Tarifas dos EUA reduzirão significativamente o crescimento econômico global, aponta relatório Moody’s
Publicado 15/04/2025 • 17:03 | Atualizado há 2 semanas
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Publicado 15/04/2025 • 17:03 | Atualizado há 2 semanas
KEY POINTS
Presidente Donald Trump durante anúncio de tarifas em 2 de abril de 2025.
Daniel Torok/ White House
As tarifas de importação impostas pelos EUA em seus parceiros comerciais vão enfraquecer as condições de crédito e aumentar a inadimplência, aponta o relatório da agência de classificação de crédito Moody’s divulgado nesta terça-feira (15).
A decisão do governo Trump de implementar essas tarifas, mesmo com uma pausa de 90 dias em algumas delas, lança uma sombra de incerteza sobre o comércio internacional, ameaçando paralisar investimentos e corroer a confiança do consumidor.
Em 9 de abril, o governo dos EUA autorizou uma pausa de 90 dias na implementação da maior parte das tarifas, revertendo para uma taxa universal de 10% para quase todos os países, exceto para a China. As tarifas sobre a maioria dos produtos do país asiático foram elevadas para 145%.
A China respondeu elevando as tarifas de importação dos EUA para 125%. Os percentuais chocaram os mercados financeiros e aumentam o risco de uma recessão econômica global.
De acordo com a Moody’s, a incerteza contínua impedirá o planejamento de negócios, paralisará o investimento e afetará a confiança do consumidor. “O impacto macroeconômico diminuirá o crescimento e a recessão é uma possibilidade crescente”, alerta o documento.
“A política comercial imprevisível dos EUA levará a uma deterioração das condições globais de crédito”, aponta o relatório.
A inflação, embora com picos temporários, deve trazer ajustes de preços permanentes, pressionando o poder de compra dos consumidores e as margens de lucro das empresas, segundo os analistas.
A China e as principais economias da Europa também sentirão os efeitos, com a desaceleração do crescimento global e os desafios competitivos para a indústria europeia.
“As taxas de inflação mais altas podem ser temporárias, mas os ajustes de preços permanecerão. O Federal Reserve (Fed ) provavelmente manterá as taxas de juros no mesmo patamar por enquanto, mas as reduzirá no final de 2025. O crescimento da China diminuirá, a menos que o estímulo fiscal seja aumentado de forma rápida e significativa, e as maiores economias da Europa também serão afetadas”, diz um trecho do documento.
O relatório da Moody’s aponta os setores mais vulneráveis aos efeitos das tarifas. Segundo o documento, empresas dos setores corporativos não financeiros, em especial aquelas com baixa classificação de crédito, enfrentarão dificuldades devido à redução das margens e ao aumento dos custos de financiamento.
Nos EUA, os setores automotivo, de varejo e tecnologia sentirão o impacto do aumento dos custos de importação e da retaliação tarifária de outros países. A Europa também está em alerta, com as montadoras e fornecedores de peças entre os mais expostos.
A Moody’s reconhece a incerteza em torno do futuro da política comercial, apresentando cenários alternativos. No cenário otimista, as negociações serão bem-sucedidas e haverá redução de tarifas. No cenário pessimista, haverá uma escalada das tensões com riscos de recessão nos EUA e pressões inflacionárias crescentes.
O relatório conclui que a turbulência comercial representa um desafio significativo para a economia global, com consequências de longo alcance para empresas, consumidores e governos.
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