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A aposta na IA para remodelar o futuro da bilionária indústria de videogames

Publicado 25/12/2025 • 18:00 | Atualizado há 4 horas

KEY POINTS

  • Sistemas projetados para recriar o mundo físico, os chamados 'modelos de mundo' têm sua adoção defendida por diversos grupos.
  • Iniciativas reforçam a aposta das companhias de IA capazes de gerar ambientes 3D interativos por meio de comandos de texto.
  • A substituição de desenvolvedores e artistas em decorrência do uso da tecnologia é o que sustentam os críticos.

Daniel Benavides / Wikimedia Commons

O Google DeepMind e a World Labs, startup de US$ 1 bilhão (R$ 5,5 bilhões) fundada por Fei-Fei Li, figuram entre os principais grupos de IA que defendem que os chamados “modelos de mundo”, sistemas projetados para navegar e recriar o ambiente físico, têm o potencial de remodelar o setor multibilionário de jogos. Segundo essas organizações, a indústria global de videogames está no limiar de uma revolução impulsionada pelo surgimento de modelos de inteligência artificial capazes de gerar ambientes 3D interativos.

“A criação de software e jogos em particular está mudando muito, e espero que mude, talvez completamente, nos próximos anos”, disse ao Financial Times Shlomi Fruchter, co-líder do Genie 3, o modelo de mundo da DeepMind. “Isso vai capacitar criadores e desenvolvedores a construir coisas mais rápido, melhor e de maneiras que não eram feitas antes”. Segundo ele, a tecnologia não substituirá a experiência existente, mas permitirá novos tipos de experiências hoje inexistentes.

Embora empresas de IA como a xAI, de Elon Musk, e a Nvidia busquem integrar modelos de mundo em robôs e veículos autônomos, o setor de jogos, com previsão de gerar quase US$ 190 bilhões (R$ 1,1 trilhão) em receitas este ano, segundo a Newzoo, pode apresentar ganhos mais imediatos.

A indústria já utiliza ferramentas de IA generativa para a criação de ativos visuais, como personagens e paisagens exclusivas. Um exemplo recente foi a introdução, em maio, de um Darth Vader com IA pela Epic Games e Disney. O personagem de Star Wars, desenvolvido em parceria com o Google e a ElevenLabs, funciona como um personagem não-jogável interativo dentro do Fortnite.

“Acredito firmemente que tanto a indústria de videogames quanto a de filmes logo não conseguirão funcionar sem IA”, afirmou ao Financial Times Alexander Vaschenko, diretor executivo da Game Gears. Segundo ele, a inteligência artificial quadruplicou a velocidade de desenvolvimento do estúdio, citando o jogo “Aliens vs Zombies: Invasion”.

“Motores de simulação de jogos estão prontos para melhorias” e “tudo isso está sujeito a disrupção”, explica Fei-Fei Li, ao destacar que a tecnologia afetará motores como o Unreal, da Epic, e o Unity. O movimento inclui o lançamento, em dezembro, do primeiro modelo de mundo da Runway, além da apresentação do modelo Marble, lançado no mês passado pela World Labs.

Essas iniciativas reforçam a aposta das empresas de IA de que modelos de mundo mais potentes, capazes de gerar ambientes 3D interativos por comandos de texto, vão acelerar a integração da IA na indústria de jogos.

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A redução da dependência de softwares caros e de competências técnicas especializadas, aliada à possibilidade de que jogadores criem seus próprios mundos, compõe o cenário futuro previsto por especialistas.

“Produzir um jogo personalizado agora é um processo simples”, disse Eric Xing, presidente da Universidade de Inteligência Artificial Mohamed bin Zayed, ao Financial Times.

Ao mesmo tempo, seis sindicatos europeus de videogames condenaram o uso crescente de IA, afirmando que as ferramentas estão sendo “impostas, mesmo degradando as condições de trabalho”. Críticos alertam para a substituição de artistas e desenvolvedores e para o risco de conteúdos de baixa qualidade gerados por IA.

Para Alexandre Moufarek, da DeepMind e ex-produtor da Ubisoft, os modelos de mundo podem devolver aos desenvolvedores espaço para “encontrar a diversão”, experimentar e assumir riscos. A mudança seria bem-vinda em uma indústria em que jogos “triplo-A” podem levar anos e custar mais de US$ 1 bilhão para serem produzidos.

“Quanto mais colocarmos esses modelos nas mãos dos criativos, mais vamos descobrir novas formas de trabalhar que nem sequer antecipamos”, concluiu.

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