Acordo de Paris: o que é e impacto da saída dos EUA
Publicado 19/03/2025 • 15:04 | Atualizado há 5 horas
Publicado 19/03/2025 • 15:04 | Atualizado há 5 horas
O Acordo de Paris, adotado em 2015 durante a 21ª Conferência das Partes (COP21) na capital francesa, é um tratado internacional que visa combater as mudanças climáticas.
Assinado por 195 países e pela União Europeia, o acordo busca limitar o aumento da temperatura média global a 1,5°C, em comparação aos níveis pré-industriais.
Ele representa um marco na luta contra o aquecimento global, estabelecendo metas e compromissos para os países signatários, como:
A implementação do tratado tem implicações significativas para governos, empresas e indivíduos:
Para alinhar-se às metas estabelecidas pelo Acordo de Paris, as empresas podem adotar diversas estratégias:
Entre as nações que fazem parte do acordo estão todos os países da União Europeia (UE) e o Brasil. A UE, por exemplo, lançou o Pacto Ecológico Europeu, uma estratégia ambiciosa para tornar a Europa o primeiro continente neutro em carbono até 2050.
O Brasil, por sua vez, tem se comprometido a reduzir suas emissões de GEE e a proteger suas florestas. Na COP29, em 2024, o país apresentou uma nova NDC com metas ambiciosas de redução de emissões.
A nova NDC estabelece a meta de reduzir as emissões líquidas de gases de efeito estufa do país entre 59% e 67% até 2035, em comparação aos níveis de 2005.
Em janeiro de 2025, o presidente Donald Trump anunciou a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris.
Esta é a segunda vez que o país se desvincula do pacto climático – a primeira foi em 2017, no primeiro mandato de Trump. O país voltou a ser signatário quatro anos depois, quando Joe Biden assumiu a presidência.
A decisão do atual presidente americano gerou preocupações sobre o enfraquecimento dos esforços globais contra as mudanças climáticas, uma vez que os EUA são o segundo maior emissor de GEE do mundo, atrás apenas da China.
Atualmente, estão fora do tratado os EUA, o Iêmen, o Irã e a Líbia.
A saída dos EUA pode ter diversos impactos globais:
China, Estados Unidos, Índia, União Europeia, Rússia e Brasil foram os maiores emissores de CO2 e outros GEE do mundo em 2023, segundo o relatório “GHG emissions of all world countries – Report 2024”, divulgado pela Comissão Europeia.
Juntos, esses países respondem por 49,8% da população global, 63,2% do produto interno bruto global, 64,2% do consumo global de combustíveis fósseis e 62,7% das emissões globais de GEE.
Mesmo com a saída dos EUA, a permanência de outros países da lista de maiores emissores de CO2 e outros gases, como a China, demonstra que o compromisso global com o Acordo de Paris permanece forte.
O país asiático, inclusive, reconhece a crise climática como um dos maiores desafios globais e reafirmou no começo de 2025 seu compromisso com o tratado. Entre suas metas mais ambiciosas estão o pico de emissões de carbono antes de 2030 e a neutralidade de carbono até 2060.
O Acordo de Paris continua sendo um marco essencial na luta contra as mudanças climáticas, mesmo diante da saída dos Estados Unidos. A permanência de grandes economias, como China, União Europeia e Brasil, reforça o compromisso global com a redução de emissões e a transição para uma economia de baixo carbono.
No entanto, a ausência de um dos maiores emissores de CO2 do mundo pode dificultar o alcance das metas estabelecidas, exigindo maior cooperação entre os países signatários.
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