome de sua suíte de recursos de inteligência artificial. Na época, a empresa afirmou que os novos iPhones teriam acesso a geradores de imagem, emojis personalizados, notificações resumidas com inteligência e, futuramente, uma Siri muito mais avançada.

Quando o iPhone 16 foi lançado em setembro, o Apple Intelligence foi promovido em anúncios na TV, outdoors e no site como uma razão chave para adquirir o aparelho. Porém, os recursos foram liberados gradualmente ao longo de meses via atualizações de software, mesmo com a Apple destacando-os em sua propaganda.

Apple não fez divulgações ‘adequadas’

A decisão da NAD concentra-se no fato de a Apple ter promovido funcionalidades que não estavam disponíveis ao público no momento da veiculação dos anúncios.

“A Apple não divulgou adequadamente que os recursos não estavam disponíveis, e consumidores razoáveis poderiam entender que essas funcionalidades já estavam acessíveis quando as alegações foram feitas — o que não era verdade”, afirmou a entidade.

A NAD é parte do BBB National Programs, uma organização sem fins lucrativos que oferece programas de autorregulação para diferentes setores. As empresas que participam voluntariamente concordam em submeter-se ao processo de avaliação da NAD.

Ao final de cada caso, a NAD decide se as alegações publicitárias são sustentadas por fatos. Se não forem, a organização recomenda mudanças. O caso da Apple foi iniciado pela própria NAD, segundo Phyllis Marcus, vice-presidente da divisão.

“A Apple participou e concordou em considerar nossas decisões e recomendações”, disse Marcus.

A maioria dos casos da NAD é iniciada por uma empresa que contesta os anúncios de um concorrente, mas, segundo Marcus, a entidade está começando a avaliar também afirmações sobre ferramentas de IA. A decisão contra a Apple sinaliza uma atenção crescente de reguladores sobre as alegações feitas nesse campo.

Em seu relatório, a NAD constatou que alguns recursos importantes do Apple Intelligence — como geração de imagens e integração com o ChatGPT — não estavam disponíveis no lançamento, apesar de serem anunciados como “disponíveis agora”.

A NAD afirmou que as declarações atuais da Apple sobre o Apple Intelligence estão corretas. Também observou que a empresa alterou seu material promocional sobre a Siri para refletir de forma “adequada” o status do recurso adiado.

A maioria dos recursos do Apple Intelligence anunciados em junho já foi lançada e está ativada por padrão nos novos iPhones vendidos nos EUA.

Investidores estão atentos a sinais de que o Apple Intelligence pode impulsionar as ações da empresa, aumentando a taxa de troca de aparelhos.

Cerca de 80% dos usuários nos EUA com iPhones compatíveis já testaram os recursos, e mais da metade dos proprietários de iPhone que planejam trocar de aparelho afirmaram que será “muito importante” ter o Apple Intelligence no próximo dispositivo, segundo uma pesquisa do Morgan Stanley divulgada nesta terça.

Mais da metade dos entrevistados disse que pagariam US$ 10 ou mais por mês pelo recurso, o que indica que os consumidores veem valor no software.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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