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Esportes

NBA inicia revisão ampla sobre apostas após escândalo de vazamento de informações confidenciais

Publicado 27/10/2025 • 18:07 | Atualizado há 2 horas

KEY POINTS

  • A National Basketball Association disse às equipes que revisaria questões relacionadas a apostas para "proteger a integridade da NBA e de nossas ligas afiliadas".
  • A NBA detalhou essa revisão em um memorando após uma acusação federal acusando o jogador do Miami Heat, Terry Rozier, e outros cinco de vazar e usar informações sobre jogadores para fins de apostas.
  • A liga disse que examinará o uso de apostadores de apoio, como as lesões dos jogadores são relatadas publicamente e explorará maneiras de melhorar o uso da inteligência artificial e outras ferramentas para identificar padrões de apostas que sugerem que os apostadores têm acesso a informações privilegiadas.

Unsplash

Bola de basquete

A National Basketball Association (NBA) informou nesta segunda-feira (27) que realizará uma ampla revisão sobre questões ligadas a apostas esportivas, com o objetivo de “proteger a integridade da NBA e de suas ligas afiliadas”, após uma acusação federal revelar o vazamento de informações confidenciais sobre jogadores para apostadores.

O foco principal será nas apostas do tipo “proposição” (prop bets), oferecidas por casas de apostas legais online, que permitem aos apostadores apostar em estatísticas individuais de jogadores, segundo um memorando da liga enviado às 30 equipes e obtido pela CNBC.

Além disso, a NBA revisará a forma como as lesões dos jogadores são divulgadas e buscará melhorar o uso de inteligência artificial e outras ferramentas para identificar padrões de apostas suspeitos que indiquem acesso a informações privilegiadas sobre jogadores e times.

O documento foi assinado por Rick Buchanan, conselheiro jurídico da liga, e Dan Spillane, vice-presidente executivo de governança e políticas, e enviado ao conselho de governadores, presidentes, gerentes-gerais e advogados das equipes.

Escândalo de vazamento de informações

Seis pessoas foram indiciadas no tribunal federal do Brooklyn, em Nova York — entre elas o jogador do Miami Heat, Terry Rozier —, acusadas de conspiração para cometer fraude eletrônica e lavagem de dinheiro.

Segundo a acusação, os réus e seus cúmplices tinham acesso a informações privadas de jogadores e técnicos da NBA, que foram compartilhadas com apostadores para fazer apostas lucrativas em empresas como FanDuel e DraftKings, ambas parceiras oficiais da liga.

Rozier teria avisado um amigo próximo, em março de 2023, quando ainda jogava pelo Charlotte Hornets, que deixaria o jogo mais cedo devido a uma suposta lesão.

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Esse amigo e outros dois homens apostaram mais de US$ 200.000 (cerca de R$ 1.074.000, na cotação atual) em que Rozier teria desempenho abaixo do esperado — em pontos e assistências, por exemplo.

Rozier saiu de quadra após apenas nove minutos, e muitas das apostas renderam dezenas de milhares de dólares em lucro, segundo os promotores.

Reprodução/X
Terry Rozier atuando pelo Boston Celtics

O advogado de Rozier, Jim Trusty, negou qualquer irregularidade:

“Terry não é apostador. Ele não tem medo de lutar e está pronto para vencer essa batalha”.

A resposta da NBA

No memorando, a liga destacou:

“Embora as apostas incomuns sobre o desempenho de Terry Rozier tenham sido detectadas em tempo real por serem legais, acreditamos que há mais a ser feito, do ponto de vista regulatório e jurídico, para proteger a integridade da NBA.”

A NBA também afirmou que as apostas em desempenho individual exigem “atenção redobrada”, e anunciou uma revisão das políticas sobre divulgação de lesões, treinamento e segurança dos jogadores.

“Com as apostas esportivas ocupando um papel tão significativo no cenário atual, é essencial que jogadores, técnicos e funcionários entendam os riscos sérios que o jogo pode trazer às suas carreiras e reputações”, diz o texto.

A liga disse ainda que usará inteligência artificial para cruzar dados de casas de apostas, redes sociais e outras fontes, com o objetivo de detectar atividades suspeitas.

Envolvimento de Chauncey Billups

O técnico do Portland Trail Blazers, Chauncey Billups — ex-jogador e membro do Hall da Fama — é apontado na acusação como o “co-conspirador 8”.

Ele não foi formalmente acusado, mas o documento traz detalhes que coincidem com sua carreira. Segundo o texto, em março de 2023, Billups teria informado um dos réus que o time planejava perder um jogo contra o Chicago Bulls para melhorar a posição no draft.

A equipe perdeu, e apostas de cerca de US$ 100.000 (R$ 537.000) foram feitas antecipadamente em casas legais online.

Billups enfrenta outra acusação federal, também em Nova York, por envolvimento em um esquema com membros da máfia para enganar jogadores em jogos de pôquer clandestinos, usando dispositivos eletrônicos de trapaça.

Seu advogado, Chris Heywood, declarou:

“Chauncey Billups nunca apostou em jogos da NBA, nunca forneceu informações internas e jamais trairia a confiança de seu time ou da liga.”

“Quem conhece Billups sabe que ele é um homem íntegro; homens íntegros não trapaceiam nem enganam os outros.”

Ambos foram afastados pela NBA de suas funções após as prisões.

Contexto anterior

Em outubro de 2024, após suspeitas de apostas ilegais envolvendo o jogador Jontay Porter, do Toronto Raptors, a NBA proibiu apostas em jogadores com contratos de menor valor, como acordos de 10 dias ou de “dupla via”.

A liga afirmou que esses atletas são mais vulneráveis à manipulação. Porter se declarou culpado em julho de 2024 por conspiração para cometer fraude eletrônica.

Reação das casas de apostas

Matt King, CEO da Fanatics Betting and Gaming, afirmou à CNBC que a empresa mantém comunicação constante com as ligas esportivas sobre integridade e regulação:

“Quando a NBA pediu para retirar apostas em jogadores com contratos de curta duração, nós o fizemos imediatamente. É uma decisão de bom senso”.

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