Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Dólar sobe e fecha a R$ 5,51 com questões técnicas e tombo do petróleo
Publicado 24/06/2025 • 19:47 | Atualizado há 8 horas
Preços do petróleo caem mais de 6% após Trump autorizar China a comprar óleo do Irã
FedEx supera expectativas de lucro e prevê economia de US$ 1 bilhão no próximo ano fiscal
Amazon investirá 40 bilhões de euros no Reino Unido nos próximos três anos
EUA lideram alta no número de milionários, mas riqueza segue concentrada
Zuckerberg se cala sobre comunidade LGBTQ+ e Meta se afasta do SF Pride
Publicado 24/06/2025 • 19:47 | Atualizado há 8 horas
KEY POINTS
Dólar fecha em alta moderada
J.SOUZA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
O dólar à vista ganhou força ao longo da tarde e encerrou a sessão desta terça-feira (24), em alta de 0,29%, a R$ 5,5189, após máxima a R$ 5,5239. No exterior, a moeda americana recuou tanto frente a divisas fortes quanto emergentes, em dia marcado pela retomada do apetite ao risco com a diminuição das tensões no Oriente Médio.
Operadores atribuíram o tropeço do real a questões técnicas, com fluxo pontual de saída de recursos e recomposição parcial de posições defensivas. Pela manhã, o dólar rompeu o piso de R$ 5,50 e registrou mínima a R$ 5,4759, movimento que pode ter atraído compradores.
A queda de mais de 5% dos preços do petróleo também pode ter prejudicado o real, embora as demais divisas emergentes tenham desempenho positivo. Entre as moedas mais ligadas ao preço da commodity, apenas a coroa norueguesa perdeu valor nesta terça.
Leia mais:
Ouro fecha em forte baixa, com apetite por risco após cessar-fogo entre Israel e Irã
Bolsas da Europa fecham em alta e com apetite por risco após cessar-fogo entre Israel e Irã
“A liquidez está baixa e o cupom cambial em alta. Aparentemente, tem estrangeiro saindo, algo que acontece em fim de semestre, ou até mesmo busca por hedge. O BC viu a distorção no cupom e resolveu intervir”, afirma o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, ressaltando que a diminuição do cupom tende a favorecer operações de carry trade.
Na segunda à noite, o Banco Central (BC) anunciou para a quarta-feira, 25, uma intervenção dupla no mercado de câmbio: leilão de venda de US$ 1 bilhão no segmento spot e oferta de 20 mil contratos de swap cambial reverso (equivalente a US$ 1 bilhão), o que, na prática, significa compra de dólar futuro.
A conjugação dessas intervenções teria como objetivo conter certo estresse no mercado de cupom cambial curto, que reflete a taxa de juros em dólar no Brasil. Com tamanho idêntico das operações, não há efeito maior sobre a taxa de câmbio nem sobre o nível de reservas líquidas.
O economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, também avalia que o BC parece querer reduzir a inclinação da curva de cupom cambial.
“Quando o BC vende no spot, os bancos costumam desovar os dólares aqui dentro, o que reduz a taxa do cupom cambial”, afirma Borsoi, que vê a alta do dólar nesta terça provavelmente ligada a fatores domésticos, já que a moeda americana recua no exterior. “O peso mexicano, que poderia apanhar em razão da queda do petróleo, que já soma quase 13% em dois dias, está indo muito bem. Parece ser algo mais interno”.
Apesar do escorregão desta terça, o real apresenta ainda no ano o melhor desempenho entre divisas emergentes latino-americanas, com ganhos de quase 11% em relação à moeda americana. Parte do fôlego do real é atribuída à atratividade do carry trade, em razão do diferencial elevado entre juros locais e externos.
Divulgada pela manhã, a ata do encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana passada, quando a taxa básica Selic foi elevada de 14,75% para 15%, sinalizou que o ciclo de aperto monetário foi encerrado e reforçou a mensagem do comunicado de que a taxa permanecerá em nível elevado por período prolongado – cenário teoricamente favorável ao real.
No exterior, o índice DXY – que mede o desempenho do dólar ante uma cesta de seis divisas fortes – furou o piso dos 98,000 pontos, com mínima de 97,707 pontos, e já acumula queda de mais de 1,50% nesta semana.
Além da diminuição das tensões no Oriente Médio, com o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de cessar-fogo no conflito entre Irã e Israel (embora haja acusações mútuas de descumprimento), o dólar se enfraquece diante da perspectiva crescente de que um corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) está cada vez mais próximo.
Após dois dirigentes do Fed indicarem na segunda-feira que estão prontos para afrouxar a política monetária, o presidente do BC americano, Jerome Powell, adotou tom mais cauteloso em testemunho no Congresso dos EUA, reiterando a estratégia de “esperar para ver”. Ele ponderou que a maioria significativa dos dirigentes acredita que será possível cortar os juros ainda neste ano.
—
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Mais lidas
Xi Jinping não deve participar da cúpula do Brics
Haddad diz que aumento de gastos está suspenso e anuncia ajustes no crédito imobiliário para a classe média
Presidente do Irã anuncia 'fim da guerra de 12 dias'; Israel volta a focar em Gaza
O que você precisa saber: os últimos acontecimentos da guerra entre Irã e Israel
Haddad: hospitais privados poderão trocar dívidas por atendimento especializado pelo SUS