“A infraestrutura elétrica europeia é robusta, mas vulnerável”, diz doutor em gerenciamento de riscos e segurança sobre apagão na Europa
Publicado 28/04/2025 • 21:06 | Atualizado há 5 horas
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Publicado 28/04/2025 • 21:06 | Atualizado há 5 horas
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Um apagão atingiu Espanha e Portugal, provocando uma série de desafios no fornecimento de energia elétrica. O apagão afetou não apenas as residências e os serviços públicos, mas também teve impacto nas indústrias e no transporte. No Jornal Times Brasil, Gerardo Portela, doutor em gerenciamento de riscos e segurança, analisou os efeitos desse evento no setor elétrico e as dificuldades enfrentadas pelos países afetados para retomar o fornecimento.
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Portela começou destacando que, apesar de a população europeia não estar acostumada com apagões de grande escala, como ocorre em outros lugares do mundo, como no Brasil, “eles têm uma experiência técnica significativa na condução de situações como essa”. De acordo com o especialista, o primeiro-ministro da Espanha desempenhou um papel importante na orientação do governo durante a crise, fornecendo informações cruciais para a população e coordenando os esforços para restaurar os sistemas de energia e transporte.
Ele explicou que, à medida que o apagão se prolongava, os efeitos começaram a se intensificar, afetando não apenas os serviços essenciais, mas também o setor industrial. “A estrutura tecnológica é muito dependente da energia elétrica, e isso vai se degradando nas primeiras horas. A dificuldade de deslocar volumes de água nas adutoras e de operar bombas elétricas tornou o cenário mais desafiador”, afirmou Portela. Segundo ele, muitas indústrias dependem do fornecimento de energia elétrica e, embora algumas possuam geração própria, a maioria precisa do fornecimento externo para operar de maneira eficaz.
A recuperação da energia também se mostrou um processo complicado e demorado. “É uma operação delicada e lenta. A sincronização das usinas de energia uma por uma, especialmente as nucleares, requer cuidados especiais. O retorno das usinas ao sistema é feito de forma gradual, porque a frequência de 50 Hz na Europa precisa ser mantida”, detalhou o especialista.
O apagão levantou questões sobre as causas do evento e as falhas no sistema de proteção. “É uma grande questão entender por que o sistema resiliente não conseguiu isolar o problema a uma região específica. Isso vai demandar investigações detalhadas, e as respostas podem demorar de 30 a 60 dias”, explicou.
Sobre as possíveis causas do apagão, Portela abordou diferentes linhas de investigação. “Pode ser desde um desastre natural, como uma tempestade ou ventos fortes, até um mau funcionamento de uma usina ou uma falha no despacho de carga entre fronteiras. Além disso, a possibilidade de um ato hostil ou sabotagem não pode ser descartada, especialmente em um cenário geopolítico mundial tenso”, ponderou.
O especialista concluiu destacando a importância das lições aprendidas com o evento, especialmente para os países que não estão acostumados a lidar com apagões desse porte. “A infraestrutura elétrica europeia é robusta, mas este apagão demonstrou a vulnerabilidade de um sistema que se considera à prova de falhas. Essa situação vai gerar aprendizados valiosos para todos os países”, finalizou Portela.
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