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Dólar sobe por cautela fiscal com medidas sobre alimentos em meio a PIB mais fraco que esperado

Publicado 07/03/2025 • 11:01 | Atualizado há 2 dias

Estadão Conteúdo

KEY POINTS

  • O dólar tem leve alta na manhã desta sexta-feira (7), enquanto os juros futuros recuam em toda a curva após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e do anúncio ontem das medidas do governo para conter os preços de alimentos.
  • A falta de previsão do impacto fiscal das medidas, como a isenção de imposto de importação para vários produtos apoia cautela no câmbio.
  • O movimento da curva de juros está em sintonia com as taxas dos Treasuries, após adiamento de tarifas dos EUA ao México e Canadá em meio a expectativas pelo discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell (14h30).
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O dólar tem leve alta na manhã desta sexta-feira (7), enquanto os juros futuros recuam em toda a curva após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e do anúncio ontem das medidas do governo para conter os preços de alimentos.

Às 10h36, o dólar apresentava alta de 0,14%, a R$ 5,765.

A falta de previsão do impacto fiscal das medidas, como a isenção de imposto de importação para vários produtos, apoia cautela no câmbio. Elas ainda devem passar pelo crivo da Camex e devem entrar em vigor nos próximos dias. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) classificou de “ineficazes” a série de medidas anunciadas pelo governo na quinta-feira (6), para tentar baixar a inflação dos alimentos.

A economia brasileira cresceu 0,2% no quarto trimestre de 2024 ante o terceiro trimestre, no piso das estimativas do Projeções Broadcast. Em 2024, o PIB cresceu 3,4%. As projeções iam de alta de 3,3% a 3,6%, com mediana de crescimento de 3,5%.

O movimento da curva de juros está em sintonia com as taxas dos Treasuries, após adiamento de tarifas dos EUA ao México e Canadá em meio a expectativas pelo discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell (14h30).

Em relação às tarifas, o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, e o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, levarão ao presidente Donald Trump o pedido do Brasil para adiar a sobretaxa sobre o aço importado. Em troca, os norte-americanos querem abrir negociações sobre o imposto de importação que o Brasil aplica ao etanol dos EUA, considerado muito alto.

Na Europa, o dirigente do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do BC da França, François Villeroy de Galhau, disse que a zona do euro está perto de vencer a batalha contra a inflação, após o BCE cortar as principais taxas de juros em 25 pontos-base ontem, ao nível que ele classificou como “muito abaixo” do que as taxas do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), nos Estados Unidos, e do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), no Reino Unido.

No Japão, os juros dos títulos do governo (JGBs) de longo prazo atingiram nesta sexta-feira os maiores níveis desde a crise financeira de 2008. Analistas atribuem o movimento a pressões de uma liquidação global de títulos soberanos.

No setor corporativo doméstico, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento no valor de R$ 150 milhões, com recursos do Fundo Clima, para o Grupo Piracanjuba produzir biogás.

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