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Ações dos EUA sobem levemente antes da decisão do Fed
Publicado 30/07/2025 • 12:29 | Atualizado há 22 horas
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Publicado 30/07/2025 • 12:29 | Atualizado há 22 horas
KEY POINTS
Dólar fecha em alta moderada
J.SOUZA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
A economia dos EUA voltou a crescer no segundo trimestre, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (30) pelo governo. No entanto, analistas apontaram distorções causadas por oscilações no comércio, provocadas pelas tarifas do presidente Donald Trump.
A maior economia do mundo cresceu a uma taxa anual de 3,0% entre abril e junho, superando as expectativas dos economistas. O resultado reverte a queda de 0,5% registrada nos três primeiros meses do ano.
Isso levou Trump a intensificar rapidamente a pressão por um corte na taxa de juros, afirmando nas redes sociais que o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, “precisa agora reduzir a taxa.”
Os comentários de Trump foram feitos poucas horas antes de o Fed anunciar sua mais recente decisão sobre a taxa de juros.
A projeção consensual do Briefing.com era de um crescimento de 2,5% no PIB.
O crescimento do segundo trimestre “foi impulsionado por uma forte reversão nos fluxos comerciais distorcidos pelas tarifas”, disse Kathy Bostjancic, economista-chefe da Nationwide.
Uma medida subjacente do PIB caiu para “lentos 1,2%, ante 1,9% no primeiro trimestre”, oferecendo um retrato mais preciso da atividade econômica, acrescentou ela.
Os gastos reais de consumidores e empresas avançaram apenas moderadamente, após as famílias anteciparem compras, segundo ela. Já as empresas adiaram investimentos devido à crescente incerteza política.
No início do ano, as empresas correram para estocar produtos e evitar o pior dos aumentos tarifários ameaçados por Trump — mas esse estoque vem sendo reduzido.
“O aumento do PIB real no segundo trimestre refletiu principalmente uma queda nas importações, subtraídas no cálculo do PIB”, afirmou o Departamento de Comércio.
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O crescimento também refletiu um aumento nos gastos dos consumidores, segundo o relatório.
O salto nas importações no primeiro trimestre causou o maior impacto negativo no crescimento do PIB devido ao saldo da balança comercial já registrado, observaram recentemente analistas do Goldman Sachs.
Os analistas previram uma recuperação com a desaceleração das importações, mas alertaram que isso pode não ser sustentável.
Economistas também alertaram que os aumentos tarifários de Trump podem provocar alta da inflação, o que, por sua vez, pode reduzir o poder de compra das famílias e alterar os padrões de consumo.
Desde que retornou à presidência, Trump impôs sucessivas rodadas de novas tarifas.
Isso incluiu uma taxa de 10% sobre quase todos os parceiros comerciais dos EUA, tarifas mais altas sobre aço, alumínio e automóveis, além de medidas específicas contra Canadá e México, culpando-os por imigração ilegal e tráfico de fentanil.
Washington também mirou a segunda maior economia do mundo, a China, que reagiu às tarifas dos EUA.
Ambos os países passaram a aplicar tarifas retaliatórias mútuas sobre seus produtos, chegando a níveis de três dígitos e travando os fluxos comerciais antes de concordarem em reduzir temporariamente as taxas.
Após negociações esta semana em Estocolmo, capital da Suécia, negociadores sinalizaram que a trégua pode ser estendida — embora a decisão final dependa de Trump.
“Por trás dos números gerais, a economia está reduzindo o ritmo, mas não recuando”, afirmou Bernard Yaros, economista-chefe dos EUA na Oxford Economics.
A resiliência da economia permitirá ao Fed “manter a posição e avaliar o impacto das tarifas sobre os preços ao consumidor antes de partir para cortes nos juros em dezembro”, acrescentou ele.
Por ora, ele disse que “os consumidores estão desacelerando os gastos, mas ainda não se refugiando completamente.”
Analistas acompanham o impacto das tarifas de Trump sobre a inflação, e economistas esperam ter mais clareza com os dados dos meses de verão.
Todas as atenções também estão voltadas para os dados oficiais de emprego previstos para sexta-feira, após números divulgados pela empresa de folha de pagamento ADP mostrarem que o setor privado superou expectativas, com criação de 104 mil vagas em julho — um sinal de economia saudável.
“O consumidor está se mantendo firme, mas ainda apreensivo até que os acordos comerciais sejam fechados”, disse Heather Long, economista-chefe do Navy Federal Credit Union.
“Enquanto isso, os investimentos das empresas despencaram no segundo trimestre. As companhias não querem investir em equipamentos, prédios ou contratações com esse nível de incerteza”, acrescentou ela.
“Não há recessão à vista, mas é preciso previsibilidade para colocar a economia de volta nos trilhos”, afirmou.
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