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Volvo Cars anuncia corte de US$ 1,8 bi e ações despencam após queda no lucro e retirada de projeções

Publicado 29/04/2025 • 07:58 | Atualizado há 6 horas

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • A montadora Volvo Cars anunciou um plano de corte de custos de 18 bilhões de coroas suecas (cerca de US$ 1,87 bilhão) e retirou suas projeções financeiras, após registrar uma forte queda no lucro operacional.
  • Controlada pelo grupo chinês Geely Holding, a Volvo Cars reportou um lucro operacional de 1,9 bilhão de coroas no primeiro trimestre, bem abaixo dos 4,7 bilhões de coroas do ano anterior.
  • A margem de lucro antes de juros e impostos caiu para 2,3%, ante 5% no ano passado.
O carro elétrico da Volvo exibido no Everything Electric, o Salão de Energia e Veículos Elétricos, em Londres, Grã-Bretanha, em 16 de abril de 2025.

O carro elétrico da Volvo exibido no Everything Electric, o Salão de Energia e Veículos Elétricos, em Londres, Grã-Bretanha, em 16 de abril de 2025.

REUTERS/Maja Smiejkowska

A montadora Volvo Cars, com sede na Suécia, anunciou nesta terça-feira (29) um plano de corte de custos de 18 bilhões de coroas suecas (cerca de US$ 1,87 bilhão) e retirou suas projeções financeiras, após registrar uma forte queda no lucro operacional nos três primeiros meses do ano.

Controlada pelo grupo chinês Geely Holding, a Volvo Cars reportou um lucro operacional de 1,9 bilhão de coroas no primeiro trimestre, bem abaixo dos 4,7 bilhões de coroas registrados no mesmo período do ano anterior.

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A margem de lucro antes de juros e impostos caiu para 2,3%, ante 5% no ano passado. Já a receita no primeiro trimestre recuou para 82,9 bilhões de coroas, frente aos 93,9 bilhões registrados no mesmo intervalo de 2024.

Segundo a companhia, os resultados refletem a queda nas vendas por atacado (parte de uma estratégia planejada de redução de estoques no fim de 2024), além de efeitos cambiais negativos e turbulências mais amplas no setor automotivo.

O plano de ação da Volvo, chamado de “cost and cash action plan”, prevê redução de investimentos e cortes de pessoal em suas operações ao redor do mundo. A empresa não detalhou o número de demissões previstas, mas informou que divulgará “mais informações o mais rápido possível”.

A montadora também deixou de fornecer projeções financeiras para 2025 e 2026, citando a pressão causada pelas tarifas impostas ao setor automotivo.

“Há um vento contrário bastante forte no mercado”, disse Håkan Samuelsson, CEO da Volvo Cars, em entrevista à CNBC, no programa Europe Early Edition, nesta terça-feira.

“Estamos enfrentando uma queda de volume, além de competição acirrada de preços, especialmente com novos concorrentes no segmento elétrico, que também afeta os preços de forma geral. E, além disso, temos agora a turbulência causada pelas tarifas adicionais, o que torna muito difícil prever o futuro.”

Samuelsson acrescentou que a empresa está concentrando esforços nas áreas que pode controlar, por meio do pacote de medidas de contenção de custos.

As ações da Volvo Cars chegaram a cair 10% nesta terça, antes de recuperarem parte das perdas. No último registro, os papéis operavam em queda de 8,8%.

CEO da Volvo Cars defende acordo comercial com os EUA

No relatório de resultados, a Volvo informou que pretende reforçar sua linha de produtos nos Estados Unidos com foco no crescimento e analisar como pode “aproveitar melhor” sua capacidade de produção no país nos próximos anos, com o objetivo de fabricar “mais carros onde eles são vendidos”.

No início deste mês, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs tarifas de 25% sobre veículos importados. A Casa Branca também afirmou que pretende aplicar tarifas a algumas autopeças, como motores e transmissões, com vigência prevista até 3 de maio.

“Em longo prazo, precisamos, é claro, voltar a algum tipo de acordo comercial com os EUA. Caso contrário, isso vai dificultar bastante nossos negócios no país”, declarou Samuelsson.

Além de ampliar a produção local, o executivo afirmou que a montadora está avaliando como utilizar de forma mais eficiente sua fábrica na Carolina do Sul.

“Estamos analisando como usar melhor a nossa fábrica em Charleston. Precisamos colocar outro carro nessa planta, e esse carro tem que ser um best-seller no mercado americano. É algo que, de outra forma, precisaríamos importar e pagar tarifas. Essa é a principal medida que estamos adotando”, explicou Samuelsson.

A participação de veículos “eletrificados”, definidos pela Volvo como qualquer modelo com cabo de recarga, representou 43% das vendas da empresa no primeiro trimestre. A meta é que essa categoria responda por 90% a 100% do volume global de vendas até 2030.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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