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Disputa fora de campo: briga por verba de TV coloca Flamengo contra Palmeiras, São Paulo, Santos e outros clubes

Publicado 01/10/2025 • 10:50 | Atualizado há 2 meses

KEY POINTS

  • Flamengo obteve liminar para bloquear R$ 77 milhões de pay-per-view.
  • Clubes da Libra publicaram notas de repúdio e falam em prejuízo coletivo.
  • Impasse pode ser decidido em tribunal arbitral previsto em contrato.
Flamengo.

Flamengo.

Pixabay.

A disputa entre Flamengo e os demais integrantes da Libra abriu mais um capítulo de crise no futebol brasileiro. O clube carioca conseguiu uma liminar na Justiça do Rio de Janeiro que suspendeu o repasse de R$ 77 milhões dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, valor que seria dividido entre os times da liga.

A decisão provocou reações imediatas: Palmeiras, São Paulo, Santos, Atlético, Grêmio e Bragantino publicaram notas oficiais criticando duramente a postura rubro-negra.

Entenda o contrato com a Globo

A Libra (Liga do Futebol Brasileiro) é uma associação de clubes criada em 2022 com o objetivo de organizar a venda coletiva dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. A ideia nasceu da necessidade de aumentar o poder de negociação dos times com as emissoras de TV, plataformas digitais e patrocinadores, seguindo modelos já existentes em ligas estrangeiras, como a Premier League inglesa e LaLiga espanhola.

O projeto da Libra surgiu em paralelo ao movimento Liga Forte União, grupo rival que reúne outras equipes (como Corinthians, Fluminense, Internacional e Athletico-PR), o que fragmentou a tentativa de criar uma entidade única.

O contrato em discussão foi assinado em 2024 entre a Libra e a TV Globo, com validade até 2029. Ele estabeleceu três critérios de divisão das receitas do pay-per-view:

  • 40% de forma igualitária entre todos os clubes;
  • 30% conforme a classificação final do Campeonato Brasileiro;
  • 30% de acordo com a audiência de cada equipe.

É justamente essa última fatia que motivou a disputa. O Flamengo alega que, apesar de representar quase metade da audiência entre os clubes da Libra, recebe apenas 20,41% da parcela. Segundo cálculos da própria diretoria, isso gera perdas superiores a R$ 100 milhões anuais em relação ao contrato anterior.

A discordância do Flamengo

Em maio de 2025, uma assembleia da Libra foi suspensa sem consenso sobre o modelo de divisão. Em agosto, uma nova reunião aprovou a regra atual por maioria, contrariando Flamengo e Volta Redonda, que votaram contra. O clube sustenta que o estatuto da liga exige unanimidade para mudanças desse tipo, e por isso entrou na Justiça.

Na primeira instância, o pedido foi negado, mas em recurso o Tribunal de Justiça do Rio concedeu liminar que bloqueou R$ 77 milhões, referentes a uma das quatro parcelas anuais. Diante da decisão, a Globo deixou de repassar o valor diretamente aos clubes e depositou o montante em juízo até definição do caso.

Em nota oficial, o Flamengo declarou que “não tem interesse no litígio”, mas que não pode aceitar “uma solução absurda” que ignora o tamanho de sua torcida e sua representatividade. O clube também frisou que a medida afeta apenas os 30% da parcela de audiência, enquanto os outros 70% continuam sendo pagos normalmente.

Reações dos clubes

O Palmeiras chamou a medida de “predatória e torpe”, acusando o Flamengo de buscar “asfixiar financeiramente” os rivais. A presidente Leila Pereira chegou a propor que os demais formem uma nova liga sem o clube carioca.

O São Paulo declarou que a ação “não condiz com seu passado grandioso” e que atrapalha a saúde financeira do futebol brasileiro.

O Santos afirmou que “mudar regras com o campeonato em andamento” compromete a credibilidade da competição.

O Grêmio defendeu que “nenhum clube joga sozinho” e pediu mais cooperação. Já o Bragantino destacou que romper compromissos prejudica o potencial de crescimento do futebol nacional.

Próximos passos

A Libra informou que considera válida a assembleia que aprovou a divisão e que vai recorrer para derrubar a liminar. O contrato prevê que a decisão definitiva seja tomada por um tribunal arbitral, e não pelo Tribunal de Justiça.

Enquanto isso, os recursos ficam bloqueados, aumentando a pressão entre os clubes e ampliando a disputa política dentro da liga.

A reportagem pediu comentários do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e aguarda a resposta da Corte.

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