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Trump dá um mês de isenção de tarifas a montadoras dos EUA

Publicado 05/03/2025 • 20:35 | Atualizado há 9 horas

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • A Casa Branca deu uma isenção de um mês antes que as tarifas comecem a vigorar em produtos de montadoras que estão enquadradas no acordo comercial entre México, Estados Unidos e Canadá.
  • As fabricantes pediram que Trump suspenda as tarifas de 25% no México e Canadá.
  • A isenção permite mais tempo para preparação e negociações entre a Casa Branca e a indústria automotiva sobre as tarifas. Além disso, alinha melhor as tarifas sobre veículos importados de fora da América do Norte. 

Pátio de carros

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O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (5) que, durante um mês, vai isentar as montadoras de automóveis das tarifas sobre produtos de países da América do Norte. Na terça-feira, o presidente Donald Trump conversou com os líderes da General Motors, Ford e Stellantis.

As empresas de automóveis pediram a Trump para abandonar as tarifas de 25% em veículos do México e do Canadá que estão de acordo com os termos do acordo entre os três países.

“Tarifas recíprocas entrarão em efeito em 2 de abril, mas a pedido das empresas associadas ao USMCA (acordo entre EUA, Canadá e México), o presidente permitiu uma exceção durante um mês para que elas não estejam em desvantagem econômica”, disse a secretária de imprensa dos EUA, Karoline Leavitt.

Os porta-vozes das três empresas e outras montadoras não deram entrevistas. As tarifas entraram em vigor há um dia.

Leavitt afirmou que o presidente está aberto a ouvir pedidos de isenção de outras indústrias. 

Ela também confirmou que as três grandes montadoras de Detroit (cidade tradicional da indústria automotiva dos EUA) solicitaram a ligação de terça-feira com Trump, que mencionou o contato mais tarde em seu discurso ao Congresso. 

Duas fontes confirmaram à CNBC, na quarta-feira, que a CEO da GM, Mary Barra, o presidente da Stellantis, John Elkann, o CEO da Ford, Jim Farley, e o presidente do conselho da Ford, Bill Ford, participaram da chamada. 

A Casa Branca anunciou um adiamento de um mês para a aplicação das tarifas sobre montadoras cujos veículos atendem aos requisitos do USMCA, acordo negociado durante o primeiro mandato de Trump. 

As ações dessas montadoras subiam entre 5% e 10% na tarde de quarta-feira. 

Ainda não está claro se apenas os veículos serão isentos ou se as peças automotivas também estarão incluídas. 

A isenção permite mais tempo para preparação e negociações entre a Casa Branca e a indústria automotiva sobre as tarifas. Além disso, alinha melhor as tarifas sobre veículos importados de fora da América do Norte. 

Trump já havia afirmado que essas tarifas seriam confirmadas em 2 de abril, como parte de uma estratégia para incentivar montadoras a investir mais na produção de veículos nos EUA. 

“Teremos um crescimento na indústria automobilística como nunca se viu antes”, disse Trump na noite de terça-feira, em sessão conjunta do Congresso. “Isso é resultado da vitória eleitoral e das tarifas.” 

Durante seu discurso, Trump mencionou erroneamente um “novo” investimento da Honda em uma fábrica em Indiana. A empresa já opera uma grande unidade de montagem no estado, mas seus investimentos mais recentes foram em Ohio. 

Na quarta-feira, a Honda agradeceu ao presidente pela menção, mas esclareceu que “não anunciou planos para uma nova fábrica nos EUA neste momento”. 

“Investimos mais de US$ 3 bilhões na manufatura de veículos avançados nos Estados Unidos apenas nos últimos três anos, totalizando mais de US$ 24,7 bilhões ao longo do tempo”, afirmou a Honda em comunicado por e-mail. “Seguiremos investindo localmente e produzindo veículos de qualidade nos EUA, como fazemos há 45 anos.” 

O Conselho de Política Automotiva dos EUA (AAPC, na sigla em inglês), que representa Ford, GM e Stellantis — todas fortemente impactadas pelas tarifas — defendeu no início da semana que veículos e peças que atendem aos requisitos do USMCA deveriam ser isentos do aumento tarifário. 

“Nossos fabricantes americanos, que investiram bilhões nos EUA para cumprir essas exigências, não deveriam ter sua competitividade prejudicada por tarifas que elevarão os custos de produção no país e desencorajarão investimentos na força de trabalho americana, enquanto concorrentes de fora da América do Norte continuam a acessar facilmente nosso mercado”, afirmou o presidente do AAPC, Matt Blunt, ex-governador do Missouri, em comunicado na noite de segunda-feira. 

Entre executivos do setor automotivo, há grande preocupação de que tarifas prolongadas impactem rapidamente os lucros e os planos de produção das empresas. 

Executivos da Forvia, fornecedora de autopeças com sede na França, afirmaram na quarta-feira que a empresa e seus clientes, incluindo montadoras, vêm elaborando diferentes estratégias para lidar com as tarifas. Isso inclui negociações com clientes para definir acordos de fornecimento desde que as tarifas de 25% entraram em vigor na terça-feira. 

“A cadeia de suprimentos como um todo não consegue absorver 25%”, disse Martin Fischer, CEO da Forvia, durante um evento para a imprensa. “Se as tarifas continuarem por muito tempo, os carros ficarão mais caros para os consumidores.” 

Na terça-feira, a S&P Global Mobility estimou que cerca de um terço da produção de veículos na América do Norte pode ser reduzido até a próxima semana devido às tarifas de 25%. 

A empresa de dados e previsões informou que, em média, 25 montadoras produzem 63.900 veículos leves na América do Norte por dia. A maioria deles, cerca de 65%, é montada nos EUA, seguida por 27% no México e 8% no Canadá.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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