Ações da Novo Nordisk sobem após empresa prever queda nas vendas de versões genéricas do Wegovy
Publicado 07/05/2025 • 09:44 | Atualizado há 14 horas
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Publicado 07/05/2025 • 09:44 | Atualizado há 14 horas
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SERGEI GAPON/AFP
As ações da Novo Nordisk subiram 5% nesta quarta-feira (7), após a farmacêutica afirmar que as vendas do Wegovy, seu medicamento de perda de peso mais popular, devem melhorar na segunda metade do ano, à medida que a disponibilidade de versões genéricas compostas for sendo eliminada.
A gigante farmacêutica dinamarquesa reportou vendas abaixo do esperado no primeiro trimestre do seu principal remédio contra a obesidade e reduziu a projeção de crescimento de receita para o ano, devido à perda de participação no mercado dos Estados Unidos para versões alternativas do fármaco.
No entanto, o CEO Lars Fruergaard Jørgensen disse à CNBC que o fim de uma autorização especial da Food and Drug Administration (FDA) — que permitia a produção dessas cópias — deve permitir uma recuperação nas vendas ao longo do ano.
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“As farmácias de manipulação tomaram parte do nosso negócio”, disse Jørgensen à repórter Charlotte Reed, da CNBC.
“Agora esperamos que a manipulação seja encerrada, por assim dizer, e que o crescimento do nosso negócio volte a avançar”, completou.
As ações da Novo Nordisk chegaram a subir até 6,7% após as declarações. Por volta das 11h (horário de Londres), o papel avançava 4,5%.
A farmacêutica anunciou um lucro líquido no primeiro trimestre de 29,03 bilhões de coroas dinamarquesas (US$ 4,4 bilhões), acima da projeção de 27,8 bilhões feita por analistas em pesquisa da LSEG.
As vendas do Wegovy aumentaram 83% em relação ao mesmo período do ano anterior, em valores ajustados pela variação cambial, totalizando 17,36 bilhões de coroas dinamarquesas — ligeiramente abaixo das expectativas dos analistas da Factset, que previam 18,51 bilhões.
A receita total da Novo Nordisk — que também fabrica medicamentos para diabetes e doenças raras — cresceu 18% no trimestre, para 78,09 bilhões de coroas dinamarquesas, contra uma estimativa de 78,18 bilhões.
Para 2025, a empresa projeta agora um crescimento de vendas entre 13% e 21%, abaixo da previsão anterior, feita em fevereiro, que era de 16% a 24%. A projeção de crescimento do lucro operacional também foi revisada, para uma faixa de 16% a 24%, ante os 19% a 27% estimados anteriormente.
Jørgensen atribuiu a revisão para baixo ao aumento da concorrência de medicamentos manipulados para perda de peso nos EUA no início do ano.
“No primeiro trimestre de 2025, registramos um crescimento de vendas de 18% e seguimos expandindo o alcance dos nossos tratamentos inovadores com GLP-1”, disse o executivo em comunicado.
“No entanto, reduzimos nossas previsões para o ano devido à penetração menor do que o planejado das marcas de GLP-1, impactada pela rápida expansão da manipulação nos EUA.”
As farmácias de manipulação americanas estavam autorizadas a produzir versões legais dos medicamentos Wegovy e Ozempic da Novo Nordisk sob uma exceção de escassez decretada pela FDA.
Essa autorização foi revogada em fevereiro, e a FDA determinou que essas farmácias interrompam as vendas até 22 de maio. Diante disso, a empresa dinamarquesa afirmou esperar que as vendas das alternativas manipuladas diminuam em breve, e reiterou que tomará medidas legais contra empresas que continuarem distribuindo cópias ilegalmente.
“Com a remoção dos injetáveis de semaglutida da lista de escassez da FDA, nossas projeções assumem uma redução no número de pacientes em tratamento com GLP-1 manipulado na segunda metade de 2025”, disse a companhia.
Jørgensen também destacou o lançamento de uma nova farmácia online voltada ao consumidor final e parcerias com empresas de telemedicina como Hims & Hers Health, Ro e LifeMD. Segundo ele, essas iniciativas devem reduzir os custos do Wegovy e oferecer uma “alternativa segura e confiável” para pacientes que antes recorriam a medicamentos manipulados.
Um anúncio recente da CVS Health, que ampliará o acesso ao Wegovy para pacientes atendidos pela gestora de benefícios farmacêuticos Caremark, também contribuirá para esse aumento na distribuição.
“Eles agora excluíram os produtos concorrentes, então temos exclusividade com eles”, afirmou Jørgensen. “Não buscamos essa exclusividade. Acreditamos no acesso aberto, mas foi a CVS que tomou a decisão de focar no Wegovy.”
Os resultados da Novo Nordisk chegam em meio a uma demanda crescente pelos medicamentos da classe GLP-1, que ajudam na perda de peso ao imitar o hormônio peptídeo-1 semelhante ao glucagon, suprimindo o apetite.
No entanto, a empresa tem enfrentado ceticismo após resultados decepcionantes em testes com seu novo candidato para tratar obesidade, o CagriSema.
Nesta quarta-feira, a farmacêutica confirmou que pretende solicitar a aprovação regulatória do CagriSema no primeiro trimestre de 2026. Ao mesmo tempo, já pediu autorização nos EUA para uma versão oral da semaglutida, que, segundo a empresa, pode se tornar “o primeiro tratamento oral com GLP-1 para obesidade”.
“Estou muito otimista com o CagriSema”, disse Jørgensen. “Pelos dados que temos, o CagriSema é o melhor produto já testado ou disponível no mercado — e acreditamos que esses dados ainda podem melhorar.”
A concorrência no setor de medicamentos para perda de peso está cada vez mais acirrada, com empresas como Roche, AstraZeneca e AbbVie desenvolvendo seus próprios candidatos promissores.
A principal rival da Novo nos EUA, a Eli Lilly, divulgou nesta quinta-feira um crescimento de 45% nas vendas do primeiro trimestre, superando as expectativas. No entanto, a receita gerada pelo Zepbound — seu medicamento popular para emagrecimento — ficou abaixo do previsto, devido à queda nos preços. A farmacêutica americana também reduziu sua previsão de lucro anual por conta de custos relacionados a um recente acordo envolvendo tratamento contra o câncer, o que derrubou suas ações.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.