Alta de 50%: campeão, Flamengo pode ter faturamento de R$ 2 bilhões neste ano

O título da Libertadores rendeu ao Flamengo R$ 180 milhões em premiações, sem contar publicidade, direitos de transmissão e bilheteria do torneio. A conquista abriu caminho para outras competições que podem elevar a receita do Flamengo a até R$ 2 bilhões em 2025, que seria uma alta de 53% em relação a 2024.

Se confirmar o título do Brasileirão nas duas últimas rodadas, o clube deve receber cerca de R$ 50 milhões. Além disso, pode embolsar mais R$ 30 milhões caso vença o Intercontinental da Fifa — que substituiu o antigo Mundial — a partir de 10 de dezembro, no Catar.

O Flamengo também garantiu vaga no Mundial de Clubes de 2029, além da Recopa Sul-Americana e da Supercopa do Brasil.

Até 30 de setembro de 2025, o clube declarou faturamento de R$ 1,56 bilhão, impulsionado pela premiação de mais de R$ 150 milhões no Mundial da Fifa disputado em julho. Em receitas recorrentes, já havia somado R$ 1,05 bilhão até o fim do terceiro trimestre, alta de 27% frente aos nove primeiros meses de 2024.

A projeção (guidance) atualizada no fechamento do terceiro trimestre previa R$ 1,85 bilhão em receitas — estimativa feita antes mesmo da conquista continental.

Em 2024, o Flamengo faturou R$ 1,3 bilhão, o quarto ano seguido acima de dez dígitos. Desse total, R$ 1,2 bilhão veio de receitas recorrentes e R$ 100 milhões da venda de atletas.

Flamengo pode ver faturamento aumentar até 50% em 2025

Flamengo lidera entre os times mais valiosos do país

A profissionalização das gestões, os investimentos milionários com a chegada das SAFs (Sociedades Anônimas do Futebol) e a consolidação de marcas históricas transformaram o mercado esportivo e financeiro do país.

De acordo com o Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, o levantamento da consultoria Sports Value, divulgado no estudo “Valuation Top 30 Clubes do Brasil 2024”, apontou os três clubes mais ricos do país em 2025.

A análise revelou crescimento de 24% no valor de mercado em relação ao ano anterior, totalizando R$ 41,3 bilhões, o equivalente a US$ 7,4 bilhões. O estudo considerou receitas, dívidas, estrutura de ativos e desempenho esportivo.

1. Flamengo

O Flamengo manteve o posto de clube mais valioso do Brasil, com valuation estimado em R$ 4,879 bilhões. O desempenho se sustenta em múltiplas fontes de receita, como direitos de TV e streaming, que somam R$ 400 milhões por ano, além de patrocínios de marcas como BRB, Pixbet e Adidas, que ultrapassam R$ 200 milhões anuais.

O clube também arrecadou R$ 259 milhões em bilheteria e sócio-torcedor, além de mais de € 100 milhões (R$ 590 milhões) em vendas de atletas nos últimos anos. Mesmo sem o modelo SAF, o Flamengo mantém gestão associativa profissionalizada e finanças sólidas, sustentando sua hegemonia no futebol brasileiro.

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2. Palmeiras

O Palmeiras aparece em segundo lugar, com valuation de R$ 3,956 bilhões. O clube paulista se destaca pela estabilidade administrativa, pela política de austeridade financeira e pelo uso estratégico de sua arena multiúso.

Com patrocínio máster da Crefisa/FAM no valor de R$ 120 milhões por ano, o Palmeiras mantém superávits consecutivos e independência financeira. A venda de Endrick ao Real Madrid por € 72 milhões (R$ 425 milhões) reforçou o poder de investimento do clube, que combina desempenho esportivo com equilíbrio nas contas.

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3. Corinthians

Mesmo enfrentando desafios administrativos, o Corinthians ocupa a terceira posição no ranking, com R$ 3,702 bilhões em valor de mercado. A força da marca, uma das mais populares do país, garante contratos publicitários robustos e uma das maiores bases de sócios-torcedores do futebol nacional.

O clube mantém relevância no cenário comercial, impulsionado pela fidelidade da torcida e pela capacidade de gerar engajamento e receitas mesmo em períodos de instabilidade interna.

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A tendência para os próximos anos aponta crescimento contínuo dos clubes que investem em gestão profissional, transparência e diversificação de receitas. O avanço das SAFs, a negociação de direitos de mídia e a monetização de novas plataformas digitais devem elevar ainda mais o valor dos principais clubes do país.

Com a consolidação de modelos de governança e o fortalecimento das marcas, os times de futebol brasileiros se aproximam de um novo patamar global, combinando desempenho esportivo e eficiência financeira.

Allan Ravagnani

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