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Dólar sobe e encerra o dia cotado a R$ 5,75 com foco em ajustes e cenário fiscal
Publicado 24/03/2025 • 18:20 | Atualizado há 5 meses
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Publicado 24/03/2025 • 18:20 | Atualizado há 5 meses
KEY POINTS
A bolsa brasileira descolou-se das bolsas norte-americanas, que caíram na terça.
Pixabay
O dólar emendou o terceiro pregão seguido de valorização nesta segunda-feira (24) e voltou a fechar acima da linha de R$ 5,75 pela primeira vez em cerca de dez dias. Segundo operadores, após o rali recente do real, investidores promoveram ajustes de posições e realizaram lucros no mercado doméstico, apesar do avanço de commodities e de divisas emergentes pares do real, como os pesos mexicano e chileno.
Além do aumento da volatilidade em razão do vaivém das expectativas em torno do anúncio das tarifas recíprocas pela administração Donald Trump em 2 de abril, analistas afirmam que o comportamento do real reflete a volta dos ruídos políticos e fiscais internos, sobretudo após as dúvidas em torno dos números do Orçamento de 2025.
Para a economista-chefe do Ouribank, Cristiane Quartaroli, o real sofreu nesta segunda-feira com ajustes e movimentos especulativos provocados por questões internas, como certo desconforto com declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pela manhã.
“No exterior, houve até uma melhora do apetite ao risco com a perspectiva de tarifas mais baixas. O mercado acabou recebendo mal as falas de Haddad, que na verdade não foram ruins. Vejo o comportamento do câmbio hoje mais como algo especulativo”, afirma Quartaroli.
A divisa chegou a ensaiar uma alta mais forte e registrou máxima a R$ 5,7728 durante apresentação do ministro. Haddad disse que seria “vergonha nenhuma mudar um parâmetro ou outro do arcabouço”, mas pontuou que “não mudaria”, porque está convencido de que o sistema funciona. Foi a senha para interpretações de que o governo poderia alterar metas fiscais.
O ministro reagiu de imediato e, em post na rede social X, disse que distorceram suas palavras. Ele reiterou que está confortável com a estrutura e os parâmetros atuais do arcabouço e que pretende reforçá-los. Houve apenas uma menção à possibilidade de mudança dos parâmetros no futuro, “se as circunstâncias mudarem”.
As explicações de Haddad abriram espaço para um alívio do dólar, que passou a operar ao redor de R$ 5,73 ainda no fim da manhã. Ao longo da tarde, a moeda norte-americana ganhou um pouco de força e superou os R$ 5,75, em sintonia com mínimas do Ibovespa.
O dólar fechou o dia cotado a R$ 5,7524, em alta de 0,61%, após ter recuado 0,45% na semana passada. Apesar do avanço nos três últimos pregões, a moeda norte-americana ainda acumula desvalorização de 2,77% em março. No ano, perde 6,92%.
Termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisa fortes, o índice DXY subiu e voltou a superar os 104 000 pontos, com máxima aos 104,444 pontos. As taxas dos Treasuries aceleraram os ganhos ao longo da segunda etapa de negócios, com o retorno da T-note de 10 anos voltando a superar 4,30%.
À tarde, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Atlanta, Raphael Bostic, disse que projetava anteriormente dois cortes de juros pelo Fed neste ano, mas que, diante das incertezas econômicas, passou a prever apenas um corte. Na semana passada, após o encontro de política monetária do BC norte-americano, as projeções da maioria dos dirigentes do Fed, espelhadas no chamado “gráfico de pontos’, eram de duas reduções da taxa básica em 2025.
Trump confirmou à tarde que vai anunciar sobretaxas adicionais nos próximos dias, que devem incluir setores como automóveis, madeira e chips. Ele pontuou, contudo, que pode conceder “várias pausas em tarifas de dIversos países” e que “nem todas as tarifas começarão em 2 de abril”.
O economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, destaca que o comportamento errático de Trump adiciona volatilidade aos negócios, com investidores tentando entender se haverá mesmo um tarifaço ou se o presidente dos EUA utiliza ameaças para obter uma posição de vantagem na hora de negociar com os parceiros comerciais.
“Existe essa preocupação de que essas tarifas provoquem desaceleração maior da atividade nos EUA e inflação, impedindo o Fed de cortar juros”, afirma Velloni, ressaltando que o real se beneficiou nas últimas semanas do carry trade elevado e do deslocamento de recursos de países mais afetados pelas tarifas, como o México, para ativos brasileiros.
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