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Ações da LVMH disparam 13% após empresa registrar crescimento pela primeira vez no ano
Publicado 15/10/2025 • 08:17 | Atualizado há 7 horas
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Publicado 15/10/2025 • 08:17 | Atualizado há 7 horas
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Wikimedia Commons
LVMH, a maior empresa de bens de luxo do mundo
As ações da LVMH subiram quase 14% nesta quarta-feira (15), caminhando para o melhor desempenho diário em mais de duas décadas, depois que o conglomerado francês reportou crescimento pela primeira vez neste ano.
Em atualização divulgada na terça-feira (14), após o fechamento dos mercados europeus, a LVMH, maior conglomerado de luxo do mundo e uma das companhias mais valiosas da Europa, informou que o crescimento orgânico do terceiro trimestre foi de 1% na comparação anual, marcando uma recuperação após dois trimestres consecutivos de queda.
A receita do trimestre encerrado em setembro totalizou 18,3 bilhões de euros (US$ 21,3 bilhões), abaixo dos 19,1 bilhões de euros registrados no mesmo período do ano anterior, mas acima das expectativas dos analistas.
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As ações registravam alta de 13,8% no fim da tarde, rumo ao maior ganho diário desde setembro de 2001.
Listada em Paris, a empresa, que possui marcas como Louis Vuitton, Tiffany & Co., Christian Dior e Moët & Chandon, é vista como um termômetro do mercado global de bens de luxo.
O desempenho surpreendentemente positivo impulsionou o setor europeu de luxo nesta quarta-feira, com o índice Stoxx Europe Luxury 10 subindo 6,8% — seu maior avanço diário desde janeiro e o segundo melhor desempenho intradiário do ano.
As ações da Moncler subiram 9%, as da grife britânica Burberry avançaram 7,2% e as da Kering, dona da Gucci, ganharam 7%.
Enquanto isso, os papéis da Christian Dior, holding controlada pela família Arnault, que detém participação majoritária na LVMH, registraram alta de cerca de 13,6%.
Bernard Arnault, o homem mais rico da França, é o CEO e presidente de longa data da LVMH.
Segundo a empresa, ventos contrários cambiais, tensões comerciais e incertezas econômicas pesaram sobre o desempenho nos primeiros nove meses do ano. Ainda assim, a LVMH destacou sua “resiliência e forte impulso inovador” no terceiro trimestre.
A divisão de vinhos e destilados apresentou recuperação, após ter sido afetada pela incerteza em torno das novas tarifas chinesas sobre o conhaque da União Europeia e das tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos, informou a companhia.
De acordo com a LVMH, Estados Unidos e Europa registraram “demanda local sólida” nos três meses até setembro, enquanto a Ási, com exceção do Japão, apresentou “melhora perceptível nas tendências”.
A unidade de varejo seletivo foi a de melhor desempenho no trimestre, com crescimento orgânico de 7% em relação ao ano anterior. A rede de cosméticos Sephora teve um “desempenho notável”, disse a empresa, acrescentando que a Rhode, marca de beleza fundada pela modelo Hailey Bieber, teve um lançamento recorde.
“Em um ambiente econômico e geopolítico incerto, o grupo permanece confiante e continuará adotando uma estratégia focada em fortalecer continuamente o desejo por suas marcas, apoiando-se na autenticidade e qualidade de seus produtos, na excelência em varejo e em uma organização ágil”, afirmou a LVMH em seu comunicado de perspectiva.
“A LVMH recorrerá à força de suas marcas e ao talento de suas equipes para reforçar, mais uma vez, sua posição de liderança global no mercado de luxo em 2025.”
Em relatório divulgado na terça-feira, o Citi atribuiu à ação da LVMH recomendação de compra e preço-alvo de 630 euros, cerca de 4% acima da cotação atual, classificando os resultados do terceiro trimestre como “um raio de esperança”.
Segundo o banco, o crescimento orgânico de cerca de 2% acima do esperado deve estabelecer “um tom positivo para a próxima temporada de resultados das empresas de luxo”. “O impulso nas vendas e a ausência de revisões negativas no lucro por ação devem apoiar uma postura mais otimista até o fim do ano”, disse o Citi.
A Bernstein afirmou que a LVMH superou expectativas “em todas as divisões” e manteve recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado), com preço-alvo de 700 euros. Os analistas destacaram “melhoras sequenciais” nos gastos locais em diferentes regiões e observaram que a “virada na Tiffany continua dando resultados”, além de apontarem tendências positivas no setor de champanhes e avanços na Sephora.
Já o RBC Capital Markets elevou seu preço-alvo de 550 euros para 575 euros, também com recomendação outperform.
“A LVMH apresentou um crescimento orgânico mais forte do que o esperado no terceiro trimestre de 2025… mas a trajetória de recuperação a partir de agora provavelmente não será linear”, afirmaram. “Mantemos uma visão construtiva sobre a recuperação do setor de luxo até 2026 e acreditamos que a LVMH oferece a melhor relação entre risco e retorno para se posicionar nesse tema.”
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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