O ouro registrou leve alta nesta quarta-feira (19), renovando sua máxima histórica em meio à crescente demanda por ativos de refúgio, tensões geopolíticas e compras estratégicas de bancos centrais. O mercado agora aguarda a decisão do Federal Reserve (Fed) sobre a política monetária, fator-chave para os próximos movimentos do metal precioso.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange, o contrato de ouro para abril avançou 0,01%, fechando a US$ 3.041,20 por onça-troy.
Tensões no Oriente Médio e incerteza econômica impulsionam o metal
A escalada dos conflitos no Oriente Médio reforçou a busca por segurança. Ataques israelenses contra alvos do Hamas em Gaza romperam um cessar-fogo de dois meses, elevando a incerteza geopolítica, segundo análise da ANZ Research.
Nos Estados Unidos, a política comercial do governo Trump tem aumentado a apreensão entre consumidores e investidores. “O índice de incerteza da política econômica atingiu os níveis mais altos desde a pandemia de 2020”, aponta Stephanie Chan, da Insight Investment. O fator principal, segundo ela, são as novas tarifas impostas a parceiros comerciais como Canadá, México, Europa e China.
Decisão do Fed no radar dos investidores
Apesar da valorização recente do dólar, o ouro manteve-se resiliente. Agora, os investidores voltam suas atenções para a reunião do Fed, que deve manter as taxas de juros inalteradas. No entanto, qualquer sinalização sobre cortes futuros será crucial para o mercado.
“Taxas mais baixas tendem a favorecer o ouro, que não rende juros”, observa Emengarde Jabir, da Moody’s.
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