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Publicado 27/11/2024 • 18:46
KEY POINTS
Nota de cem dólares
Foto: Pixabay
O dólar à vista fechou nesta quarta-feira (27) cotado a R$ 5,91, o maior valor nominal da história do Plano Real.
A alta de 1,81% foi impulsionada por preocupações fiscais internas e por uma conjuntura global de aversão ao risco.
A valorização da moeda norte-americana está ligada ao aumento de incertezas no mercado financeiro após o anúncio do governo federal sobre a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para rendimentos de até R$ 5 mil.
A medida deverá ser anunciada junto com um pacote fiscal apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Os investidores questionam viabilidade e impacto nas contas públicas da decisão.
“O mercado esperava um ajuste fiscal consistente, mas a inclusão de medidas que ampliam o déficit fiscal gerou um sinal negativo. Essa falta de clareza aumenta a percepção de risco e impacta diretamente a cotação do dólar”, afirmou Gabriel Barros, economista-chefe da ARX Investimentos.
No cenário internacional, a aversão ao risco segue alta, pressionando moedas de mercados emergentes. O real foi uma das mais desvalorizadas do dia, refletindo as incertezas domésticas e o ambiente global adverso. Durante a tarde, o dólar chegou a atingir R$ 5,929, sua máxima intradia.
O recorde anterior do dólar havia sido registrado em maio de 2020, quando alcançou R$ 5,905 em meio às incertezas da pandemia. Agora, especialistas destacam que o novo patamar reforça a necessidade de medidas estruturais para estabilizar a economia brasileira e recuperar a confiança dos investidores.
O mercado segue atento ao pronunciamento oficial do ministro Fernando Haddad, programado para as 20h30, quando mais detalhes sobre o pacote fiscal serão apresentados. A expectativa é que o governo traga medidas concretas que equilibrem as contas públicas e reduzam a volatilidade cambial nos próximos dias.
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