O dólar se fortaleceu; será que a teoria do ‘milkshake’ explica a alta?
Publicado 16/11/2024 • 10:37 | Atualizado há 7 meses
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Publicado 16/11/2024 • 10:37 | Atualizado há 7 meses
KEY POINTS
A bolsa brasileira descolou-se das bolsas norte-americanas, que caíram na terça.
Pixabay
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar dos Estados Unidos em relação a uma cesta de moedas fortes, como o euro e o iene japonês, subiu 5,19% de janeiro até o último fechamento (14). Em comparação com o real, o dólar valorizou 17%.
A estabilidade e previsibilidade do dólar tornam a moeda “altamente resistente a choques econômicos, o que reforça sua reputação em ser um câmbio para investidores”, diz o especialista Eduardo Garay, CEO e fundador da TechFX.
Outro fator crucial é a liquidez do dólar, a facilidade com que ele pode ser rapidamente convertido em outros ativos ou utilizado em transações. A moeda americana é amplamente aceita mundialmente e representa quase 60% das reservas internacionais, permitindo influenciar a liquidez global e fortalecer sua moeda em tempos de crise.
E é aí que entra a Teoria do Milkshake do Dólar. Essa metáfora foi criada para representar de forma lúdica a força que a moeda americana tem de “sugar” a liquidez da economia global para os EUA, principalmente em momentos de crises e incertezas. Assim, seu valor frente a outras moedas aumenta.
Ou seja, o “milkshake” representa a liquidez global, e o dólar funciona como o “canudo”, sugando recursos de outros países para os EUA. “A habilidade dos EUA de ‘sugar’ a liquidez do mercado durante crises afeta significativamente a oferta e demanda do dólar no mundo”, diz Garay.
Enquanto investidores procuram refúgio nos EUA para se proteger contra crises, os demais países não só enfrentam uma saída brusca de liquidez, como também assumem dívidas em dólares para lidar com a crise, gerando uma demanda constante pela moeda americana.
“Com a redução da liquidez e o aumento da demanda pelo dólar, a moeda tende a se valorizar”, diz. “Em tempos de crise, é mais lógico confiar seus investimentos na maior economia do mundo, do que em economias mais frágeis de países emergentes.”
A absorção de liquidez mundial pelos EUA durante esses períodos precisa ser cuidadosamente gerenciada pelo Federal Reserve, o banco central americano, para evitar pressões inflacionárias. “Essa medida torna os títulos de renda fixa americanos, já considerados os mais seguros do mundo, ainda mais atraentes para os investidores.”
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