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Como um ajuste de US$ 5 milhões transformou ‘Sonic’ em uma franquia bilionária

Publicado 01/03/2025 • 15:18 | Atualizado há 3 semanas

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • O ouriço azul Sonic pode ser rápido o suficiente para ultrapassar a velocidade da luz, mas sua franquia de filmes quase foi freada bruscamente em 2019.
  • Na época, a Paramount Pictures divulgou um trailer de menos de três minutos para promover o filme, que estrearia dali a seis meses. No entanto, o vídeo foi amplamente criticado pelos fãs nas redes sociais devido ao design do personagem.
  • Apelidado de “Sonic Feio”, o visual apresentado no longa-metragem era bem diferente do icônico velocista dos videogames.
Sonic.

Sonic.

Paramount Pictures.

O ouriço azul Sonic pode ser rápido o suficiente para ultrapassar a velocidade da luz, mas sua franquia de filmes quase foi freada bruscamente em 2019.

Na época, a Paramount Pictures divulgou um trailer de menos de três minutos para promover o filme, que estrearia dali a seis meses. No entanto, o vídeo foi amplamente criticado pelos fãs nas redes sociais devido ao design do personagem. Apelidado de “Sonic Feio”, o visual apresentado no longa-metragem era bem diferente do icônico velocista dos videogames.

A primeira versão do Sonic cinematográfico possuía traços faciais mais realistas, incluindo dentes humanos, e proporções corporais que destoavam da aparência clássica dos jogos dos anos 1990.

“O trailer foi lançado e se tornou o mais assistido da história da Paramount Pictures. O problema é que 90% das pessoas odiaram por causa do design do Sonic”, disse Toby Ascher, produtor da franquia.

“De repente, passamos de um projeto que tentava ser uma adaptação fiel do videogame para fazer parte da lista de filmes que arruinaram os jogos para o público. Foi um desastre de proporções épicas”, acrescentou Ascher.

Diante da repercussão negativa, o estúdio tomou uma decisão drástica: redesenhar o personagem e adiar a estreia em três meses, para fevereiro de 2020. A mudança custou cerca de US$ 5 milhões à Paramount, mas o investimento valeu a pena. Desde então, a franquia arrecadou quase US$ 1,2 bilhão nas bilheteiras globais. Agora, o estúdio planeja manter o sucesso com um quarto filme previsto para 2027.

“A franquia Sonic deve seu sucesso ao cinema a uma decisão monumental tomada no início da campanha de marketing do primeiro filme”, analisou Paul Dergarabedian, especialista da Comscore. “Redesenhar um personagem principal não é algo pequeno. Essas decisões podem definir o futuro de uma franquia e transformar um único filme em uma máquina de receita a longo prazo.”

A jornada de Sonic até as telonas

Toby Ascher adquiriu os direitos de Sonic em 2013, em uma época em que adaptações de videogames para o cinema eram mal recebidas pelo público.

“Quando começamos a trabalhar em Sonic, transformar um jogo em filme era visto como uma péssima ideia”, disse o produtor à CNBC.

Até então, nenhuma adaptação de videogame havia conseguido uma avaliação positiva no site Rotten Tomatoes. Isso só aconteceu em 2019, quando um filme baseado em games recebeu o selo “fresh”, indicando que mais de 60% das críticas foram favoráveis.

“As pessoas em Hollywood não achavam que um filme do Sonic era uma boa ideia”, afirmou Ascher. “Mas nossa estratégia foi tratar esses personagens com profundidade emocional, dando a eles histórias envolventes e relacionáveis, como faríamos com qualquer outro personagem.”

Segundo o produtor, adaptações anteriores de games costumavam priorizar a construção de mundos fictícios em vez do desenvolvimento dos personagens.

“O que conseguimos fazer foi dar coração à franquia, e acho que isso fez toda a diferença”, destacou Neal Moritz, parceiro de Ascher e produtor de franquias como Velozes e Furiosos e Anjos da Lei.

Apesar da reformulação do design do Sonic, a história do filme permaneceu praticamente inalterada.

“Nós erramos feio”

A equipe do filme foi surpreendida pela reação negativa ao primeiro trailer, mas decidiu enfrentar o problema de frente, em vez de simplesmente manter o lançamento como estava.

Neal Moritz relembrou que fez um discurso apaixonado para convencer os executivos da Paramount e da Sega a autorizar as mudanças.

“Nós erramos feio, mas há um enorme interesse do público. Precisamos de mais dinheiro e mais tempo para consertar isso. Se vocês nos derem esse apoio, podemos virar o jogo”, disse Moritz aos executivos.

A resposta da Paramount e da Sega foi positiva. Com o aval dos estúdios, a equipe restaurou elementos icônicos do personagem, como as luvas brancas e os tênis vermelhos, além de aproximá-lo de sua versão clássica dos desenhos animados. Seis meses depois, um novo trailer foi lançado.

“O público percebeu que nosso amor pela franquia era genuíno”, afirmou Ascher. Após a recepção negativa do primeiro trailer, a equipe passou a interagir mais com os fãs e a realizar grupos de teste para coletar feedback.

A estratégia funcionou. O novo trailer foi bem recebido e, três meses depois, Sonic: O Filme estreou arrecadando US$ 58 milhões nos cinemas norte-americanos. Antes do fechamento das salas por conta da pandemia, o longa atingiu US$ 146 milhões nos EUA e US$ 302 milhões globalmente.

O futuro da franquia Sonic

Desde então, a saga Sonic só cresceu. O segundo filme arrecadou US$ 190 milhões nos EUA e US$ 403 milhões mundialmente, enquanto o terceiro capítulo superou ambos, somando US$ 235 milhões no mercado doméstico e US$ 485 milhões globalmente.

“Cada novo filme faz mais sucesso que o anterior, o que é raro”, comentou Marc Weinstock, presidente de marketing e distribuição da Paramount.

O sucesso da sequência levou Brian Robbins, então CEO da Paramount Pictures, a expandir a franquia. Além de um terceiro filme, o estúdio anunciou uma série derivada focada no personagem Knuckles, exclusiva para o streaming Paramount+.

Sonic se tornou um fenômeno multimídia, seguindo a estratégia que Robbins e a Paramount adotaram para franquias como As Tartarugas Ninja, Um Lugar Silencioso, Bob Esponja e Patrulha Canina.

A série de Knuckles acumulou mais de 11 milhões de horas assistidas globalmente nos primeiros 28 dias no Paramount+.

Além disso, o sucesso nos cinemas impulsionou os negócios da Sega. Segundo Ivo Gerscovich, vice-presidente sênior e chefe global da marca Sonic, a receita anual com licenciamentos do personagem saltou de US$ 70 milhões para mais de US$ 1 bilhão.

“O grande segredo do sucesso do Sonic sempre foi ouvir os fãs”, afirmou Robbins, hoje co-CEO da Paramount. “Eles conhecem e amam a franquia, e nos ajudaram a moldá-la ao longo dos anos.”

A participação dos fãs foi tão influente que a escolha de Keanu Reeves para dublar Shadow, o rival de Sonic, no terceiro filme, foi inspirada no desejo do público.

E as novidades não param. Ascher e Moritz revelaram que o quarto filme da franquia trará um novo personagem querido pelos fãs, mas garantiram que a expansão do universo Sonic será feita de forma gradual.

“Se adicionarmos todos os personagens de uma vez, o público não terá tempo suficiente para conhecê-los e se conectar com eles”, explicou Ascher. “Nosso objetivo é que cada personagem tenha uma história bem construída e cativante, seja nos filmes ou nas séries.”

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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