Automóveis, farmacêuticas, luxo e mais: os setores globais que disparam após recuo de Trump nas tarifas
Publicado 10/04/2025 • 10:32 | Atualizado há 5 dias
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Publicado 10/04/2025 • 10:32 | Atualizado há 5 dias
KEY POINTS
Empresas de luxo enfrentam impacto tarifário; ações estavam entre as que mais caíram na quarta.
Julien De Rosa | Afp | Getty Images (Reprodução CNBC Internacional)
Os mercados de ações dispararam na quinta-feira, após a reviravolta surpreendente do presidente dos EUA, Donald Trump, em relação à maioria das tarifas, com os setores revertendo perdas acumuladas em vários dias.
Trump mudou drasticamente de rumo nas políticas comerciais da Casa Branca na quarta-feira, reduzindo suas tarifas específicas por país para uma taxa universal de 10% para todos os parceiros comerciais, com exceção da China.
As tensões entre Washington e Pequim continuam altas, com Trump elevando as tarifas sobre produtos chineses para 125%. Ele citou uma “falta de respeito” pouco depois de Pequim responder com medidas retaliatórias às tarifas iniciais da Casa Branca.
A CNBC analisa alguns dos maiores ganhadores do mercado.
As gigantes do setor automotivo registraram fortes ganhos, reagindo positivamente após o anúncio de Trump de uma pausa de 90 dias.
Volkswagen, BMW e Mercedes-Benz Group, da Alemanha, estavam todas com alta de cerca de 4% às 11h40 no horário de Londres. A Stellantis, listada em Milão — dona de marcas como Jeep, Dodge, Fiat, Chrysler e Peugeot — subiu 8,5%.
Na Ásia, a Nissan teve alta de 9,5%, a Honda subiu 8,4%, enquanto a Toyota estava com alta de 7,5%.
A indústria automotiva foi duramente atingida pelas políticas comerciais instáveis de Trump nos últimos meses, especialmente devido à alta globalização das cadeias de suprimentos do setor.
O setor bancário teve alguns dos maiores ganhos, com alta de 8% após se recuperar de fortes quedas nas sessões anteriores.
Alguns dos maiores credores europeus — Banco Santander, Deutsche Bank e Intesa Sanpaolo — subiram mais de 9%, enquanto o gigante suíço UBS teve alta de 7%.
As ações dos bancos enfrentaram grande volatilidade, primeiro com forte alta após o anúncio da iniciativa ReArm da União Europeia em março, voltada à defesa, e depois com quedas após o anúncio das tarifas por Washington em 2 de abril.
Os bancos europeus têm sido particularmente afetados pela desvalorização do dólar americano — que eles mantêm em grandes reservas — e por perspectivas sombrias para o crescimento global, que podem reduzir a demanda por investimentos e empréstimos.
Analistas também vêm alertando sobre a possibilidade de uma recessão na maior economia do mundo, o que poderia levar à queda das taxas de juros e afetar negativamente a margem de juros dos bancos, reduzindo suas receitas.
As ações farmacêuticas também subiram na quinta-feira (10) diante de sinais de alívio, após estarem entre os piores desempenhos do dia anterior, quando Trump sinalizou que tarifas sobre o setor viriam “muito em breve”.
A Novo Nordisk foi o maior destaque entre os papéis de saúde europeus na manhã de quinta, com alta de 6,5% até o meio-dia no horário de Londres. Novartis, Bayer, Roche, Bavarian Nordic e AstraZeneca também subiram mais de 4%.
Isso seguiu os ganhos na Ásia de empresas como Daiichi Sankyo e Takeda Pharmaceuticals.
As farmacêuticas até agora foram poupadas das tarifas comerciais, por seu papel como produtoras de bens essenciais. No entanto, as esperanças de uma isenção ampla para o setor têm diminuído, com o governo Trump dizendo na semana passada que pode iniciar uma sobre a indústria, que pode levar a tarifas direcionadas.
As ações de luxo subiram no início do pregão europeu, lideradas por altas superiores a 6% de nomes prestigiados como LVMH, Kering, Burberry e Richemont.
As grifes de moda de alto padrão — para as quais o selo “feito na Europa” é parte do apelo — eram consideradas amplamente protegidas dos efeitos iniciais das tarifas, dado seu forte poder de precificação e capacidade de repassar os custos adicionais aos consumidores.
Contudo, analistas alertam que uma desaceleração econômica mais ampla causada pelas tarifas pode tornar esses aumentos mais difíceis de suportar, mesmo para os consumidores mais ricos.
Isso pode ser especialmente sentido nas duas maiores economias do mundo, EUA e China — ambas, motores importantes de crescimento para o setor.
As ações de mineração da Europa estiveram entre os destaques de quinta-feira de manhã.
Os papéis da Anglo American, listada em Londres, subiram quase 10%. Antofagasta, Glencore e Boliden também estavam sendo negociadas com altas superiores a 6%, enquanto a Rio Tinto registrou ganhos de 4%.
Analistas já haviam alertado que a política comercial instável de Trump, combinada com a escalada da guerra comercial, poderia prejudicar a demanda por metais e matérias-primas.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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