Os reguladores da União Europeia estão tomando medidas para restringir o Google e a Apple em acusações antitruste

CNBC Google e Apple enfrentam ações da UE sob ameaça de tarifas de Trump

Mundo

Acordo de Paris: o que é e impacto da saída dos EUA

Publicado 19/03/2025 • 15:04 | Atualizado há 5 horas

Redação Times Brasil

acordo de paris

O Acordo de Paris, adotado em 2015 durante a 21ª Conferência das Partes (COP21) na capital francesa, é um tratado internacional que visa combater as mudanças climáticas.

Assinado por 195 países e pela União Europeia, o acordo busca limitar o aumento da temperatura média global a 1,5°C, em comparação aos níveis pré-industriais. 

Ele representa um marco na luta contra o aquecimento global, estabelecendo metas e compromissos para os países signatários, como: 

  1. Adaptação às mudanças climáticas: os países se comprometem a desenvolver estratégias para se adaptar aos impactos inevitáveis das mudanças climáticas, como eventos climáticos extremos, elevação do nível do mar e alterações nos ecossistemas;
  2. Redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE): cada país deve apresentar suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), que são planos de ação climática que detalham como pretendem reduzir suas emissões de GEE;
  3. Financiamento climático: as nações desenvolvidas concordaram em mobilizar recursos financeiros para apoiar países em desenvolvimento na implementação de ações de mitigação e adaptação;
  4. Transparência: os países devem apresentar relatórios periódicos sobre seu progresso no cumprimento de suas metas climáticas.

Impactos práticos do Acordo de Paris

A implementação do tratado tem implicações significativas para governos, empresas e indivíduos:

  • Governos: o acordo impulsiona a criação de políticas públicas voltadas para a redução de emissões, como a transição para energias renováveis, o incentivo à mobilidade sustentável e a promoção da eficiência energética;
  • Empresas: as empresas são cada vez mais pressionadas a adotar práticas sustentáveis, como a redução do consumo de energia e água, a gestão de resíduos e a utilização de materiais reciclados;
  • Indivíduos: o tratado incentiva a adoção de hábitos de consumo consciente, como a preferência por produtos e serviços sustentáveis e a utilização de meios de transporte de baixa emissão.

Adaptação empresarial às metas climáticas

Para alinhar-se às metas estabelecidas pelo Acordo de Paris, as empresas podem adotar diversas estratégias:

  • Eficiência energética: implementar tecnologias e processos que reduzam o consumo de energia e aumentem a eficiência operacional;
  • Economia circular: adotar modelos de negócio que priorizem a reutilização, reciclagem e redução de resíduos, promovendo a sustentabilidade ao longo de toda a cadeia produtiva;
  • Investimentos verdes: direcionar recursos para projetos e iniciativas que tenham um impacto ambiental positivo, como energias renováveis, conservação de florestas e tecnologias limpas.

Países signatários do Acordo de Paris

Entre as nações que fazem parte do acordo estão todos os países da União Europeia (UE) e o Brasil. A UE, por exemplo, lançou o Pacto Ecológico Europeu, uma estratégia ambiciosa para tornar a Europa o primeiro continente neutro em carbono até 2050.

O Brasil, por sua vez, tem se comprometido a reduzir suas emissões de GEE e a proteger suas florestas. Na COP29, em 2024, o país apresentou uma nova NDC com metas ambiciosas de redução de emissões. 

A nova NDC estabelece a meta de reduzir as emissões líquidas de gases de efeito estufa do país entre 59% e 67% até 2035, em comparação aos níveis de 2005.

Saída dos EUA do Acordo de Paris

saída dos eua do acordo de paris

Em janeiro de 2025, o presidente Donald Trump anunciou a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris. 

Esta é a segunda vez que o país se desvincula do pacto climático – a primeira foi em 2017, no primeiro mandato de Trump. O país voltou a ser signatário quatro anos depois, quando Joe Biden assumiu a presidência. 

A decisão do atual presidente americano gerou preocupações sobre o enfraquecimento dos esforços globais contra as mudanças climáticas, uma vez que os EUA são o segundo maior emissor de GEE do mundo, atrás apenas da China. 

Atualmente, estão fora do tratado os EUA, o Iêmen, o Irã e a Líbia.

A saída dos EUA pode ter diversos impactos globais:

  • Financiamento climático: a retirada pode reduzir os recursos disponíveis para apoiar países em desenvolvimento na implementação de ações climáticas, comprometendo projetos de mitigação e adaptação;
  • Liderança global: a ausência dos EUA no acordo pode enfraquecer a liderança global nas negociações climáticas, dificultando a coordenação e implementação de políticas eficazes;
  • Esforços de mitigação: sem o compromisso dos EUA, há o risco de outros países reduzirem seus esforços de mitigação, comprometendo as metas globais de redução de emissões.

Maiores emissores de CO2 e outros gases

China, Estados Unidos, Índia, União Europeia, Rússia e Brasil foram os maiores emissores de CO2 e outros GEE do mundo em 2023, segundo o relatório “GHG emissions of all world countries – Report 2024”, divulgado pela Comissão Europeia. 

Juntos, esses países respondem por 49,8% da população global, 63,2% do produto interno bruto global, 64,2% do consumo global de combustíveis fósseis e 62,7% das emissões globais de GEE.

Mesmo com a saída dos EUA, a permanência de outros países da lista de maiores emissores de CO2 e outros gases, como a China, demonstra que o compromisso global com o Acordo de Paris permanece forte. 

O país asiático, inclusive, reconhece a crise climática como um dos maiores desafios globais e reafirmou no começo de 2025 seu compromisso com o tratado. Entre suas metas mais ambiciosas estão o pico de emissões de carbono antes de 2030 e a neutralidade de carbono até 2060.

O Acordo de Paris continua sendo um marco essencial na luta contra as mudanças climáticas, mesmo diante da saída dos Estados Unidos. A permanência de grandes economias, como China, União Europeia e Brasil, reforça o compromisso global com a redução de emissões e a transição para uma economia de baixo carbono. 

No entanto, a ausência de um dos maiores emissores de CO2 do mundo pode dificultar o alcance das metas estabelecidas, exigindo maior cooperação entre os países signatários.

:pino: ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

Siga o Times Brasil no Google News e fique por dentro das principais notícias sobre negócios, economia e mercado financeiro.

MAIS EM Mundo