Americanos ricos estão abrindo contas na Suíça por receio de riscos nos EUA
Publicado 18/04/2025 • 12:42 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 18/04/2025 • 12:42 | Atualizado há 2 meses
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Bandeira da Suíça
Pixabay
Um número crescente de americanos de alta renda está abrindo contas bancárias na Suíça como parte de um movimento de “desamericanização” de seus portfólios, segundo investidores e bancos.
Instituições financeiras suíças afirmam ter observado um aumento expressivo no interesse e na abertura de contas de investimento por parte de americanos com grande patrimônio nos últimos meses.
“Isso acontece em ondas”, afirmou Pierre Gabris, CEO da Alpen Partners International, uma consultoria financeira sediada na Suíça. “Quando [o ex-presidente Barack Obama] foi eleito, vimos uma grande onda. Depois, a Covid provocou outra. Agora, as tarifas estão gerando uma nova onda.”
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Gabris explica que os motivos variam entre os clientes. Muitos querem diversificar seus investimentos e se afastar do dólar, que acreditam continuar se desvalorizando diante do aumento da dívida pública dos Estados Unidos. A política neutra da Suíça, sua economia estável, a moeda forte e o sistema jurídico confiável são fatores que atraem esses investidores.
Outros são motivados por questões políticas e pelo que consideram um enfraquecimento do Estado de Direito nos EUA durante o governo Trump. Há ainda quem opte por abrir contas na Suíça com o objetivo de comprar ouro físico no país, conhecido por seu setor de refino e armazenagem do metal precioso.
Gabris acrescenta que muitos também buscam residência ou uma segunda cidadania na Europa, com a intenção de adquirir imóveis. “É um plano B”, disse ele.
Abrir uma conta bancária na Suíça é relativamente simples, mas precisa obedecer às rigorosas leis de transparência dos EUA. Embora os grandes bancos americanos não possam abrir contas suíças diretamente para seus clientes, muitos mantêm parcerias com empresas suíças registradas na SEC (a comissão de valores mobiliários dos EUA), que estão autorizadas a atender investidores americanos.
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A Vontobel SFA, considerada o maior banco suíço registrado na SEC para clientes dos EUA, preferiu não comentar. Já o banco privado suíço Pictet afirmou ter registrado um “aumento significativo” na procura por meio da Pictet North America Advisors, sua unidade baseada na Suíça e registrada na SEC.
Se décadas atrás abrir uma conta na Suíça podia sugerir evasão fiscal, hoje esse processo é altamente regulamentado e comum, exigindo o preenchimento de formulários e relatórios fiscais.
“Muitos americanos estão percebendo que 100% de seu portfólio está em dólares e, por isso, estão começando a pensar: ‘Talvez eu deva diversificar’”, concluiu Gabris.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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