A startup de inteligência artificial Perplexity AI fez uma oferta não solicitada de US$ 34,5 bilhões pelo navegador Chrome, do Google, confirmou a CNBC nesta terça-feira (12). O valor supera a avaliação atual da Perplexity, mas a empresa afirma ter o apoio de diversos investidores para viabilizar o acordo. Em julho, a startup foi avaliada em US$ 18 bilhões, após uma extensão que havia fixado seu valor em US$ 14 bilhões alguns meses antes.
O Google não respondeu de imediato ao pedido de comentário da CNBC. O Wall Street Journal foi o primeiro a noticiar a proposta.
Mais conhecida por seu mecanismo de busca com inteligência artificial, que fornece respostas diretas acompanhadas de links para o conteúdo original, a Perplexity lançou no mês passado seu próprio navegador com IA, o Comet. A empresa disputa espaço na corrida pela supremacia na inteligência artificial generativa, enfrentando rivais como Meta e OpenAI, que oferecem salários elevados e bônus generosos para atrair os melhores engenheiros.
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Grandes empresas de tecnologia investem dezenas de bilhões de dólares por ano em infraestrutura de IA para treinar modelos de linguagem avançados e sustentar operações de alta demanda, enquanto startups captam recursos vultosos de fundos de capital de risco, hedge funds e gigantes do setor para financiar hardware e ampliar equipes. No início deste ano, a Perplexity chegou a ser sondada pela Meta para uma possível aquisição, mas o negócio não avançou.
A proposta da Perplexity surge no contexto de uma pressão regulatória crescente sobre o Google. O Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) sugeriu que a empresa se desfaça do Chrome como parte de um processo antitruste que perdeu no ano passado. A Justiça determinou que o Google detém um monopólio ilegal no mercado de buscas online.
O Google respondeu acusando o DOJ de adotar “uma agenda intervencionista radical” e classificou a proposta como “extremamente ampla”, sem detalhar como pretende reestruturar seus negócios após a decisão.
Lançado em 2008, o Chrome é uma das principais portas de entrada para a internet e fornece ao Google dados estratégicos usados na segmentação de anúncios. Para o DOJ, obrigar a empresa a vender o navegador criaria um ambiente mais equilibrado para concorrentes no mercado de buscas.
“Para reparar esses danos, a [Decisão Final Proposta Inicial] exige que o Google se desfaça do Chrome, encerrando permanentemente o controle da empresa sobre esse ponto crítico de acesso à busca e permitindo que mecanismos rivais acessem o navegador que, para muitos usuários, é a porta de entrada para a internet”, afirmou o órgão em documento divulgado após a decisão judicial.
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