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‘Cadê o manual?’: Geração Z encara a crise dos 25 anos — ‘o mundo é bagunçado e difícil’, diz terapeuta
Publicado 29/07/2025 • 21:02 | Atualizado há 19 horas
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Publicado 29/07/2025 • 21:02 | Atualizado há 19 horas
KEY POINTS
Geração Z encara a crise dos 25 anos.
Pixabay
Para muitos jovens, especialmente quem faz parte da Geração Z, aquilo que sempre disseram que seriam os melhores anos da vida acabou sendo bem diferente do esperado.
Pra começar, os Estados Unidos enfrentam um problema sério de solidão, que afeta os jovens adultos muito mais do que as gerações anteriores. Só 17% dos americanos com menos de 30 anos dizem ter relações sociais profundas. E aquela velha curva da felicidade, em formato de U, está mudando: agora, adultos entre 18 e 25 anos parecem menos felizes até do que pessoas de 40 e 50 anos.
Quem está na faixa dos 20 e poucos anos está terminando os estudos, começando a trabalhar e, com sorte, saindo da casa dos pais. É uma fase em que “os jovens enfrentam muitas dificuldades, o mundo é bagunçado e difícil, e as expectativas são altas”, afirma Sadie Salazar, terapeuta e diretora de operações da Sage Therapy.
Ao contrário das gerações anteriores, a Geração Z está lidando com desafios e frustrações intensas — aquilo que muita gente já chama de “crise do quarto de vida” — e tudo isso muito mais cedo do que se imaginava.
“Não invejo a Geração Z. Claro que toda geração que veio antes vai dizer: ‘Eu também tive que passar pelas fases da vida’”, comenta Salazar, que é millennial e tem 30 e poucos anos.
“Mas a quantidade de pressões e fatores que pesam sobre a Geração Z hoje, na minha opinião, não tem comparação.”
O CNBC Make It conversou com jovens da Geração Z, entre 25 e 29 anos, sobre esse momento da vida e perguntou quais são os maiores desafios. Veja o que eles disseram.
Leia mais:
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Darius, 27
“Cadê o manual?”
Nafeesa, 29
“Queria voltar a não ter conta pra pagar.”
Tiona, 28
“Tá muito difícil fazer minha carreira decolar do jeito que eu quero porque o mercado de trabalho tá péssimo. Fora ficar questionando todas as decisões que você já tomou na vida, carreira que não anda, vida amorosa indo pro ralo e, no geral, nada sai como planejado.”
“Dos 25 até o fim dos 20 é punk, sério. Não tem como dourar a pílula. É complicado demais. Só tô torcendo pra que meus 30 sejam melhores.”
T’Nya, 27
“Só é difícil porque sinto que já devia ter tudo resolvido. Mas, na real, minha vida tá só começando. Tô tentando achar um meio-termo. E também aprendendo a ser mais gentil comigo mesma.”
Faiza, 29
“Isso aqui não é fácil, não, irmão.”
Leah, 26
“Não consigo emprego na minha área, mesmo já tendo mandado currículo pra mais de cem vagas só nos últimos três meses. Não vou desistir, mas o peso nas costas é grande.”
Durante a crise dos 25, as pessoas podem sentir emoções bem pesadas, explica Jasmine Trotter, terapeuta da Geração Z de 28 anos, da Wild Cactus Therapy.
Nessa fase, segundo Trotter e Salazar, é comum:
– Sentir a pressão para descobrir qual é o propósito da vida
– Ter crises de estresse ou ansiedade
– Ficar indeciso diante de decisões grandes, como onde morar ou quando construir família
– Se frustrar com o ponto em que está na vida
– Ficar sobrecarregado tentando fechar as contas do mês
– Sofrer com perdas e sentir saudade da versão antiga de si mesmo, ao entrar na vida adulta
Entrar na vida adulta traz outros desafios, como se firmar na profissão, encontrar um parceiro ideal e alugar o primeiro apartamento. Tudo isso pode ser ainda mais complicado por causa dos fatores sociais, econômicos e políticos, ressalta Salazar.
“Eu não gostaria de estar nos meus 20 e poucos anos procurando emprego como a Geração Z”, ela completa.
Pra sobreviver a essa fase, Trotter acredita que o primeiro passo é pegar mais leve consigo mesmo e evitar comparações, especialmente nas redes sociais. “Não compare os seus bastidores com o palco dos outros”, diz Trotter.
“Cada um tem seu tempo. Não precisa se comparar, porque você não sabe o que acontece na vida dos outros, mas sabe o que tá rolando na sua.”
Salazar recomenda criar hábitos diários que tragam estabilidade e inserir isso na rotina. Pode ser uma atividade física que você gosta ou até uma ligação semanal com um amigo. Segundo ela, ter um ritual constante pode dar uma sensação maior de controle sobre a própria vida.
“Não precisa ser nada chique nem caro”, diz Salazar. “Geralmente, o que é constante ajuda a gente a ficar com o pé no chão numa fase da vida em que tudo parece meio incerto e caótico.”
Salazar também recomenda, sempre que possível, procurar um profissional de saúde mental, como um terapeuta, que pode ajudar a atravessar esse período complicado.
“A crise dos 25 de uma pessoa nunca é igual à de outra. Ela pode ter várias caras, dependendo do que você tá vivendo”, explica.
“A terapia pode ajudar bastante nisso, tanto na análise quanto pra desenvolver autoconhecimento. Também pode ser útil pra aprender habilidades que te ajudem a lidar com sintomas específicos que aparecem nessa fase da vida.”
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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